sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Palavras dum defunto que não morrerá tão cedo

Fidel já está como o Sharon - o tal que estava em coma induzido e que de vez em quando mexia um dedo conforme as conveniências. Este já está no caixão há muito mas ainda mexe o dedo quando é necessário...

Com a histeria colectiva que se criou (ou que criaram), sobre o messias negro que veio à terra para salvar o mundo nem El Comandante já morto, enterrado e frio, poderia estar calado. Quando entregou o poder ao seu irmão Raul prometeu que faria "reflexões" sobre não se sabe bem. Penso ser do género comunicar do Além para o Aquém fazendo tabela no Acém.

Supostamente as palavras do defunto que não morrerá senão quando chegar a hora certa foram:

«Tive o raro privilégio de observar os acontecimentos durante um tempo muito longo. Recebo informações e medito calmamente sobre esses acontecimentos» , escreveu. «Prevejo que não desfrutarei desse privilégio daqui a quatro anos, quando tiver terminado o primeiro mandato presidencial de Obama».

«Diminuí o número de Reflexões, tal como me tinha proposto para o ano corrente, a fim de não interferir ou incomodar os companheiros do Partido e do Estado nas decisões que devem tomar»

Da boca dum cadáver morto defunto e arrefecido saíram tão sábias palavras. E pensar que ainda existem uns gajos que arriscam a vida ao fugir do país deste cromo em jangadas. Terras de liberdade estas.

Não resisto a colocar aqui a minha "Reflexão":

Também deve ter diminuído o número de voltas que davas em corrida ao estádio de Cuba não porque estás morto mas porque o estádio agora é um condomínio de luxo para estrangeiros...

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