terça-feira, 29 de outubro de 2013

No lugar da bateria e do baixo cabe mais uma mesa

Como não poderia deixar de ser, a classe profissional de músicos que temos na Ilha da Lenha começa a sentir na pele, a par dos outros trabalhadores de hotelaria, a crise em que nos encontramos. Mas além da crise económica temos a crise de valores e de respeito pela profissão. Qual a mais grave? Venha o diabo e escolha.

Após o boom da Venezuela onde os emigrantes pagavam rios de dinheiro nos arraiais e festas particulares os grandes conjuntos que faziam essas festas, compostos por 5, 6 ou mesmo 7 elementos desfizeram-se. Coincidiu com a altura do aparecimento dos teclados workstation que fazem tudo - lêm ficheiros de computador - vulgarmente conhecidos por MIDI - onde temos toda a informação dos temas musicais e que esse tipo de teclado lê e interpreta sozinho os temas sem precisar da ajuda de músico nenhum. É assim uma espécie de karaoki ambulante onde se faz figura de músico.

A maior parte dos músicos autodidactas que compunham essas bandas ao se verem no desemprego optaram por trabalhos em áreas diferentes. Outros compraram os ditos cujos teclados e ala para casa aprender a mexer no bicho.

A outra fase foi procurar trabalho. A hotelaria madeirense sempre foi e sempre será a grande empregadora dos artistas e músicos da nossa terra. Ofereceram-se por "tuta e meia" e quem não cairia na história de contratar um "músico" somente e dispensar os outros 3? Foram só vantagens não só económicas como também de espaço - no lugar da bateria e do baixo colocamos mais uma mesa.

Este é o resumo da história toda. Escrevo com conhecimento de causa e esta é a verdade.

Culpados?

Os culpados são os músicos. A situação de se vergar e tocar por "dá aqui aquela palha", os rastejantes, os energúmenos que vão por detrás da cortina oferecer os seus serviços, secretamente, dissimuladamente, com voz de mel mas com coração de fel - que tanto tocam tuba como tamborim e se der geito também tocam gaita. Os que se adaptam e que vivem à custa da boa vontade dos outros - vegetam por entre as mentiras e o veneno que destilam. Esses são os culpados.

Uma coisa é certa: a qualidade vai perdurar sempre.

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segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Para as massas

Entretenimento para a semana que se avizinha: a carga de porrada na Bábá superconhecida das massas e o Professor Martelo exímio comentador para as massas que não põe de lado a sua candidatura a Presidente da República.

Nos dois casos temos o ponto comum das massas.

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Violência na Bábá?

Parece até que só quando acontece a gente "importante" é que se abre os olhos para o problema da violência doméstica. Se fosse um triste qualquer a dar uns tabefes na mulher, ora tudo bem... e de resto é como aquele senhor de estatuto elevado que anda sempre bêbado "o sr dr. gosta de tomar o seu copo" e o teso que anda na rua no mesmo estado "é um bêbado tarraço que não presta para nada".

O positivo nesta discriminação própria do país de mentalidade treceiro-mundista onde vivo, entre outras, é que se calhar vai abrir caminho para mais uma discussão a nível dos média que poderá começar a mudar este estado lastimoso de coisa.

Um senhor todo fino e uma madame maravilhosa da mais alta society nunca se poderiam envolver nessas coisas - ora pois aí têm o que eu sempre pensei: nas classes altas a violência doméstica ou psicológica é muito maior do que nos casais de condição mais...

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sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Ufaaaa ninguém nos espia

Passos afirma que não existem indicações de espionagem em Portugal.

Mas a pergunta lógica seria saber quem neste mundo imperfeito gostaria de espiar alguma vez algum membro do governo português e para quê?

A anedota da semana sem dúvida.

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Os média são xenófobos?

Afinal a pequena "raptada" era filha dos tais "ciganos raptores"?

Mas então os principais xenófobos e difusores da "novidade" foram os média que como sempre sedentos de sangue e desgraça nem olharam às pessoas.

E agora vêm se redimir?!

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O telefone do resto do mundo

Depois do tal escândalo sobre o telefone da Merkel surge-me logo:

- E os telefones do "resto do mundo" também estarão abrangidos por este suposta tratado ente a Europa e os EUA que vai "impedir" as escutas, salvo, claro está se forem consideradas como fazendo parte de comunicações terroristas?

Resposta lógica: o resto do mundo é o resto do mundo pelo que ficará tudo como está até se descobrir um método melhor (mais secreto).

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O telefone da Merkel

Na Lovely Europe tudo pode acontecer. Até aos políticos mais marcantes do nosso Século onde se encontra, em lugar de destaque, a Ângela. A Ângela não é rapariga para brincadeiras não fosse nascida da raça que por duas vezes tentou conquistar a Europa a ferro e fogo. Recentemente alteraram a estratégia e foi preferível, por razões de Estado, a guerra económica - além das vantagens conhecidas não é necessário gastar munições nem provocar mortes desnecessárias.

Mas isto tudo para referir que as notícias que regiamente são censuradas apresentam uma Merkel desgastada com o facto do seu telefone estar, supostamente, em escuta pelos américas. Salve os naturais pedidos de desculpas continua a senhora em questão a afirmar que ouvem o seu telefone Blackberry Z10 - americano, claro - nas suas chamadas ultrasecretas para o Sócrates.

Mas que esperava afinal tão apetrechada senhora ao adquirir um produto americano de última água? Que já não viesse munido de um chip que faz a ligação directa com a casa branca do calhau que ia mudar o mundo e que para mudar precisa de saber o que os outros andam a conspirar telefonicamente.

Avancemos mais uma semana. Lê-se agora que a Alemanha e a França - os poderosos controladores da Europa - já esqueceram as divergências da guerra porque quando é para sacar estão todos unidos e a memória é bem curta - lideram as negociações anti-espionagem imagine-se com quem... com a América.

É caso para dizer que... ok.

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quarta-feira, 23 de outubro de 2013

O "Programa Cautelar"

Alguém já se questionou o porquê do nosso Tribunal Constitucional ser formado por "activistas" e o dos alemães por "juízes"?

Porque o objectivo claro é acabar com o "nosso" para ficarmos dependentes do "deles".

Mas apresentar mais este "programa cautelar" como uma vitória na altura em que nos deveríamos livrar da troika é de mestre. O tal cautelar refere-se a uma estrondosa derrota em quem nos governa conseguir alcançar os objectivos a que se comprometeu, e signigfica simplesmente mais um empréstimo - chamem-lhe o que quiserem.

Além disso poderá ser-nos vendido sem que para isso caia o governo.

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Somos anormais

O português é um bicho muito engraçado. Escolhe os governantes e os governos, por enquanto é assim, e depois passa 4 anos a dizer mal do que escolheu.

Será isto normal?

Mesmo perante toda uma comunicação social envenenada pelos interesses políticos, maçónicos e outros também menos claros, achava que ainda existia uma coisa chamada inteligência. Como se pode perder e gostar de perder ao ponto de votar sempre nos mesmos que têm feito obra à mais de 30 anos?

Somos anormais, claro.

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quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Kilaram o Arménio

Desta vez entalaram o Arménio.

Proibida a manifestação na ponte aguardo com alguma expectativa o próximo passo do Arménio. Já me parecia um líder frouxo. Agora ainda sai pior desta.

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O sobrevivente Constâncio

Por: Fernando Tavares



O Zé António Saraiva passou a ter Constâncio na conta de pessoa de carácter duvidoso mal soube que ele andava a espalhar por todos os cantos da Lisboa política que os ataques que lhe faziam no "Expresso" eram tão-só uma pérfida vingança do seu director por ele o ter derrotado em partidas de ténis e de xadrez, disputadas quando ambos se encontraram nas férias.



Não conheço Vítor Constâncio ao ponto de poder emitir uma opinião abalizada sobre o seu carácter  Todavia, creio estar na posse de informação suficiente para o caracterizar como um sobrevivente.

Constâncio, que amanhã deixa a casa dos sexagenários (ficam desde já aqui os meus parabéns antecipados), sobreviveu a três anos de desastrada e cinzenta liderança do PS, cargo em que sucedeu a Mário Soares e abandonou em 1989, na sequência da sua impotência em arranjar um candidato às eleições para a Câmara de Lisboa - e após ter sido derrotado nas legislativas por Cavaco, a quem proporcionou uma inédita maioria absoluta.

Só um sobrevivente como Constâncio, depois de sair da política pela porta das traseiras, poderia construir uma brilhante carreira académica, onde cometeu a proeza de chegar a catedrático sem ter concluído o doutoramento, a par de um lucrativo périplo pelas empresas, como administrador da EDP e BPI.

Só um sobrevivente lograria, no dealbar do novo século, regressar ao cargo de governador do Banco de Portugal, que ocupou durante dez anos auferindo o bonito salário mensal de 17 372 euros, um pouco mais do que o dobro do vencimento do presidente da Reserva Federal norte-americana.

Só um sobrevivente conseguiria ser promovido a vice-presidente do Banco Central Europeu, com um salário anual de 320 mil euros e o pelouro da supervisão bancária, depois de ter sido incapaz de detectar as fraudes, aldrabices e patifarias do BPN e Banco Privado que custaram mais de cinco mil milhões de euros aos contribuintes - e de fazer orelhas moucas aos alertas feitos em devido tempo pela Imprensa.

Constâncio também sobreviveu à sua mulher, Maria José, que nos deixou a 29 de Agosto e apesar de ganhar 26 724 euros por mês, o viúvo Vítor Manuel Ribeiro Constâncio tem automaticamente direito a uma pensão de sobrevivência no valor de 2400 euros/mês, o equivalente a 60% da pensão da falecida.

Não sei se naquele momento de dor, no meio da papelada que a agência funerária lhe passou para as mãos - onde constam os impressos solicitando o subsídio de funeral e a pensão de sobrevivência, o viúvo Constâncio assinou este último.

Sei que ele não precisa da pensão de sobrevivência para sobreviver. 

Sei ainda que para sobrevivermos temos de acabar com a possibilidade de ele - bem como todas as pessoas que ganham num mês o que 90% dos portugueses não ganham num ano - receber uma pensão de sobrevivência. 

Sei também que seria avisado perceber primeiro o teor das alterações ao regime das pensões de sobrevivência antes de armar um banzé e ameaçar recorrer a essa nova espécie de filial de Deus na Terra que dá pelo nome de Tribunal Constitucional.

Por Jorge Fiel

Blog Portugal Glorioso

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Ninguém toma a sério Paulo Portas

Mário Soares disse:

"Ninguém toma a sério Paulo Portas" - foi a única coisa que disse na vida, que eu ouvisse, com que concordo plenamente.

Parabéns Mário, nessa acertaste!

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Clarinho como água


NO JORNAL DE ANGOLA:


Tribunal Constitucional português

José Goulão |
14 de Outubro, 2013

A coisa passou quase despercebida, o que é natural quando a noção da gravidade do que se diz e escreve deixou de ter os limites do senso entre quem manda na União Europeia. Vou recuperá-la porque, se bem que os moinhos de vento soprem agrestes e ameaçadores, alguma coisa pode ficar em alguém, haja paciência!


Disse “um responsável” do Eurogrupo, essa entidade que decerto já nem a ilusão tem de que gere a moeda única europeia, sabendo muito bem de quem recebe o diktat, que um dos problemas com que Portugal se debate, além da Constituição – como muito bem os porta-vozes dos mercados vêm advertindo – é o de ter um Tribunal Constitucional que, ao contrário do que deveria, se comporta de um modo “activista”.

Este “responsável”, citado como anónimo, pode ser o chefe nominal holandês ou algum outro moço de recados da política monetária germânica. Mesmo ficando incógnito não duvidemos de que transmitiu a ideia instalada nos ministros das Finanças dos 17 (da moeda única) de que para eles a soberania já era.Sabemos muito bem o que significa o adjectivo “activista” na boca de um “responsável” do Eurogrupo e aparentados. É uma espécie de acusação de insubmissão, de desalinhamento conspirativo, de marginalidade, de ser perigoso e pensante, um pária irrecuperável, uma espécie na antecâmara do terrorismo. Vejam bem o que significa acusar um Tribunal Constitucional de ser “activista”.É a mesma coisa que uma aberração, um estorvo, um grupo de conspiradores e traidores, um torpe bando nacionalista que desafia a ordem estabelecida em nome de uma lei que, mesmo sendo lei, é uma versão deturpada e anacrónica do que devia ser, isto é, a ordem estabelecida e prevalecente – a ordem dos mercados.Percebemos assim que os “responsáveis” das instituições europeias já nem sentem necessidade de ter tento na língua. Qual separação de poderes, qual soberania, qual primado da lei, qual Estado de direito, qual quê? Salvar o euro e aplicar as medidas que os mercados entendem fundamentais para o seu florescimento como moeda única é o que está em causa. Esse objectivo é, em si mesmo, a democracia, a lei e a ordem. Se o Tribunal Constitucional em Portugal é “activista”, há que montar-lhe uma “guerra contra o activismo” até o neutralizar.Porque, senhoras e senhores, nesta União Europeia farol da democracia e dos direitos humanos, nem só apenas a moeda é única. A política aplicável também, a economia também, o programa dos partidos autorizados a governar também, a propaganda também, o pensamento também. Afinal, na génese da União Europeia, em plena Guerra-Fria, não parece ter estado o incómodo com a política de partido único e de direitos humanos da União Soviética. O problema deverá ter sido a simples invocação de direitos sociais e igualitários que vinham do lado de lá e que minava a tranquilidade com que o mercado livre deve funcionar.Agora que o mercado é livre, único e universal, tudo o resto pode – e, sobretudo, deve – passar a ser único. A diferença, quando se manifesta, é susceptível de perturbar a mansidão do rebanho, incomodando o mercado e os seus eternos desígnios de acumular lucros, quanto mais altos e fáceis melhor.

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segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Dieta

Comendo menos, gasta-se menos?
Não é verdade!
Comer menos implica comer bem e comer bem não é barato.

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Imagem do Facebook


Encontrei no Facebook.

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2 semanas à procura do número

Se sempre foi óbvio que 96% dos pensionistas portugueses não deveria ser atingido pelos cortes nas pensões de sobrevivência porque demorou o governo duas semanas a explicar os mesmos?

Seria muito mais fácil dizer logo "são só para as pensões acima dos 2.000 Euros".

A sensação que fica é que demoraram uma semana à procura do número.

A verdadeira questão será o porquê?


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A MUDANÇA ganhou!

Com a recente vitória da MUDANÇA na Ilha da Lenha muitos foram apanhados completamente de surpresa. O facto é que muita gente, inclusivamente dos próprios companheiros de partido, estão fartos do discurso do rei.

Além de estar velho para o cargo cuja cadeira que já cheira a mofo e naftalina encheu o pessoal com atitudes em que a maioria não se enquadra. E aí está.

O resultado ficou bem latente e à vista: uma derrota como nunca teve. Agora, debilitado e velho, jaz na sua poltrona ainda tentando defender os interesses que à 30 anos ajuda a manter. Só que desta vez a garantia será finita.

Fica sobretudo a sensação de que as coisas nunca mais vão ser as mesmas.

VIVA A MUDANÇA!

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Fronteira da Afaquistão sem DN?

Na fronteira do Afaquistão já não se encontra um bar com o Diário de Notícias.

Nem de borla nem à venda!

Será mais uma tentativa de calar o pessoal naquela máxima que diz "se não lês então não sabes". Continua a guerra contra os que ainda opinam na Ilha da Lenha e sobretudo contra aqueles que perderam o medo do Soba.

De qualquer maneira os empresários que alinham nesta manobra anti-democrática serão os primeiros a perder clientela.

Por mim já foram...

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O gajo do PP na Ilha da Lenha

Cá na Ilha da Lenha também se fazem mas também se pagam as mal feitas.

JM Rodrigues eterno campeão do PP na Ilha fez todo a campanha para a CMF baseada na sua imagem. Cartazes e mais cartazes com a sua pessoa apelavam ao voto com algumas frases que, na minha opinião, eram infelizes e sobretudo infantis. O povo infantil respondeu-lhe com uma derrota daquelas inesquecíveis.

O caricato é que veio se desculpar nos media que o CDS-PP tinha obtido um resultado menos bom. Menos bom? O que duma derrota sofrida e absolutamente individual a tentativa vã de atirar para cima do partido a carga.

Ahh rapazinho esperto...

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As justificações do Farsolas

A insanidade tomou conta do país.

De acordo com a imprensa o Farsolas demorou uma semana para esclarecer (acalmar?) os pensionistas acerca dos novos cortes.

Falou e falou mas não convenceu.

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O IVA tem de ser pago

Imagine-se só que os construtores têm de entregar o IVA das obras que fizeram para o governo mas que este não pagou.

Extraordinário, mas verdade.

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As excepções

O Governo deverá manter no próximo ano o regime de excepção da TAP e da Caixa Geral de Depósitos (CGD) aos cortes salariais inscritos no Orçamento do Estado (OE) para 2014, que esteve em discussão este domingo em Conselho de Ministros extraordinário e terá de ser entregue até terça-feira.

Continuam uns a pagar e os outros a ver.

Digo que o problema não seria todos termos de pagar para endireitar o país. O problema é que só uma minoria faz isso, ou melhor, é obrigada a isso.

Estas excepções matam-nos...

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terça-feira, 8 de outubro de 2013

De frustrações e desesperos

Pasmemo-nos perante estes factos:

A Portugal Telecom deixou de existir tal como a conhecíamos. Já aconteceu a outras empresas. A Cimpor, antigo gigante mundial do cimento, é um resto do que era e já não tem mão nacional. A EDP é cada vez mais chinesa. A REN omanita e chinesa. Os CTT devem tornar-se brasileiros. A TAP anda à procura de noivo e não será português, apesar de o turismo ser das poucas atividades locais que ainda rendem. A Soares da Costa também é angolana. O acionista de referência do BCP é angolano, no BPI é espanhol e angolano. A Zon-Optimus idem, como a Galp, embora Azevedo e Amorim façam as honras da casa. Tudo empresas de primeira linha, tenores da atividade económica.

E nos? Resta-nos o cú que ainda, espero, seja nosso.

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segunda-feira, 7 de outubro de 2013

As TV's e as opiniões

E lá vem mais um programa de Opinião Pública da SIC para adormecer as massas - que protestam e protestam, mas na TV. É assim como um protesto virtual onde se destilam os ódios, normalmente, sem partir nada e de uma maneira muito civilizada.

E então o mote de hoje são os cortes nas pensões de sobrevivência - aliás não poderia ser outro não fosse o Benfica ter levado aqueles 3 batatões...

E para a pergunta da semana - é aceitável que depois do corte noutro tipo de pensões, também as dos viúvos sejam abrangidas?

Já estou a ver a qualidade da coisa. O que posso dizer sobre o assunto?

Venham para a rua protestar, fazer barulho, mostrar a vossa revolta. Revoltar-se através do telefone para uma estação de televisão não é revolta nenhuma - é uma treta!

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Factor X ou G?

Em Portugal descobriu-se que ser gay é fino e tem classe.

Desculpe mas não sou homofóbico nem para lá caminho mas ver tantos rapazotes, afeminados, com andares empaneleirados e com vozes altamente suspeitas na TV como se fossem estrelas é demais para mim.

Ontem no Factor X apareceu um rapazote que não cantava a ponta dum corno. Resultado a assistência comprada do programa começou a rir e a troçar da estrela. Conclusão o rapazote que não cantava um corno fugiu esbaforido palco fora.

Esteve mal o público, concerteza. Esteve mal o aspirante a cantor, concerteza.

Ok, concerteza então também.

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Pensamentos duma Segunda-Feira

A Mudança ganhou na Ilha da Lenha.

Depois de 30 e tal anos de poder começa agora a ver-se uma ténue luz ao fundo do túnel. Não é que esses 30 anos tenham sido assim tão maus, antes pelo contrário, mas estávamos carentes de caras novas. Novos projectos estão já nos trilhos? Ou não passarão de mudanças no mesmo?

Um facto para mim é relevante: a Mudança tardou mas finalmente começou.

Mudanças nos tempos.

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quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Uma fixação ou uma mania?

Pior que uma mania é uma fixação - já dizia o outro.

O insebado não sabe ler - afinal?!

Reportando-me aos incidentes com o treinador do clube apoiado pelo regime que, recordemos, andou à bulha com seguranças e polícias ~- devidamente identificados por coletes - aliás como manda a lei.

O presidente do clube apoiado pelo regime sediado na capital do império saíu em defesa do Insebado afirmando que ele não sabia que os adversários da luta eram polícias, Isto pode ser interpretado de inúmeras maneiras mas que dentro das mesmas destaco o facto de estar agora explicado como é que o Insebado vê tantos penalties por marcar em cada jogo.

Outra das explicações lógicas é que o suposto treinador não sabe mesmo ler.

E é disto que se alimentam as massas (e não só), do meu país.

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quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Inglês nas escolas

O ministério da educação confirmou que o Governo determinou que o ensino de inglês já não é obrigatório como actividade de enriquecimento curricular. A partir desde ano lectivo cabe a cada estabelecimento de ensino decidir se oferece ou não esta actividade extra curricular.

A obrigatoriedade do ensino de Inglês foi introduzida em 2005 durante o desgoverno do Inginheiro e foi uma das grandes bandeiras na área da educação.

O senhor ministro da educação deve andar mesmo com algum problema grave. Convenhamos então que na cabeça dos iluminados a disciplina de inglês não é assim tão importante no país onde os melhores manuais universitários, e não só, são escritos nessa língua. Num país que se pretende ser de turismo a língua inglesa também não é crucial - aqui os nativos podem falar por gestos com a estranja que é a mesma coisa?

Afinal anda tudo mesmo maluco.

A língua inglesa é muito mais importante do que o português, sr ministro.

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terça-feira, 17 de setembro de 2013

Ameaças e empurrões

Já estamos na fase seguinte.

Na Ilha da Lenha vale tudo para se conseguir um voto. Ameaçar, pressionar e amedrontar ao máximo os velhos e os novos - aos velhos com a velha história dos cortes na reforma e aos novos com a hipotética falta de dinheiro para tudo.

A democracia a trabalhar em pleno na Ilha da Lenha.

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segunda-feira, 16 de setembro de 2013

An(n)a Montana

As pequenas criancinhas andam todas malucas por causa da Ana Montana.

Aqui há dias dizia uma para a outra: "Olha vamos ver a Ana Montana nua na Televisão?!"

Até que enfim.

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Bebé real

Alguém sabe do "bebé real"?

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O candidato geneticamente desenhado

Na Ilha da Lenha estamos anos luz à frente. Nem americanos nem nada nos chegam aos calcanhares.

Por exemplo no ramo da ciência temos um conhecido candidato que foi desenhado geneticamente para ocupar determinada "cadeira". Subserviente e atento ao grande chefe, como convém, senão é deposto no imediato, este candidato apraz-se a dançar, cantar e apanhar ramos queimados na serra - se for necessário. Perfeito para a tal mudança na continuidade.

O exercício até nem lhe faz mal.

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sexta-feira, 13 de setembro de 2013

O fruto da caganeira

Na Ilha da Lenha existe um fruto a que damos o nome de "uveira da serra".

2 anos atrás niguém queria saber disso não fosse o facto de vulgarmente a populaça dizer que dá caganeira se o comermos em demasia.

O facto é que sendo este fruto da família dos mirtilos e dado as características anti-oxidantes do mesmo - descobriram os iluminados que são donos das serras da Ilha da Lenha que poderiam ser feitas até excursões populares para a apanha do mesmo.

Foi declarado oficialmente o Desporto Nacional e Olímpico da Ilha da Lenha por este blogue.

Nota: Não tarda muito o pagamento de uma licença para a apanha do fruto da caganeira.

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Efervescências

Na Ilha da Lenha já se sente a efervescência duma mudança?

Aqui e ali notam-se nervosismos dos que sentem o seu poder por um fio e ao fim de tantos anos. Principalmente nos instituídos. A baralhar isto tudo ainda mais está o CDS cujo principal objectivo é atacar a mudança em vez do tal poder dos 40 anos. Estranhas opções?

Confesso que admiro o trabalho jornalístico desse senhor embora esteja no partido errado.

Porque será que os cidadãos não se podem juntar, livremente, sem uma máquina  partidária por detrás?

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Ser ministro

Ser ministro no governo do meu país significa trabalhar para contornar as decisões do Tribunal Constitucional de maneira a que seja imposto mais um corte ou mais uma taxa em cima dos mesmos.

Parece até que não há mais nada para fazer.

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Squetch



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quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Cobertura das eleições

A cobertura jornalística das eleições autárquicas está a provocar polémica. O jornal O PÚBLICO tomou uma posição: não tem a intenção de discriminar, mas não tratará por igual o que não é igual.

E como ficamos com a tal Lei? Será que a mesma não se aplica a TODA a comunicação social? A vendida e a comprada?

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O estado da coisa

E agora vai passando de pais para filhos, para enteados, amantes, amigos e quem sabe mais. O poder político tornou-se numa espécie de 'cosa nostra' onde o que contam não são as capacidades dos iluminados mas sim os laços familiares.

Desde o 25 de Abril de 74 que se alimentam estas ligações a todos os níveis.

Já é coisa de pedra e cal. Seria necessário muita vontade política para acabar o que já não tem fim.

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terça-feira, 10 de setembro de 2013

Notícias ao contrário

O Governo calcula em torno dos 700 milhões de euros a poupança que a Caixa Geral de Aposentações (CGA) conseguirá com a convergência do sistemas de pensões público com o regime geral da Segurança Social, cujo diploma foi discutido esta manhã com os sindicatos.
Mas afinal o dinheiro não foi dos descontos dos pensionistas? E a CGD está a "poupar" o dinheiro dos outros, pois. Assim já se entende a notícia.

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Portagens

O nosso governo após ter sido criticado em Bruxelas por causa das portagens vai implementar um novo modelo nas mesmas. Isto de maneira a contornar a lei que Bruxelas chumbou, claro está, mas sempre na mira de esmifrar mais uns cobres aos de sempre.

O que deveria ser em primeiro lugar uma pessoa de bem, que defendesse os seu povo, tornou-se numa máquina de cobrar impostos por dá aqui essa palha. Só não compreendo comoé que com tanto imposto e tanto dinheiro cobrado às pessoas, este país se encontra na triste situação actual.

Pagamos cada vez mais e cada vez mais temos menos direitos.

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Sondagens... das tais...

Ainda sobre as eleições que não vão ser transmitidas pela SIC, TVI ou RTP acho engraçado que publiquem "as tais sondagens" da treta já para ir preparando o pessoal para a vitória dos de sempre.

Desmobilização, como sempre. Rua com os debates esclarecedores porque a coisa agora vai fazer-se através das sondagens encomendadas...

É para rir, claro.

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Indefinição dos tempos

Pela primeira vez os canais TVI, SIC e RTP não vão fazer a cobertura das campanhas para as eleições autárquicas.

Serão mais uns dias plenos de AXN, Canal Hollywood, MGM, National Geographic, etc... todos menos o Lixo Eleitoral!

Depois de terem decidido não realizar debates em antena, as três televisões de sinal aberto e respetivos canais de informação não vão dar qualquer notícia sobre ações de campanha dos candidatos às câmaras municipais e assembleias de freguesia.

Em causa está aquilo que os canais consideram ser uma «interpretação restritiva da lei eleitoral autárquica». A lei exige que todas as candidaturas, independentemente da dimensão ou influência, tenham igual tratamento por parte dos órgãos de comunicação social e as televisões argumentam não ter meios para fazer cumprir a orientação da Comissão Nacional de Eleições.


Será que vai ser bom para a Democracia a falta de informação política? Não vai haver eternização do poder pelos mesmos de sempre? Aumento da abstenção?

Vivem-se tempos esquisitos.

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Música nas escolas brasileiras

A título de nota:

Enquanto no Brasil a música passa a aser obrigatória nas escolas em Portugal... nada.

Porra de país da merda este.

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segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Juntar palavras não é falar nem escrever português!

A nossa supreendente comunicação social.

Duas bombas:

1º Na TVI hoje de manhã foi apresentado um homem negro, de Angola, que está normalmente na Rua Augusta, a bater nuns tachos e a cantar - uma tarola, um bombo tipo rancho folclórico, um boneco de borracha que quando apertado solta um silvo e um lavatório em aço inox. Após viaualização e audição de tão estranha personagem batucadora eis que, em rodapé, aparace o nome do artista seguido da "categoria profissional" de percursionista.

E eu a pensar com os meus botões nos meus colegas de Conservatório de Música que andam 4 anos (ou mais...) a aprender percurssão, teoria musical e mais nem sei o quê, e que é atribuído a este artista de rua, ou lá o que seja na realidade, esta suposta categoria profissional de uma assentada só.


2º Tenho um amigo que recebe uns SMS's com notícias relevantes no seu telemóvel. Hoje umacujo título é "Já arderam 7 cidades de Lisboa". Mas que raio de título é esse? Que quer dizer? Cidade de Lisboa só existe uma não é? Será que já ardeu área florestal 7 vezes a área da capital do império?

Juntar palavras não é falar nem escrever português!

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quinta-feira, 5 de setembro de 2013

On the way to Siria


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Ataque aprovado

O 'caixotre que ia mudar o mundo' afinal nem é assim tão diferente dos seus predecessores. Hoje, com mágoa pelas mortes de inocentes que vão acontecer, mais uma vez, o baluarte da grande democracia mundial decidiu atacar a Síria.

Resta-me somente a esperança leve de que todas as demarches de diálogo possíveis e impossíveis, foram tentadas.

E a Europa?

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quarta-feira, 4 de setembro de 2013

O tal fax e o aeroporto de Maceu

Para que a história não se esqueça:


É BOM NÃO ESQUECER - AEROPORTO DE MACAU E SUA POLÉMICA


Para a construção deste aeroporto, foi dinamitada a montanha da Ponte da Cabrita, o que, na minha humilde opinião foi um crime ecológico que se cometeu.

O Engenheiro Carlos Melancia ex-Governado de Macau, que conheci pessoalmente, serviu de Body espiratório no caso do Aeroporto Internacional de Macau.


Ah ... e já agora, gostava de o ouvir falar da VERGONHA do Aeroporto de Macau, dos seus amigos Carlos Melancia de Rui Mateus


Vou recuperar uma série de artigos a que Joaquim Vieira chamou “O Polvo” na Grande Reportagem distribuída semanalmente em forma de suplemento com os jornais Diário de Notícias e Jornal de Notícias onde cita passagens do livro “Contos Proibidos – Memorias de um PS desconhecido” escrito por Rui Mateus, membro do PS

(03 de Setembro de 2005, G.R. Nº 243)
“...Em síntese, que diz Mateus? “... após ganhar as primeiras presidenciais, 1986, Soares fundou com alguns amigos políticos um grupo empresarial destinado a usar fundos financeiros remanescentes da campanha.”
”Um dos objectivos da recolha de dinheiros era financiar a reeleição de Soares. Não podendo presidir ao grupo por razões óbvias, Soares colocou os amigos como testas-de-ferro, embora reunisse amiúde com eles...” Que..., Soares convocou alguns magnatas internacionais - Rupert Murdoch, Sílvio Berlusconi, Robert Maxwell e Stanley Ho - para o visitarem na Presidência da República e se associarem ao grupo, a troco de avultadas quantias que pagariam para facilitação dos seus investimentos em Portugal.”

O Polvo (10 de Setembro de 2005, na G.R. nº 244)
”A rede de negócios que Soares dirigiu enquanto Presidente foi sediada na empresa Emaudio, agrupando um núcleo de próximos seus, dos quais António Almeida Santos, Carlos Melancia e o próprio filho, João. A figura central era Rui Mateus, que detinha 60 mil acções da Fundação de Relações Internacionais..., as quais eram do Presidente mas de que fizera o outro fiel depositário na sua permanência em Belém.”
”Soares controlaria assim a Emaudio pelo seu principal testa-de-ferro no grupo empresarial. Diz Mateus que o Presidente queria investir nos média: daí o convite inicial para S.Berlusconi...”
“Acordou-se a sua entrada com 40% numa empresa em que o grupo de Soares reteria o resto, mas tudo se gorou por divergências no investimento. Soares tentou então a sorte com R. Murdoch...”
“Interpôs-se porém outro magnata, R. Maxwell, arqui-rival de Murdoch, que invocou em Belém credenciais socialistas. Soares daria ordem para se fazer o negócio com este. O empresário inglês passou a enviar à Emaudio 30 mil euros mensais. Apesar de os projectos tardarem, a equipa de Soares garantira o seu "mensalão".
”Só há quatro anos foi criminalizado o tráfico de influências em Portugal...”
“...Mas a ética política é um valor permanente, e as suas violações não prescrevem. Daí a actualidade destes factos, com a recandidatura de Soares.”

O Polvo (17 de Setembro de 2005, na G.R. Nº 245)
”A empresa Emaudio, dirigida na sombra pelo Presidente Soares, arrancou pouco após a sua eleição e, segundo Rui Mateus em Contos Proibidos, contava "com muitas dezenas de milhares de contos "oferecidos" por (Robert) Maxwell (...), consideráveis valores oriundos do "ex-MASP" e uma importante contribuição de uma empresa próxima de Almeida Santos." Ao nomear governador de Macau um homem da Eumadio, Carlos Melancia, Soares permite juntar no território administração pública e negócios privados. Acena-se a Maxwell a entrega da estação pública de TV local, com a promessa de fabulosas receitas publicitárias. Mas, face a dificuldades técnicas, o inglês, tido por Mateus como "um dos grandes vigaristas internacionais", recua.”
”O esquema vem a público, e Soares acusa os gestores da Emaudio de lhe causarem perda de popularidade, anuncia-lhes alterações ao projecto e exige a Mateus as acções de que é depositário e permitem controlar a empresa. O testa-de-ferro, fiel soarista, será cilindrado. Mas antes resiste, recusando devolver as acções e esperando a reformulação do negócio. E, quando uma empresa reclama por não ter contrapartida dos 50 mil contos (250 mil euros) pagos para obter um contrato na construção do novo aeroporto de Macau, Mateus propõe o envio do fax a Melancia exigindo a devolução da verba.” ”O Governador cala-se. Almeida Santos leva a mensagem a Soares, que também se cala. Então Mateus dá o documento a 'O Independente”, daqui nascendo o "escândalo do fax de Macau". Em plena visita de Estado a Marrocos, ao saber que o Ministério Público está a revistar a sede da Emaudio, o Presidente envia de urgência a Lisboa Almeida Santos (membro da sua comitiva) para minimizar os estragos. Se Melancia acaba absolvido, Mateus e colegas são condenados como corruptores. Uma das revelações mais curiosas do seu livro é que o suborno (sob o eufemismo de "dádiva pública") não se destinou de facto a Melancia mas "à Emaudio ou a quem o Presidente da República decidisse". Quem afinal devia ser réu?”

O Polvo, (24 de Setembro de 2005 na G.R. Nº 246)
”Ao investigar o caso de corrupção na base do "fax de Macau", o Ministério Público entreviu a dimensão da rede dos negócios então dirigidos pelo Presidente Soares desde Belém. A investigação foi encabeçada por António Rodrigues Maximiano, Procurador-geral adjunto da República, que a dada altura se confrontou com a eventualidade de inquirir o próprio Soares.”
”Questão demasiado sensível, que Maximiano colocou ao então Procurador-geral da República, Narciso da Cunha Rodrigues. Dar esse passo era abrir a Caixa de Pandora, implicando uma investigação ao financiamento dos partidos políticos...”
”Cunha Rodrigues, envolvido em conciliábulos com Soares em Belém, optou pela versão mínima: deixar de fora o Presidente e limitar o caso a apurar se o Governador de Macau, Carlos Melancia, recebera um suborno de 250 mil euros.”
”Entretanto, já R. Maxwel abandonara a parceria com o grupo empresarial de Soares, explicando a decisão em carta ao próprio Presidente. Mas logo a seguir surge Stanley Ho a querer associar-se ao grupo soarista...”
”Só que Mateus cai em desgraça, e Ho negociará o seu apoio com o próprio Soares, durante uma "presidência aberta" que este efectua na Guarda. “... o grupo de Soares queria ligar-se a Ho e à Interfina (uma empresa portuguesa arregimentada por Almeida Santos) no gigantesco projecto de assoreamento e desenvolvimento urbanístico da baía da Praia Grande, em Macau... onde estavam "previstos lucros de milhões de contos.”
”Com estas operações, o Presidente fortalecia uma nova instituição: a Fundação Mário Soares. Inverosímil? Nada foi desmentido pelos envolvidos, nem nunca será.”


O Polvo, (01 de Outubro de2005 na G.R. Nº 247)
”As revelações de Rui Mateus sobre os negócios do Presidente Soares, em Contos Proibidos, tiveram impacto político nulo e nenhuns efeitos. Em vez de investigar práticas porventura ilícitas de um Chefe de Estado, os jornalistas preferiram crucificar o autor pela "traição" a Soares...”
”Da parte dos soaristas, imperou a lei do silêncio...”, “...comentar o tema era dar o flanco a uma fragilidade imprevisível. Quando o livro saiu, a RTP procurou um dos visados para um frente-a-frente com Mateus - todos recusaram.”
”Com a questão esquecida, Soares terminou em glória uma histórica carreira política, mas o anúncio da sua recandidatura veio acordar velhos fantasmas. O mandatário, Vasco Vieira de Almeida, foi o autor do acordo entre a Emaudio e Robert Maxwell. Na cerimónia do Altis, viram-se figuras centrais dos negócios soaristas, como Almeida Santos ou Ílidio Pinho, que o Presidente fizera aliar a Maxwell.” Dos notáveis próximos da candidatura do "pai da pátria", há também homens da administração de Macau sob a tutela de Soares, como António Vitorino e Jorge Coelho, actuais eminências pardas do PS, ou Carlos Monjardino, conselheiro para a gestão dos fundos soaristas e presidente de uma fundação formada com os dinheiros de Stanley Ho.”
”Outros ex-"macaenses" influentes são o ministro da Justiça Alberto Costa..., ou o presidente da CGD por nomeação de Sócrates, que o Governador Melancia pôs à frente das obras do aeroporto de Macau.”
Grande Reportagem

nota: Joaquim Vieira, director da 'Grande Reportagem', detida pelo grupo Controlinveste, foi despedido. O jornalista foi, igualmente, informado de que a revista iria ser fechada.
Publicado por Francisco a 28 de Março de 2008.

(Artigo extraído da Grande reportagem)
Muito Curioso

novembro 25, 2005

Sobre Mário Soares - Fundação Mário Sores - Macau - Emáudio - "GRANDE POLVO"
A anatomia de um silêncio .


”Em Portugal não se investiga, insinua-se; em Portugal nunca há factos apenas suspeitas; também nunca há inocentes, apenas quem não foi declarado culpado.”


Este artigo será longo, mais longo do que o desejável num blog, mas em minha opinião merece uma leitura atenta.


Para o elaborar vou mencionar excertos de artigos de Joaquim Vieira que foram publicados na revista Grande Reportagem, distribuída semanalmente em forma de suplemento com os jornais Diário de Notícias e Jornal de Notícias.


Joaquim Vieira é um conhecido e conceituado jornalista tendo chegado a ser número dois na hierarquia do jornal Expresso. Nesta sua série de artigos, J. Vieira cita passagens do livro “Contos Proibidos – Memorias de um PS desconhecido” escrito por Rui Mateus, membro do P. S. A essa série de artigos, chamou “O Polvo”.


1ª Parte (Pub. 03 de Setembro de 2005, G.R. Nº 243)


“Além da brigada do reumático que é agora a sua comissão, outra faceta distingue a candidatura de Mário Soares a Belém das anteriores: surge após a edição de Contos Proibidos - Memórias de um PS desconhecido, do seu ex-companheiro de partido Rui Mateus.”


”O livro, que noutra democracia europeia daria escândalo e inquérito judicial, veio a público nos últimos meses do segundo mandato presidencial de Soares...” Em síntese, que diz Mateus? “... após ganhar as primeiras presidenciais, 1986, Soares fundou com alguns amigos políticos um grupo empresarial destinado a usar fundos financeiros remanescentes da campanha.”


”Um dos objectivos da recolha de dinheiros era financiar a reeleição de Soares. Não podendo presidir ao grupo por razões óbvias, Soares colocou os amigos como testas-de-ferro, embora reunisse amiúde com eles...” Que..., Soares convocou alguns magnatas internacionais - Rupert Murdoch, Sílvio Berlusconi, Robert Maxwell e Stanley Ho - para o visitarem na Presidência da República e se associarem ao grupo, a troco de avultadas quantias que pagariam para facilitação dos seus investimentos em Portugal.”


”Note-se que o "Presidente de todos os portugueses" não convidou os empresários a investir na economia nacional, mas apenas no seu grupo...”


Parte 2 (Pub. 10 de Setembro de 2005, na G.R. nº 244)


”A rede de negócios que Soares dirigiu enquanto Presidente foi sedeada na empresa Emaudio, agrupando um núcleo de próximos seus, dos quais António Almeida Santos, Carlos Melancia e o próprio filho, João. A figura central era Rui Mateus, que detinha 60 mil acções da Fundação de Relações Internacionais..., as quais eram do Presidente mas de que fizera o outro fiel depositário na sua permanência em Belém.”


”Soares controlaria assim a Emaudio pelo seu principal testa-de-ferro no grupo empresarial. Diz Mateus que o Presidente queria investir nos média: daí o convite inicial para S. Berlusconi...”


“Acordou-se a sua entrada com 40% numa empresa em que o grupo de Soares reteria o resto, mas tudo se gorou por divergências no investimento. Soares tentou então a sorte com R. Murdoch...”


“Interpôs-se porém outro magnata, R. Maxwell, arqui-rival de Murdoch, que invocou em Belém credenciais socialistas. Soares daria ordem para se fazer o negócio com este. O empresário inglês passou a enviar à Emaudio 30 mil euros mensais. Apesar de os projectos tardarem, a equipa de Soares garantira o seu "mensalão".”


”Só há quatro anos foi criminalizado o tráfico de influências em Portugal...”


“...Mas a ética política é um valor permanente, e as suas violações não prescrevem. Daí a actualidade destes factos, com a recandidatura de Soares.”


Parte 3 (Pub. 17 de Setembro de 2005, na G.R. Nº 245)


”A empresa Emaudio, dirigida na sombra pelo Presidente Soares, arrancou pouco após a sua eleição e, segundo Rui Mateus em Contos Proibidos, contava "com muitas dezenas de milhares de contos "oferecidos" por (Robert) Maxwell (...), consideráveis valores oriundos do "ex-MASP" e uma importante contribuição de uma empresa próxima de Almeida Santos." Ao nomear governador de Macau um homem da Emaudio, Carlos Melancia, Soares permite juntar no território administração pública e negócios privados. Acena-se a Maxwell a entrega da estação pública de TV local, com a promessa de fabulosas receitas publicitárias. Mas, face a dificuldades técnicas, o inglês, tido por Mateus como "um dos grandes vigaristas internacionais", recua.”


”O esquema vem a público, e Soares acusa os gestores da Emaudio de lhe causarem perda de popularidade, anuncia-lhes alterações ao projecto e exige a Mateus as acções de que é depositário e permitem controlar a empresa. O testa-de-ferro, fiel soarista, será cilindrado. Mas antes resiste, recusando devolver as acções e esperando a reformulação do negócio. E, quando uma empresa reclama por não ter contrapartida dos 50 mil contos (250 mil euros) pagos para obter um contrato na construção do novo aeroporto de Macau, Mateus propõe o envio do fax a Melancia exigindo a devolução da verba.”


”O Governador cala-se. Almeida Santos leva a mensagem a Soares, que também se cala. Então Mateus dá o documento a 'O Independente”, daqui nascendo o "escândalo do fax de Macau". Em plena visita de Estado a Marrocos, ao saber que o Ministério Público está a revistar a sede da Emaudio, o Presidente envia de urgência a Lisboa Almeida Santos (membro da sua comitiva) para minimizar os estragos. Se Melancia acaba absolvido, Mateus e colegas são condenados como corruptores. Uma das revelações mais curiosas do seu livro é que o suborno (sob o eufemismo de "dádiva pública") não se destinou de facto a Melancia mas "à Emaudio ou a quem o Presidente da República decidisse". Quem afinal devia ser réu?”


O Polvo, Parte 4 (Pub. 24 de Setembro de 2005 na G.R. Nº 246)


”Ao investigar o caso de corrupção na base do "fax de Macau", o Ministério Público entreviu a dimensão da rede dos negócios então dirigidos pelo Presidente Soares desde Belém. A investigação foi encabeçada por António Rodrigues Maximiano, Procurador-geral adjunto da República, que a dada altura se confrontou com a eventualidade de inquirir o próprio Soares.”


”Questão demasiado sensível, que Maximiano colocou ao então Procurador-geral da República, Narciso da Cunha Rodrigues. Dar esse passo era abrir a Caixa de Pandora, implicando uma investigação ao financiamento dos partidos políticos...”


”Cunha Rodrigues, envolvido em conciliábulos com Soares em Belém, optou pela versão mínima: deixar de fora o Presidente e limitar o caso a apurar se o Governador de Macau, Carlos Melancia, recebera um suborno de 250 mil euros.”


”Entretanto, já R. Maxwel abandonara a parceria com o grupo empresarial de Soares, explicando a decisão em carta ao próprio Presidente. Mas logo a seguir surge Stanley Ho a querer associar-se ao grupo soarista...”


”Só que Mateus cai em desgraça, e Ho negociará o seu apoio com o próprio Soares, durante uma "presidência aberta" que este efectua na Guarda. “... o grupo de Soares queria ligar-se a Ho e à Interfina (uma empresa portuguesa arregimentada por Almeida Santos) no gigantesco projecto de assoreamento e desenvolvimento urbanístico da baía da Praia Grande, em Macau... onde estavam "previstos lucros de milhões de contos.”


”Com estas operações, o Presidente fortalecia uma nova instituição: a Fundação Mário Soares. Inverosímil? Nada foi desmentido pelos envolvidos, nem nunca será.”


O Polvo, Parte 5, (Pub. 01 de Outubro de2005 na G.R. Nº 247)


”As revelações de Rui Mateus sobre os negócios do Presidente Soares, em Contos Proibidos, tiveram impacto político nulo e nenhuns efeitos. Em vez de investigar práticas porventura ílicitas de um Chefe de Estado, os jornalistas preferiram crucificar o autor pela "traição" a Soares...”


”Da parte dos soaristas, imperou a lei do silêncio...”, “...comentar o tema era dar o flanco a uma fragilidade imprevisível. Quando o livro saiu, a RTP procurou um dos visados para um frente-a-frente com Mateus - todos recusaram.”


”Com a questão esquecida, Soares terminou em glória uma histórica carreira política, mas o anúncio da sua recandidatura veio acordar velhos fantasmas. O mandatário, Vasco Vieira de Almeida, foi o autor do acordo entre a Emaudio e Robert Maxwell. Na cerimónia do Altis, viram-se figuras centrais dos negócios soaristas, como Almeida Santos ou Ílidio Pinho, que o Presidente fizera aliar a Maxwell.” Dos notáveis próximos da candidatura do "pai da pátria", há também homens da administração de Macau sob a tutela de Soares, como António Vitorino e Jorge Coelho, actuais eminências pardas do PS, ou Carlos Monjardino, conselheiro para a gestão dos fundos soaristas e presidente de uma fundação formada com os dinheiros de Stanley Ho.”


”Outros ex-"macaenses" influentes são o ministro da Justiça Alberto Costa..., ou o presidente da CGD por nomeação de Sócrates, que o Governador Melancia pôs à frente das obras do aeroporto de Macau.”


“Será o Polvo apenas uma teoria de conspiração?”


”E depois, Macau, sempre Macau...”


In Grande Reportagem


Joaquim Vieira, director da 'Grande Reportagem', detida pelo grupo Controlinveste, foi despedido. O jornalista foi, igualmente, informado de que a revista será fechada até Dezembro. As razões de tais medidas são desconhecidas.


Após ler e seleccionar algumas partes dos artigos de Joaquim Vieira, veio-me à memória um caso com algumas semelhanças e no qual fui interveniente, se bem que indirectamente. No final dos anos 70 e início dos 80, colaborava num suplemento musical (Som 80) que era publicado semanalmente no jornal “Portugal Hoje”. Esse jornal era propriedade de uma empresa ligada ao Partido Socialista, da qual já não me recordo do nome. Não vendia muito, mas convinha ao PS ter o jornal. A certa altura houve na secção politica, alguém que teve a “infelicidade” de fazer um artigo com algumas verdades sobre o partido, que não eram muito abonatórias. Coincidência ou não, o jornal foi encerrado passado uma semana. Não deixa de existir uma certa semelhança entre o final da Grande Reportagem e do Portugal Hoje.


Mário Soares e os seus amigos no seu melhor.


Não olham a meios para atingir fins, nem que para isso se sirvam do País quando a sua obrigação é servir o Pais. É pena que os Portugueses não saibam, ou não queiram ver isto.


Lembra-me um ditado chinês: "Pior cego não é o que não vê, é aquele que não quer ver"

Posted by kinebe at novembro 25, 2005 09:10 AM
Comments
Quem nao quiser ser "cego" (ver ditado Chines no final) que tenha a paciencia de ler isto, apesar de já ser conhecido por muitos! Quem nao quiser perder tempo a ler estas coisas que já sao conhecidas de muitos que procuram alguma verdade nesta confusao actual e passada destes "senhores", entao vote Soares! Acho que está mais que na altura de mostrar a estes "senhores" que nao nos podem roubar TODA a vida!!! 1 MILHAO de Km percorridos como o chefe de estado mais viajado do mundo... Só acho incrível ainda, que o Soares ainda consiga atingir a grandessíssima percentagem de 17% de intencoes de voto... E acho ainda mais incrível como esse "senhor" vem à TV com aquela cara de santíssima eminencia, com uma LATA nas coisas que diz, que só visto... Quem viesse de Marte e nao o conhecesse, pensaria que ele é o homem mais "MAIS" em Portugal! Mas de certeza que há um ditado popular qualquer que diz que a melhor defesa dum criminoso é o ataque àqueles que o desmascaram todos os dias, hahahahahah O povo portugues ainda nao atingiu a atitude certa perante um país em CACOS! (para nao dizer em CACA)... quando se está perante MERDA, LIMPA-SE E PUXA-SE O AUTOCLISMO!!! O país agradece... :-))) A Irlanda já o fez e o prémio foi ultrapassar-nos como se nós estivessemos PARADOS... Tendo os portgueses uma história de "nós é ques sabemos!" e muitos dizerem que "os Irlandeses sao terroristas e loucos", pergunto-me onde estao todos esses portugueses hoje... uns caladinhos que nem RATOS, outros com LATA infinita... tenho imensa pena que Portugal e os portugueses funcione "ao contrário"...

Pedro Kulzer Posted by: Pedro Kulzer at novembro 25, 2005 09:57 AM

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O Aeroporto Internacional de Macau foi inaugurado em Novembro de 1995.
 
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Ainda sobre o aeroporto de Macau

E devo acrescentar: O tal Fax...

Teria sido uma luva cara: 250 mil euros. Em 1989, a empresa alemã Weidleplan exige num fax que o governador de Macau, Carlos Melancia, devolva 50 mil contos (250 mil euros). Quando a mensagem é divulgada, nasce o escândalo "Fax de Macau", que termina em 2002. Com reticências.

Em Março de 1988, o representante da Weidleplan em Portugal, António Strecht Monteiro, contacta o socialista Rui Mateus e propõe-lhe um negócio. Mateus é o homem forte da Emaudio, uma empresa constituída após a eleição de Mário Soares como Presidente da República e com objectivos na área da comunicação social. Segundo o próprio Mateus escreve no livro "Contos Proibidos - Memórias de um PS Desconhecido", a Emaudio conta "com muitas dezenas de milhares de contos ?oferecidos? por Maxwell [Robert Maxwell, magnata da comunicação social] e uma importante contribuição de uma empresa próxima de Almeida Santos". Os alemães pretendem ficar como consultores do novo aeroporto internacional da região, mas não conhecem o governador Melancia, ao contrário de Rui Mateus, que até é seu colega na Emaudio. Mateus fala com os outros sócios (Menano do Amaral e Tito de Morais) e aceita fazer a apresentação entre Melancia e a Weidleplan. É assim que Strecht Monteiro e um empresário alemão, Peter Beier, acabam a conversar com Carlos Melancia na Missão de Macau, em Lisboa. Depois de se despedirem do governador, o grupo festeja no sofisticado restaurante Gambrinus.

No início de 1989, a empresa de consultadoria concorre para ganhar o contrato na construção do aeroporto. Nas semanas seguintes, Beier e Strecht Monteiro vão a Macau e conversam com o secretário-adjunto para os grandes empreendimentos, Luís Vasconcelos. "É verdade que os senhores Peter Beier e António Strecht Monteiro, representando a empresa alemã Weidleplan Consulting, estiveram por mais de uma vez em Macau, preparando a entrada daquela empresa no concurso", confirmou Vasconcelos em 1989. Os alemães estão satisfeitos e decidem transferir 606 mil marcos para a conta de Strecht Monteiro, para que ele os entregue à Emaudio.

Ao longo do mês, a Weidlplan percebe que a vitória no concurso lhe está a escapar. Começa a exigir a Strecht Monteiro que pressione os amigos portugueses, mas eles, entretanto, zangaram-se com Melancia e já não exercem qualquer influência sobre o governador. A 12 de Maio, a Weidleplan é desclassificada do concurso e decide reaver o dinheiro. Envia o fax sem obter qualquer resposta. Embora Mário Soares sempre o tenha desmentido, Rui Mateus escreve: "[Almeida Santos] disse-me que Strecht Monteiro lhe tinha entregado uma cópia em mão e que dela dera imediatamente conta ao Mário."

Nessa altura, como admite em "Contos Proibidos", Mateus estava descontente com a situação na Emaudio e, "em Fevereiro de 1990, num acto desesperado," passa o fax ao jornal "O Independente", que o publica a 16 de Fevereiro. A partir deste momento, começam as dúvidas. As autoridades alemãs conseguiram provar que o fax foi enviado da sede da Weidleplan, mas nunca se descobriu o seu autor. A 16 de Maio, a Polícia Judiciária entrou na sede da Emaudio, surpreendeu Rui Mateus com um mandado de busca e encontrou provas do pagamento feito pela Weidleplan - por isso nunca se percebeu porque é que o montante foi exigido a Carlos Melancia. Em 1993, Melancia foi absolvido da acusação de corrupção activa, Mateus e os colegas da Emaudio foram condenados. A absolvição é confirmada nove anos depois, pelo Supremo Tribunal de Justiça, mas Carlos Melancia demitiu-se em 1989 e nunca mais ocupou um cargo público. Dedicou-se ao negócio hoteleiro e tem hoje 82 anos.

Anos antes, durante o julgamento, e depois de prestar declarações na Procuradoria-Geral da República, Strecht Monteiro foi agredido à porta de casa. Depois, a residência foi assaltada e desapareceram documentos relacionados com o processo. Nunca foram encontrados.

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Ainda... o aeroporto de Macau

E o tal Fax de 50.000 contos (250.000 Euros)

O processo que levou o ex-governador de Macau Carlos Melancia a julgamento, acusado de corrupção passiva, crime do qual foi absolvido em primeira instância, está hoje na mesma situação em que se encontrava há precisamente cinco anos atrás, disse ao PÚBLICO fonte do Tribunal Constitucional. Pelo "andar da carruagem", este processo corre o risco de prescrever, admite o advogado José Manuel Galvão Teles, defensor de Melancia.
Desde o seu julgamento no Tribunal da Boa-Hora, no Verão de 1993, que resultou na sua absolvição, o processo ainda não terminou. Uma "guerra" de recursos entre o ex-governador de Macau e o Ministério Público e desentendimentos entre dois tribunais superiores (o Supremo e o Constitucional) parecem adiar "sine die" o desfecho do caso que, se não for decidido nos tempos mais próximos, poderá mesmo prescrever. Um cenário que desagrada claramente a José Manuel Galvão Teles que afirma, impaciente: "Não quero prescrição nenhuma". Esta não deverá ser a solução do processo, no seu entender, já que o seu constituinte "não cometeu nenhum crime, foi absolvido em primeira instância e essa decisão foi mantida pelo Supremo Tribunal de Justiça", defende.
Galvão Teles atribui o lento desenrolar deste processo à "insistência do Ministério Público" que, "naturalmente, não gosta de perder". Embora "possa ter argumentos formais, não os tem de fundo", afirma o advogado, considerando que, ao manter a sua atitude, o Ministério Público "está a querer a prescrição".
O código penal estabelece uma pena de um a oito anos de prisão para o crime de corrupção passiva por acto ilícito e estipula, no seu artigo 118, que este prescreve ao fim de dez anos, prazo este que pode ser alargado a mais cinco anos. Tendo em conta que a data dos factos de que Carlos Melancia foi acusado remete para Abril de 1988, o processo poderá prescrever em 2003, ou seja, para o ano.

"Pingue-pongue" entre tribunais

Só agora é que o Tribunal Constitucional está a apreciar o primeiro recurso interposto por Carlos Melancia, na segunda metade de 1996, do acórdão do Supremo Tribunal de Justiça que deu razão ao Ministério Público, mandando repetir o julgamento realizado em 1993.
O que se passou é que a sentença que absolveu Melancia se fundamentou em documentos que foram apresentados pelo seu advogado durante a audiência do julgamento, facto considerado ilegal pelo Ministério Público, que, por isso, resolveu recorrer para o Supremo Tribunal de Justiça. Este recurso foi apreciado pelo então procurador-geral adjunto daquele tribunal superior, Rodrigues Maximiano, que defendeu a anulação do julgamento.
O Supremo Tribunal de Justiça deu razão ao Ministério Público, mandando repetir o julgamento, decisão da qual Melancia discordou, resolvendo recorrer para outro tribunal superior, o Tribunal Constitucional. Apresentou então os seus argumentos: não fora ouvido após a apreciação do Ministério Público, o que lhe tirou a oportunidade de se pronunciar (ou seja, de exercer o princípio do contraditório). Na sua perspectiva, fora também violado o princípio da verdade material que preside ao processo penal, ao ser-lhe restringida a junção de documentos durante o julgamento.
Começam então os desentendimentos entre os dois tribunais superiores. O Supremo decide não admitir estes recursos para o Constitucional e Carlos Melancia reclama para o Constitucional desta recusa. Depois de apreciar o caso, este tribunal dá provimento à reclamação do ex-governador de Macau, mandando subir o processo para julgamento.
Contudo, o juiz-relator do processo no Supremo, o conselheiro Fisher Sá Nogueira, resolve não mandar o processo para o Constitucional e, em vez disso, faz um despacho mandando anular todo o processo posterior ao parecer de Rodrigues Maximiano. Manda, por outro lado, citar o advogado de Melancia para apresentar resposta à posição defendida por aquele procurador, como se o Tribunal Constitucional já tivesse decidido favoravelmente os recursos, o que não acontecera. O Constitucional apenas admitira as reclamações que mandavam subir o processo.
Este despacho de Sá Nogueira volta a dar origem a dois novos recursos para o Tribunal Constitucional: um do Ministério Público e outro de Carlos Melancia, apontando inconstitucionalidades no que respeita ao sistema de recursos.
O Tribunal Constitucional volta a mandar o processo subir para julgamento e o juiz-relator recusa, de novo, enviá-lo. Em vez disso, decide apresentar um projecto de acórdão no Supremo para confirmar a sentença de absolvição da Boa Hora, o que é aprovado. Discordando, o Ministério Público recorre para o Constitucional (tendo em conta que este tribunal ainda não apreciara os recursos anteriores), o que foi aceite por este tribunal, de forma a que o processo subisse para o julgamento dos recursos. Na sequência desta decisão, o Supremo remeteu, finalmente, o processo ao Tribunal Constitucional, que está actualmente a julgar os recursos interpostos em 1996.

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O Farsolas em Bruxelas

Sem dúvida que sou muito mais feliz por não ver telejornais de manhã.

Hoje por um acaso do destino acendi a tv e quem apareceu? O Farsolas dos submarinos que está em Bruxels, juntamente com aquela Maria que ficou com o lugar do Gaspar. Já nos etão a encomendar novamente e pelo ar do gajo, sempre imponente e importante, a coisa vai ser séria outra vez.

To do business with Bruxelas fucking the same.

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terça-feira, 3 de setembro de 2013

As portagens das Scuts são ilegais?

E esta?

A cobrança de portagens nas antigas SCUT é ilegal, considera a Comissão Europeia que ameaça Portugal com um processo no Tribunal Europeu de Justiça caso a situação não seja reposta. A Comissão reage assim à queixa apresentada, em novembro de 2010, pela Câmara Municipal de Aveiro que defende que a introdução de portagens nas ex-SCUTS é « uma injustificada violação do princípio da livre circulação de pessoas e uma flagrante violação do princípio da não discriminação em razão da nacionalidade ». Perante os factos, a Comissão Europeia deu provimento à queixa da autarquia contra o Estado português, acerca da introdução do sistema de cobrança de portagens nas antigas autoestradas « Sem Custo para os Utilizadores », que atravessam o concelho de Aveiro - A17, A25 e A29.
 
Com tantas ilegalidades neste belo país só gostaria de saber a real e verdadeira opinião dos senhores estrangeiros que nos governam sobre a qualidade dos governantes escolhidos pelo povo.
 
Real e verdadeira, pois.
 
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Claro que é LIKE.

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Democracia dum povo superior

À pouco contava-me um amigo cujo amigo lhe contara que um outro amigo comum presente numa inauguração recente se encontrava no exercício da conversação com outros convidados. Não sei precisar se eram dez ou oito mas também não interessa para o caso...

O facto prende-se somente que, por via da chegada do Rei, subitamente, viu-se desprovido de companhia, como se dum milagre da dispersão.

Este amigo do amigo e que é amigo comum integra uma das listas que concorre à Câmara da capital da Ilha da Lenha. Está como independente, mas na lista errada, claro.

Aqui faço a ressalva de que todos esses convidados, que não fazem parte do comum povo mas sim duma casta superior, são todos munidos de diplomas que atestam a sua superior qualificação universitária - com isto não quero dizer que alguns não sejam (muito) ignorantes em certas matérias de onde se destacam as da cidadania livre e do livre exercício da Democracia - e que perante a presença da tão douta e excelentíssima personagem, amocham vergonhosamente.

Que mais se há-de dizer?

Mais uma atestar a qualidade da liberdade na Ilha da Lenha.

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Adopção por casais homosexuais

Não sou contra nem sou a favor. E passo a explicar que nunca tive a curiosidade de me informar sobre o assunto porque, em abono da verdade, nunca foi coisa que me suscitasse curiosidade. Li que está para breve uma discussão no Parlamento, mas mais não sei.

O que me repulsa é quem faz notícias a dizer que "os portugueses" - com tratamento tipo indivíduo - dizem ou pensam isto ou aquilo.

O tema é muito sério e tratar "os portugueses" como estúpidos só demonstra a ignorância  e o desrespeito de quem escreveu esta notícia.

Ponho aqui o link:

http://www.jn.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=2283369&page=-1

E ainda mais. O tal "interesse superior da criança" ou o que os adultos acham ser o interesse superior duma criança que ainda não tem o descernimento de optar pelo que a rodeia na vida é uma grande farsa.

E como se pode garantir esse interesse superior da criança?

Permitindo ou não permitindo a adopção?

Estes temas não podem ser tratados com a leviandade  pela "isenta" comunicação social portuguesa, sedenta e mentirosa, cheia de interesses e compadrios.

Se querem discutir o tema com seriedade então façam um sufrágio precedido por debates. Façam os tais "portugueses" saber a verdade sobre os factos, os prós e os contras, e por favor deixem-se de opinar pelos tais.

É preciso respeito

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segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Heróis de papelão

Onde andam os Portugueses?

Aqueles de nome grande que um dia resolveram descobrir o mundo com coragem e valentia? Onde anda espalhado o sangue desses heróis de outrora tão nobres e valentes? Destemidos! Onde andam os que abandonando as famílias se meteram em cascas de noz e resolveram zarpar para o desconhecido?

Mistério?

Às vezes ponho-me a matutar se tudo não passa de uma grande mentira. O embuste muito maior que o país que é diminuto em tudo. Que tudo aquilo que aprendemos na escola sobre este "grandioso" país não passou de uma invenção que se foi acumulando ao longo dos anos e que, sobretudo, serviu a uns e foi usado por outros. Uma coisa assim parecida com a actualidade mas sem aeroportos.

Porque afinal os heróis são de papelão?

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Foto


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Robin Hood espanhol?

Lê-se na internet que:

Membros do Sindicato Andaluz de Trabalhadores (SAT) esvaziam carrinhos cheios de material escolar e colocam os produtos em veículos parados no estacionamento. Os militantes de esquerda invadiram um supermercado de Sevilha, sul da Espanha, para roubar material escolar e distribuí-lo entre famílias necessitadas, em forma de fazer fase à crise económica no país.

Que hei-de dizer?

Força!

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IPad no Blog ou será vice-versa?

Acabei de descarregar uma nova APP para escrever no meu Blog com o iPad

As etiquetas não funcionam mas...

Eu acho que é normal.

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domingo, 1 de setembro de 2013

Crescendo

Existem pessoas que são peritas em usar as boas vontades dos outros. Aqueles que de uma maneira natural, ou menos natural, se aproveitam do próximo, misturando muitas vezes realidades que não são as suas e de maneira a que, incutindo um sentimento de boa vontade, os outros lhes resolvam a vida.

Para as situações sensíveis um amigo. Para as outros já veremos.

Por vezes é assim. E que havemos de fazer? Nem todos os valores sociais são entendidos da mesma forma por toda a gente. Felizmente que a vida continua e o caminho é em frente.

Costumo dizer que vamos sempre crescendo na vida mas que uns crescem mais do que outros. De certa maneira os ritmos são diferentes. Quem pode criticar?

As minhas ultimas palavras perante os factos serão de boa sorte.

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sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Suicídio

O número de suicídios na Ilha da Lenha tem vindo a aumentar.

Hoje lamentamos a morte de mais um jovem, apenas 24 anos, que se atirou da ponte dos Socorridos.

Lamentavel...

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Risco Extremo de UV

Mais uma vez a Ilha da Lenha está em "risco extremo de UV"...

Começo a me questionar a sério se esse "risco extremo" é coisa recente e moderna ou se antigamente já existia e nós, em rapazotes, nem sabíamos do mesmo.

Apanhávamos sol de manhã à noite na praia sem preocupações.

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Quem abre buracos?

É engraçado como se descrevem e distorcem questões político/económicas em Portugal.

Para o mais atento uma frase aqui uma outra ali e vão passando o embuste e a aldrabice que quase ninguém dá por nada. Com mais um chumbo pelo Tribunal Constitucional os nossos belos governantes, que deveriam em primeiro lugar defender o seu país e respectivos habitantes, apressam-se a apregoar as nefastas conseguências, mais uma vez, de tão vil decisão.

Desta vez foram os despedimentos na Função Pública que levantaram dúvidas a Cavaco.

E falam que essa travagem poderá abrir um buraco

"O chumbo do diploma da requalificação na Função Pública abre um buraco de 167 milhões de euros na despesa do Estado até 2014. Mas o impacto potencial desta decisão pode ascender aos 419 milhões de euros, já que este veto retira eficácia a outro instrumento de redução da factura salarial pública, as rescisões amigáveis, que entram em vigor já no próximo domingo." - Jornal Económico.

Quem abre os buracos neste país não é o Tribunal Constitucional mas sim um governo que não respeita as Leis do seu país e que está ao serviço dos algozes estrangeiros que dão as ordens.

Na verdade o governo procurava obter de uma maneira anti-constitucional esses milhões todos e não o contrário.

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quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Cores

Cores

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Mais uma morte

Lamentar mais uma morte nos incêndios não vai resolver absolutamente nada. A morte prematura e estúpida de uma bombeira de 21 anos, juntamente com mais uns feridos, é mais uma mancha negra neste pequeno país.

Ninguém pode ficar insensível a mais esta calamidade.

Está tudo errado!

Nem sei que diga mais...

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Há povo

Há povo que anda picado e de mal com a vida e depois dispara em todas as direcções, mesmo por vezes, desconhecendo do que fala..

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Ciclistas e Código de Estrada

Com as novas regras no Código de Estrada no que respeita aos ciclistas o ACP exige que as bikes tenham seguro, uma vez que andam na estrada como os outros veículos, nomeadamente os automóveis. Direitos iguais para deveres iguais?

Mas vejamos os outros países por essa Europa.

Num país onde a cultura da mobilidade é feita sobretudo pelo automóvel, ou melhor dizendo 'não se dá um passo sem levar o pópó atrás' será mais uma forma das seguradoras arrecadarem mais umas patacas pagas pelo contribuinte ciclista.

Em Paris por exemplo o comportamento dos ciclistas chega a ser abominável. Um mar de bikers que usam as bicicletas próprias ou de aluguer e não só usam as vias próprias para circular como vão para a estrada não respeitando sinais, passadeiras ou passeios. Vale tudo ciclístico.

Mas também existem aqueles que usam as bicicletas somente como meio de lazer nas ciclovias e nos parques. Esses também terão de pagar se nunca circulam nas estradas? Teriam as Câmaras Municipais de criar vias somente para ciclistas?

Conhecendo o país burocrático  temo que um dia destes criem mais uns tachos por aí nas Câmaras Municipais à custa do mobilidade dos ciclistas e que, como é hábito, o pessoal tenha de pagar...

Até seria fixe criar um ministério e respectivo ministro...

Enfim.

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quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Foto

 
Artist and dog arrive by Melbourne Express (taken for J.C. Williamson), 
10/12/1937 / byTed hood

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Guerra Junqueiro - Aprendam

Um povo imbecilizado e resignado, humilde e macambúzio, fatalista e sonâmbulo, burro de carga, besta de nora, aguentando pauladas, sacos de vergonhas, feixes de misérias, sem uma rebelião, um mostrar de dentes, a energia dum coice, pois que nem já com as orelhas é capaz de sacudir as moscas; um povo em catalepsia ambulante, não se lembrando nem donde vem, nem onde está, nem para onde vai; um povo, enfim, que eu adoro, porque sofre e é bom, e guarda ainda na noite da sua inconsciência como que um lampejo misterioso da alma nacional, reflexo de astro em silêncio escuro de lagoa morta. (...)

Uma burguesia, cívica e politicamente corrupta até à medula, não descriminando já o bem do mal, sem palavras, sem vergonha, sem carácter, havendo homens que, honrados na vida íntima, descambam na vida pública em pantomineiros e sevandijas, capazes de toda a veniaga e toda a infâmia, da mentira a falsificação, da violência ao roubo, donde provem que na política portuguesa sucedam, entre a indiferença geral, escândalos monstruosos, absolutamente inverosímeis no Limoeiro. Um poder legislativo, esfregão de cozinha do executivo; este criado de quarto do moderador; e este, finalmente, tornado absoluto pela abdicação unânime do País.

A justiça ao arbítrio da Política, torcendo-lhe a vara ao ponto de fazer dela saca-rolhas.

Dois partidos sem ideias, sem planos, sem convicções, incapazes, vivendo ambos do mesmo utilitarismo céptico e pervertido, análogos nas palavras, idênticos nos actos, iguais um ao outro como duas metades do mesmo zero, e não se malgando e fundindo, apesar disso, pela razão que alguém deu no parlamento, de não caberem todos duma vez na mesma sala de jantar.

Luvas de motard?!

Procurar luvas para motard na Ilha da Lenha torna-se impossível. 

Mais uma vez vou à Sport Zone à procura e, sem surpresas, só vejo os tamanhos S e M...

Será mesmo assim?

Não existem outros tamanhos ou o pessoal encolheu todo?

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Very bad choice RTP

Shame on you RTP.

A Manela, também conhecida pela 'maior bocarra de portugal' vai voltar aos ecrand da RTP1. Desta vez não como jornalista mas sim como entertainer. Na realidade sempre mostrou ter mais geito para as pesxeiradas do que para o jornalismo.

E volta para o concurso "Quem quer ser milionário" a partir de Setembro.

Nem deveria ter colocado este post uma vez que simplesmento abomino a criatura em causa, que um dia pensou ser jornalista, e não pretendo ver o concurso.

Com tanta cara bonita que por aí existe, com tanto talento e não só, porque diabo foram escolher este fossil?

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Portugal e Facebook

A SIC continua a me surpreender pela negativa,

Lê-se numa recente notícia que "Portugal" pediu informações ao "Facebook" sobre 213 utilizadores. Querem um comentário? Então lá vai: mais uma mentira para desencorajar os descontentes que ainda têm a coragem de utilizar as redes socias.

Com esta tentativa de "estamos sendo vigiados" cria-se a cultura do medo e da desconfiança. Divide-se para reinar, claro.

Como se o "Facebook" fosse uma qualquer agência de espionagem e devesse a "Portugal" qualquer tipo de informação secreta dos seus utilizadores.

Mera tentativa de manipulação. O tiro passou ao lado, muito ao lado.

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7 em 10 vão para o galheiro

Pode-se ler por aí que de cada 10 aéreos descontados pelos portugueses em nome da crise 7 aéreos vão para as troikadas e os restantes 3 para o desconto efectivo da dívida.

A ser verdade é mais um belo contrato que alguns assinaram de cruz.

E agora? Temos de pagar?

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