segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Fim de semana

Depois dum fim de semana recheado com uns canecos o mundo até parece mais cor-de-rosa.

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Cogumelos

E já agora falando de drogas temos uma novidade na Ilha da Lenha: os famosos cogumelos psicotrópicos. Não são considerados drogas mas sim produtos naturais mas que ingeridos provocam alucinações.

Comercializados através das smarshops - existem já 3 a vender o produto - já se regista até uma tentativa (infrutífera) para mudar a lei. Se fosse um imposto à muito que o problema estaria resolvido mas neste momento os cogumelos ganham distanciados e por este andar o campeonato será deles.

Entretanto fica a nossa juventude a consumir essas porcarias…

Na boa.

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Sem norte

Coitada da rapariga - que é assim uma espécie de pipa midleton versão lusitana. Desde nova sempre metida em sarilhos mas que agora culminou a sua curta carreira com a detenção pela polícia de fronteira espanhola ao tentar passar com droga que trazia de Marrocos.

Coitados das famílias das centenas de anónimos que sofrem no anonimato com a destruição provocada pelas drogas e que nunca serão lembrados porque não têm norte no nome. Isto tudo depende da forma como colocamos a notícia para o povão se deliciar - uns são criminosos mas outros são vítimas.

Enfim os eleitos pela comunicação social ganham pontos e já temos mais um drama...

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As mentiras de sempre

Diz-se por aí que neste ano de 2012, ou no que resta dele, o desemprego ainda vai crescer prevendo-se percentagens da ordem dos 14% - irreais porque devemos sempre acrescentar pelo menos mais 2%. Este flagelo continua a ser a única coisa que cresce em Portugal a par das mentiras que nos pregam diariamente misturadas com notícias de merda de modo a que passem despercebidas.

Também dizem que em 2013 a nossa economia começará a crescer. Não estou bem a ver como é que sem trabalho e consequentemente sem empresas isto poderá ser verdade.

Deixo aqui a minha sugestão: um governo sem políticos destes seria uma mais valia.

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Cadeado

Cadeado

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A cereja

A cereja no topo do bolo foi afirmar que se a lei laboral causa desemprego a lei deverá ser alterada… mais um momento zen do nosso primeiro.

Mas alguma vez houve tanto desemprego como agora? E é a lei a culpada?

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Protestos everywhere

Continua a assistir-se diariamente a um aumentar do protesto entra o povão e isso é perigoso para a escumalha que nos rege. Foram os pequenos duma escola, uma em tantas infelizmente, a que falta quase tudo para ser uma escola a sério, que protestaram contra o sorumbático.

Depois foi o nosso primeiro vaiado também numa visita… e ainda está com sorte pois a coisa só está a aquecer.

Quando a fome apertar vão ver o que é bom para a tosse.

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Cada vez mais Iraque

Estamos cada vez mais perto do Iraque. Temos a nossa ministra da propaganda que embora mordida nos calcanhares pelo bicho da crise continua impávida e serena a afirmar que tudo está muito bem e que "felizmente" temos os hotéis a 60%…

Ontem afirmava contra todos aqueles que só dizem mal e querem destruir tão maravilhosa (sua) obra que o Carnaval, apesar de tudo, continua na rua - esqueceu de mencionar que esse facto nem se deve a ela...

A senhora em causa deveria visitar alguns dos hotéis para lhe relembrar a triste realidade da nossa praça turística.

A título de nota final continuo a achar que o antigo secretário do turismo foi o melhor que passou por lá, mas isso é só a minha modesta e inútil opinião.

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Manipulação mediática


Chomsky e as 10 Estratégias de Manipulação Mediática:

1- A ESTRATÉGIA DA DISTRAÇÃO. O elemento primordial do controle social é a estratégia da distração que consiste em desviar a atenção do público dos problemas importantes e das mudanças decididas pelas elites políticas e econômicas, mediante a técnica do dilúvio ou inundações de contínuas distrações e de informações insignificantes. A estratégia da distração é igualmente indispensável para impedir ao público de interessar-se pelos conhecimentos essenciais, na área da ciência, da economia, da psicologia, da neurobiologia e da cibernética. “Manter a atenção do público distraída, longe dos verdadeiros problemas sociais, cativada por temas sem importância real. Manter o público ocupado, ocupado, ocupado, sem nenhum tempo para pensar; de volta à granja como os outros animais (citação do texto 'Armas silenciosas para guerras tranqüilas')”. 

2- CRIAR PROBLEMAS, DEPOIS OFERECER SOLUÇÕES. Este método também é chamado “problema-reação-solução”. Cria-se um problema, uma “situação” prevista para causar certa reação no público, a fim de que este seja o mandante das medidas que se deseja fazer aceitar. Por exemplo: deixar que se desenvolva ou se intensifique a violência urbana, ou organizar atentados sangrentos, a fim de que o público seja o mandante de leis de segurança e políticas em prejuízo da liberdade. Ou também: criar uma crise econômica para fazer aceitar como um mal necessário o retrocesso dos direitos sociais e o desmantelamento dos serviços públicos. 

3- A ESTRATÉGIA DA GRADAÇÃO. Para fazer com que se aceite uma medida inaceitável, basta aplicá-la gradativamente, a conta-gotas, por anos consecutivos. É dessa maneira que condições socioeconômicas radicalmente novas (neoliberalismo) foram impostas durante as décadas de 1980 e 1990: Estado mínimo, privatizações, precariedade, flexibilidade, desemprego em massa, salários que já não asseguram ingressos decentes, tantas mudanças que haveriam provocado uma revolução se tivessem sido aplicadas de uma só vez. 

4- A ESTRATÉGIA DO DEFERIDO. Outra maneira de se fazer aceitar uma decisão impopular é a de apresentá-la como sendo “dolorosa e necessária”, obtendo a aceitação pública, no momento, para uma aplicação futura. É mais fácil aceitar um sacrifício futuro do que um sacrifício imediato. Primeiro, porque o esforço não é empregado imediatamente. Em seguida, porque o público, a massa, tem sempre a tendência a esperar ingenuamente que “tudo irá melhorar amanhã” e que o sacrifício exigido poderá ser evitado. Isto dá mais tempo ao público para acostumar-se com a idéia de mudança e de aceitá-la com resignação quando chegue o momento. 

5- DIRIGIR-SE AO PÚBLICO COMO CRIANÇAS DE BAIXA IDADE. A maioria da publicidade dirigida ao grande público utiliza discurso, argumentos, personagens e entonação particularmente infantis, muitas vezes próximos à debilidade, como se o espectador fosse um menino de baixa idade ou um deficiente mental. Quanto mais se intente buscar enganar ao espectador, mais se tende a adotar um tom infantilizante. Por quê? “Se você se dirige a uma pessoa como se ela tivesse a idade de 12 anos ou menos, então, em razão da sugestão, ela tenderá, com certa probabilidade, a uma resposta ou reação também desprovida de um sentido crítico como a de uma pessoa de 12 anos ou menos de idade (ver “Armas silenciosas para guerras tranqüilas”)”. 

6- UTILIZAR O ASPECTO EMOCIONAL MUITO MAIS DO QUE A REFLEXÃO. Fazer uso do aspecto emocional é uma técnica clássica para causar um curto circuito na análise racional, e por fim ao sentido critico dos indivíduos. Além do mais, a utilização do registro emocional permite abrir a porta de acesso ao inconsciente para implantar ou enxertar idéias, desejos, medos e temores, compulsões, ou induzir comportamentos… 

7- MANTER O PÚBLICO NA IGNORÂNCIA E NA MEDIOCRIDADE. Fazer com que o público seja incapaz de compreender as tecnologias e os métodos utilizados para seu controle e sua escravidão. “A qualidade da educação dada às classes sociais inferiores deve ser a mais pobre e medíocre possível, de forma que a distância da ignorância que paira entre as classes inferiores às classes sociais superiores seja e permaneça impossível para o alcance das classes inferiores (ver ‘Armas silenciosas para guerras tranqüilas’)”. 

8- ESTIMULAR O PÚBLICO A SER COMPLACENTE NA MEDIOCRIDADE. Promover ao público a achar que é moda o fato de ser estúpido, vulgar e inculto… 

9- REFORÇAR A REVOLTA PELA AUTOCULPABILIDADE. Fazer o indivíduo acreditar que é somente ele o culpado pela sua própria desgraça, por causa da insuficiência de sua inteligência, de suas capacidades, ou de seus esforços. Assim, ao invés de rebelar-se contra o sistema econômico, o individuo se auto-desvalida e culpa-se, o que gera um estado depressivo do qual um dos seus efeitos é a inibição da sua ação. E, sem ação, não há revolução! 

10- CONHECER MELHOR OS INDIVÍDUOS DO QUE ELES MESMOS SE CONHECEM. No transcorrer dos últimos 50 anos, os avanços acelerados da ciência têm gerado crescente brecha entre os conhecimentos do público e aquelas possuídas e utilizadas pelas elites dominantes. Graças à biologia, à neurobiologia e à psicologia aplicada, o “sistema” tem desfrutado de um conhecimento avançado do ser humano, tanto de forma física como psicologicamente. O sistema tem conseguido conhecer melhor o indivíduo comum do que ele mesmo conhece a si mesmo. Isto significa que, na maioria dos casos, o sistema exerce um controle maior e um grande poder sobre os indivíduos do que os indivíduos a si mesmos.

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