quinta-feira, 30 de abril de 2009

Brasileiro é fogo mesmo

A Gripe do Donald descrita por um brasileiro em Português após o Acordo Ortográfico:

Realmente, estou até com dó do virus da "gripe normal". Imagina o sujeito que está com uma mera gripe dessas rotineiras. Deve estar desesperado numa altura dessas:


"Manhê, tô gripado..."

"Interna! hospital! máscara! isola! quarentena! entope de remedio! vira estatistica! todo mundo sai correndo!"

Complicado...

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Comunicado

Comunicado da Ministra da Saúde a propósito da Gripe Suina, datado de 27 de Abril de 2009 e publicado no Portal do Governo:

"Portugal, à semelhança de outros países da União Europeia, activou todos os dispositivos previstos para situações deste tipo, de acordo com recomendações da Organização Mundial da Saúde e da União Europeia.

Até ao momento, não há registo de qualquer caso suspeito em Portugal.

Enquanto Ministra da Saúde, garanto a todos os Portugueses que não há motivo para alarme. Os serviços do Ministério da Saúde estão em contacto permanente com as autoridades europeias e internacionais no sentido de serem tomadas medidas concertadas.

Estamos atentos e asseguramos que continuaremos a prestar todos os esclarecimentos considerados oportunos, à medida que surgirem novas informações.

Foram dadas orientações aos serviços de Sanidade Internacional para, em colaboração com a ANA, aconselharem os passageiros provenientes das áreas afectadas, nomeadamente da Cidade do México, dos procedimentos a adoptar. Foram igualmente dadas instruções à Linha de Saúde 24 para esclarecer as dúvidas dos cidadãos. É para a linha que deve ser feito o primeiro contacto, através do número 808 24 24 24.

Portugal dispõe dos meios terapêuticos para, em caso de necessidade, serem fornecidos gratuitamente aos cidadãos, no quadro de uma reserva estratégica de medicamentos organizada para o efeito.

Quero reforçar que, neste momento, não estamos perante um fenómeno inesperado.

Como tal, peço tranquilidade e confiança aos Portugueses."

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Alteração estratégica?

A comunicação social esqueceu momentaneamente a palavra Crise.

A(s) palavra(s) de ordem agora é (são) Gripe Suína!

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Aplauso para eles

Após 5 anos de debates e negociações a União Europeia resolveu enterrar a directiva que permitia alargar o horário das 48 horas para 65 horas semanais de trabalho.

Foi a primeira vez em 10 anos que o Parlamento e o Conselho Europeu não chegaram a um consenso.

Ainda bem!

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a Gripe do Donald

A Comissão Europeia solicitou que o nome de Gripe Suína seja alterado para Gripe Nova. Isto porque os derivados de porco têm sido evitados pelos consumidores europeus com consequências previsíveis para o sector.

Já os muçulmanos que, como se sabe, não são minimamente apreciadores da carne deste animal, decidiram alterar o nome para Gripe Mexicana.

Eu proponho que se chame Gripe do Donald - não do pato mas do Donald Rumsfeld que é o maior accionista do laboratório que fabrica o Tamiflu e que de pato parece não ter nada. Esta cura milagrosa e patenteada é supostamente a única forma de combater a gripe em causa...

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Azul sobre branco


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Votar em consciência?

A consciência do dever cívico carrega o pressuposto de que os votantes têm o direito a serem devidamente informados sobre os programas e os candidatos a eleições. Votar em consciência é uma responsabilidade para quem vota e para quem quer ser eleito. Os cidadãos têm o direito à informação sobre qual o papel a desempenhar por cada um estes indivíduos que só vemos na TV de vez em quando.

A dúvida que persiste, sempre por falta de esclarecimento, é sempre a mesma: quais as mais valias que essa gente traz para o dia-a-dia do cidadão comum?


Confesso que não entendo o alcance destas eleições para o Parlamento Europeu. Ainda nem entendi as diferenças entre os principais candidatos – eu e mais uns bons milhares de portugueses a quem estas eleições passarão ao lado.


Diz-me a experiencia que todos os candidatos têm um discurso cá dentro e outro lá fora. Em jeito de conclusão, eu e muitos outros portugueses não teremos o direito de, em consciência, decidir em quem votaremos nestas eleições.


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a Bocarra

A lama e a ignorância em que caiu algum jornalismo português, contrastam com o virtuosismo pretensioso daqueles 40 minutos em que a bocarra vai conduzindo os portugueses com as suas vontades (como se alguma vez tivesse sido eleita como representante de algo), através das suas brilhantes conclusões sarcásticas.

Meia hora a falar de “alegados”, “testemunhos” e “indícios” para atestar faltas e incompetências de meio-mundo para chegarmos ao fim com a noção que afinal tivemos a prestar atenção a mais do mesmo.


O enquadramento realístico dos factos é o termo de referência a um pais idílico e não um pais real com 30 anos de democracia – que surge sempre podre.

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segunda-feira, 27 de abril de 2009

Medo do Criador?

Foram as vacas e depois as aves. Agora são os porcos. Aquela estação de TV conhecida por lançar histerias semanalmente (que todos vamos morrer um dia), já arreganhou os dentes de contente. Enfim, poderá largar um pouco o Freeport e o governo, para se dedicar realmente a mais uma "causa nacional".

O Tamiflu, único medicamento que supostamente deverá ajudar em caso de pandemia, tem a sua patente exclusiva no EUA e desde a famosa gripe das aves que não era falado. Excusado será dizer que o laboratório teria lucros fabulosos.

Espanta-me no entanto a reacção de algumas irmães de caridade numa igreja lá no México - foto do SOL online - usando máscaras para protecção. Fiquei deveras pensativo. Será que estão com medo de enfrentar o "Criador"?

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quarta-feira, 22 de abril de 2009

a Bocarra

Pode-se ler no DN online que a bocarra-escancarada-e-maior-de-Portugal vai processar o Inginheiro em virtude do mesmo ter dito sobre os telejornais de sexta-feira:

"Aquilo não é um telejornal, é uma caça ao homem", é "um telejornal travestido", feito de "ódio e de perseguição", disse, queixando-se ainda da ausência de críticas entre os jornalistas ao tipo de jornalismo praticado por Manuela Moura Guedes."

"Vou processá-lo" - disse a bocarra-escancarada-maior-de-Portugal.

A bocarra, que é a cobra mais venenosa que a pior comunicação social tem, pensa que pelo facto de ter acesso a um canal de televisão pode destilar o seu veneno e as suas frustrações sobre tudo o que não lhe agrada. Juntamente com as suas supostas notícias, sempre bombásticas e do tipo - vamos todos morrer amanhã, dá ainda as suas opiniões maquiavélicas com um ar muito importante.

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Qimonda

... Agora temos um investidor russo interessado na Qimonda.

Como diria Moita Carrasco: "Que mais me há-de acontecer!!!...."

A meio de tantos possíveis, imaginários, e hipotéticos investidores vai haver um concreto?

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Bicicletas?

Ontem o Inginheiro disse na RTP:

'Cada um tem que pedalar a sua própria bicicleta'

Concordo plenamente...

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sexta-feira, 17 de abril de 2009

Mais um


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O Estado da ponte 1

Segundo alguma comunicação social parece que afinal o montante a pagar pelos familires das vítimas da ponte é de 57 mil euros.

Tudo perfeitamente normal - 550 mil ou 57 mil, tudo a mesma coisa.

Amanhã quanto é que vai ser?

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quinta-feira, 16 de abril de 2009

O Estado da ponte

A notícia de que os familiares das vítimas da tragédia de Entre-os-Rios terão de desembolsar 550 mil euros para pagar as custas do tribunal também está muito boa. Sim senhor. Os 6 arguidos do caso foram considerados inocentes e os tristes dos familiares além de perderem os seus entes queridos ainda vão ter de arcar com uns aéreozitos.

Resumindo a coisa assim ao estilo de telenovela, um gajo vai a passear com a família e ao atravessar uma ponte, pumba... cai a ponte, o pópó e morrem todos dentro da lata de sardinhas com rodas. As famílias ficam em choque, pois não só uma mas várias latas de sardinhas caíram. Televisao 24 horas por dia no local a filmar durante dias a fio. Mergulham, não mergulham, correntes fortes, barcaças, riscos de morte, enfim - um circo. Governo, ministros, partidos, gajos do sim e do não e do talvez todos a comentar. Tragédia. O país de luto, toda a gente de luto. Revolta, incúria, irresponsabilidades, discursos e lágrimas. Ministro demitido. A família recorre ao tribunal porque afinal devem haver responsáveis pelo desabamento da ponte pois havia sido inspeccionada semanas antes. Tv's numa loucura a descobrir todas as pontes que podem ou não cair por tudo o que é rio, riacho e ribeira - horas e mais horas, debates, telefonemas, fóruns, escritos e ouvidos, técnicos cientistas, futurologistas e oportunistas aos montes... e depois de tudo isso os arguidos estão inocentes, não existem culpados na terra, e restam os 550 mil aéreos para pagar de custas de um processo que não condenou ninguém excepto os que morreram pois nunca deveriam ter atravessado aquela ponte naquela hora...

Linda justiça esta a portuguesa, não é?

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Avião a jacto

Ronaldo foi o carrasco das aspirações portistas. Com uma bomba de quase meio campo cilindrou o guarda redes Elton. Para muitos portugueses de todas as "cores" lá se foram, mais uma vez, as esperanças de ver uma equipa tuga entre as melhores. No entanto não posso deixar de mencionar que para os que passaram a tarde de ontem a zurzir o craque que "não tem maturidade para usar a braçadeira de capitão na selecção", "estoira ferraris" e a maior de todas "que até aparecer um seleccionador corajoso que ponha o Ronaldo no banco o jogo todo, a selecção não vai ganhar nada", foi muito bem feito: o Craque não ganhou aqueles prémios todos a jogar bisca de 9 mas sim a jogar à bola...

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quarta-feira, 15 de abril de 2009

O Grade 1

O profeta que veio salvar o mundo já recebeu o grade e manifesta o seu contentamento ao saltitar contente, de fato e gravata, pelos corredores da sua House ou da White House.

O tal magano do Allgarve que procurava uma placa na parede de casa dizendo que tinha oferecido o grade ficou calado e não se manifestou.

O nome do grade é Bo porque estamos na era do Desejado. Se fosse no tempo do Clinton o grade seria Bobó.

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Cadeado

O cadeado que fecha o céu.

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A posição

O Senhor dos Anéis estranhamente não abriu a bocarra para falar do Estatuto dos Açores. Perguntou aos jornalistas, com aquela voz de Moisés no cimo do monte:

"em que posição é que queremos que o país esteja quando acabar a crise internacional?"

Baseado em experiências anteriores muito recentes eu respondo:

- De cócoras!

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Máximas

"Ir a Roma e não ver o papa"

é assim como

"Ir a Cuba e não ver a campa do Fidel"

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terça-feira, 14 de abril de 2009

O grade

Surgiu recentemente com a histeria Obama a notícia de que o dito cujo queria um Cão de Água Português. Reza ainda a mesma que a causa principal para adquirir o canídeo em causa é o facto do mesmo não causar alergia a uma das sua miudas.

Em Portugal, como não poderia deixar de ser, apareceu logo um magano, lá para os lados do Allgarve, que se ofereceu logo para doar um grade (*), novinho em folha, zero km com garantia e tudo. O mais engraçado disto tudo é que nos States existem nem sei quantos clubes desta raça pelo que tornará quase impossível a tarefa do magano entregar o bicho com éxito.

Sobretudo engraçado um dos textos que encontrei ao pesquisar o grade na net:

"About the size of Indiana, Portugal has an amazing cultural past. Out of these lands of the Tejo, Douro, Mondego and Guadiana Rivers have come extraordinary writers, poets, musicians, builders, painters and sculptors. The enormity and extent of Portugal's cultural heritage are underscored by UNESCO having declared thirteen locations in Portugal as World Heritage Sites. These include many sites mentioned in this guide, as well as the historic centers of Porto, the towns of Évora and Guimarães, and the central zone of the town of Angra do Heroísmo in the Azores."

Na verdade, é mesmo, amazing...

(*) termo que designa cão na Ilha da Lenha.

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A Dª. Rosete

Protagonizada pela humorista Maria Rueff as crónicas da Dª. Rosete dá todos os dias na TSF aí pela hora de almoço. A Maria é divertida, simpática, boa atriz e com provas dadas à muitos anos. O que me desagrada no dito programa radiofónico é que tenta sem resultado fazer humor com situações políticas, utilizando esta personagem de ficção com voz tonta e irritante, que tem como profissão a portaria dum prédio qualquer em Lisboa.

Os comentadores políticos estão na moda tanto na rádio como na TV. Se queriam fazer mais um programa para comentar as acções políticas dos partidos ou dos políticos então, com frontalidade, pusessem a Maria ou outra qualquer pessoa a dar a sua opinião, com a sua própria voz. Aí, com mais ou menos humor, com inteligência ou não, a crítica teria um valor que desta maneira não tem.

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Porta


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Doping

A transfusão sanguínea é a técnica mais utilizada no desporto para aumentar o volume de oxigénio no sangue e, consequentemente, melhorar o desempenho durante uma competição.

As recolhas de sangue registam-se durante as épocas de treino, principalmente quando os atletas não atravessam uma fase de preparação intensa com vista à participação em breve numa prova. É extraído entre 20 e 30 por cento do volume total do sangue do atleta durante esses períodos.



Para aumentar o número de glóbulos vermelhos no sangue, esse treinos são realizados em altitude – o ar rarefeito do topo das montanhas obriga a medula óssea a produzir mais glóbulos, para tornar mais eficaz o transporte de nutrientes para as células – ou com o consumo de eritropoietina (EPO) – hormona produzida pelo rim que estimula a produção de eritrócitos e por isso foi copiada sinteticamente pelos cientistas para combater os efeitos da leucemia.



Segundo Jesús Manzano, ex-ciclista da Kelme que confessou ao diário desportivo espanhol “As” as técnicas de doping nesta modalidade, é recolhido um litro de sangue a cada atleta durante os alegados treinos em altitude, na realidade complementados com EPO; meio-litro é administrado aos ciclistas antes de cada prova importante, como a Volta à França, e a outra metade permanece em conservação para ser utilizada a meio dessa competição, quando o cansaço é mais visível.



A Agência Mundial Antidoping proíbe a administração de sangue ou substitutos sanguíneos, assim como de medicamentos que “têm a capacidade de aumentar a captação, transporte e libertação de oxigénio”, entre os quais a EPO e o RSR-13, substância que aumenta a capacidade bioquímica de o sangue libertar o oxigénio nos tecidos", processo diferente da eritropoietina, que melhora o transporte. Estão ainda proibidos os medicamentos capazes de manipular o plasma sanguíneo, responsável pelo transporte de três por cento do oxigénio consumido pelas células.

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Silêncios

O rodopio de descontentamento da nossa comunicação social aperta cada vez mais a Manela que ainda não apresentou o candidato europeu que não existe.

O PSD cada vez mais com a selecção: temos craques mas não temos golos...

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Inflação versus Deflação

A próxima catástrofe aproxima-se rapidamente: a Deflação. Como sei? É simples. Tudo o que é "autoridade no assunto" diz que a mesma que não nos atingirá.

Pegando em exemplos anteriores traduz-se numa certeza: Já nos atingiu!


Mas o que é afinal a Deflação?

É um acontecimento económico que se traduz num abaixamento de preços com origem na diminuição de quantidade de dinheiro circulante, o que consequentemente, se traduz numa redução do ritmo das actividades económicas. Quando se verifica poderemos ter problemas tão ou mais graves do que a inflação. Uma vez que todo o ritmo da actividade comercial abranda, a deflação, pode induzir acções muito negativas na economia nacional.

E é isto mais coisa menos coisa. Como não temos economia nacional as "acções muito negativas" nem se vão fazer sentir pelo que fica logo o problema resolvido.

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Qimonda

O problema deixou de existir e aparecem as soluções bem à maneira portuguesa. As medidas, que se podem ler na imprensa tuga de hoje, dizem que a empresa procura mais uma solução para o seu futuro :

1ª medida - 800 trabalhadores suspensos.

2ª medida - "na sequência da declaração de insolvência da Qimonda AG, na Alemanha, tornou-se inevitável que a Qimonda Portugal se apresente à insolvência..."

Fomos todos apanhados de surpresa...

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As cores da porta


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sexta-feira, 3 de abril de 2009

O roubo da Humanidade

Todo o sistema em que alicerçamos os nossos projetos de vida está hoje posto em causa por razões que são conhecidas e que, no essencial, assentam em processos fraudulentos sem que os estados tenham a coragem de os enfrentar como tal e, ao invés, tudo preparam para que seja a Humanidade (que é o conjunto de gente séria e trabalhadora, que produz riqueza) a pagar as vigarices que estão na raiz da crise.

Um desgraçado que roube uma carteira em qualquer estação de metro da Europa ou dos Estados Unidos é preso.

Os responsáveis pela apropriação ilegal de biliões de dólares que pertenciam aos que, de boa fé, acreditavam no respeito pelas leis e na supervisão, estão à partida absolvidos por uma cambada de dirigentes corruptos, que têm como único desígnio enganar-nos e ludibriar a Humanidade, para encobrir os ladrões.

A intervenção que essa canalha faz ao nível do sistema global – contra todas as regras que andaram a apregoar durante dezenas de anos – pode conduzir-nos a nós às futuras gerações a uma situação de miséria, enquanto os que se locupletaram às custa da boa fé dos demais guardarão para si o produto da apropriação indevida.

O que todos tentam hoje – começando por Obama Brown na cimeira do G-20 – é mudar as regras a meio do jogo, branqueando as vigarices que durante os últimos anos nos conduziram a esta situação.

Os auditores que encobriram as situações que permitiram o logro, continua a ser os auditores mais respeitados, quando, pura e simplesmente, deveriam ser irradiados do sistema.

A lógica é «quem roubou roubou… vamos pensar no futuro» deixando os ladrões com o que roubaram.

Só que o produto do roubo é tão grande, que ficarão desgraçadas, arruinadas, infelizes, centenas de milhar de famílias. E continuam a mentir-nos, a enganar-nos todos os dias, a usar-nos todos os dias. Quando, graças à evolução tecnológica é possível apurar tudo e responsabilizar quem tem que ser responsabilizado, garantindo previamente que o produto dos roubos pode ser preservado.

A questão da supervisão e a questão dos offshores são importantes.Mas muito mais importante do que regular o futuro é encontrar e preservar o que foi indevidamente apropriado no passado recente.

A solução da crise passa por aí. Por obrigar os que enriqueceram indevidamente a devolver o que roubaram. Também nessa matéria é válido o princípio de Lavoisier, que diz, para quem não se lembra que «na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma».

O sistema faliu. E a maioria destes senhores que ouvimos diariamente nas televisões estão a enganar-nos, encobrindo factos, a beneficio de uma estratégia de proteção dos ladrões.

O que está a ocorrer – com a omissão de perseguição dos responsáveis pela crise – é um crime contra a Humanidade, muito mais grave que qualquer dos massacres dos últimos vinte anos.

Mais grave do que o passado é que se continue a enganar as pessoas de boa fé, influenciando-as a jogar no mesmo casino.

Lastimável é que nesta Europa podre e sem lideres, vergada à liderança afirmada por Obama, só a França, encostada no Brasil, e a Alemanha, mais pragmática mas mais discreta, tomem posição perante a palhaçada da reunião de Londres.

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quinta-feira, 2 de abril de 2009

A escala

Quando se faz exercício físico é importante monitorizar o impacto do mesmo no seu organismo e principalmente ter a noção de que está trabalhando na intensidade correcta por forma a alcançar o seu objectivo. Para isso não deverá trabalhar a níveis de intensidade demasiado altos ou baixos. Existe uma escala chamada Escala de Borg, graduada de 0 a 20, contendo todos esses passos, mas vamos esquecer esse pormenor científico e partir para uma coisa caseira e muito mais simples - ver a escala em baixo...

Normalmente queremos que os exercícios se situem no nível 5-6. Se vamos para um treino com intervalos vamos querer que as recuperações se façam no nível 4-5 e a alta intensidade seja no nível 8-9. Como poderá verificar não será lá muito conveniente trabalhar no nível 10. Para treinos muito longos, intensidades baixas, o nível 5 será o mais indicado.

Nível 1 - Estou a ver TV e a comer bombons
Nível 2 - Sinto-me confortável e conseguiria manter este ritmo o dia inteiro
Nível 3 - Ainda me sinto confortável mas estou a respirar um pouco mais pesado
Nível 4 - Estou a suar um pouco mas consigo continuar fácil. Também consigo conversar bem
Nível 5 - Estou prestes a perder a sensação de conforto. Estou suando mais mas ainda posso conversar
Nível 6 - Ainda consigo conversar mas estou quase sem fôlego
Nível 7 - Ainda poderia conversar mas não me apetece e estou suando muito
Nível 8 - Posso grunhir uma resposta às perguntas mas não vou conseguir manter este ritmo muito tempo
Nível 9 - Provavelmente vou morrer
Nível 10 - Estou morto.

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Intervalos

O treino com intervalos foi a base de inúmeras rotinas durante anos. A primeira forma deste tipo de treino foi chamado de "fartlek" e envolvia a alternância entre pequenos exercícios explosivos de alta intensidade com outros de muito baixa intensidade.

Actualmente este tipo de treino consiste em métodos muito sofisticados de treino estruturado para o aumento rápido da performance atlética. Psicólogos e treinadores desenham estes programas exactamente para cada atleta e consoante as características do mesmo. As sessões incluem intervalos rigorosamente calculados consoante o desporto, e podem ser mesmo especiais para um só evento variando consoante a condição física do atleta. A intensidade, duração e intervalos são normalmente determinados pelos resultados do AT (Anaerobic Threshold) , o que inclui a medição exacta dos níveis de ácido lácteo durante treinos de alta intensidade.

O treino de intervalos trabalha o sistema aeróbico e anaeróbico. Durante a alta intensidade o a sistema anaeróbico usa a energia acumulada nos músculos (glicogénio) e o metabolismo nestes níveis trabalha quase sem oxigénio. O ácido lácteo forma-se nos músculos e o atleta entra em débito de oxigénio. Durante a fase de recuperação o coração e os pulmões trabalham em conjunto de maneira a compensar a falta de oxigénio e a "quebrar" o ácido lácteo acumulado. Nesta fase o sistema aeróbico toma o controle e usa o oxigénio para converter as reservas de carbohidratos em energia - esta é uma forma muito simplista de explicar as diferenças.

Esta forma de treino repetitiva tem como consequência a adaptação. O corpo começa a construir novos capilares e reforça-se a capacidade de fornecer mais oxigénio aos músculos que estão a trabalhar. Estes desenvolvem também maior tolerância ao ácido lácteo e os músculos do coração tornam-se mais fortes. Todas estas alterações vão resultar numa melhoria da condição física, performance e principalmente a nível do sistema cardiovascular.

O treino com intervalos também ajuda na prevenção de lesões normalmente associadas aos exercício repetitivos de resistência e permitindo aumentar a intensidade do treino sem problemas de excesso de treino (overtraining).

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Queimar mais calorias em menor tempo

Segundo estudos realizados no American College of Sports Medicine os treinos curtos mas de alta intensidade queimam mais calorias do que aqueles em longas sessões e de baixa intensidade. Segundo os mesmos estudos uma pessoa com 79 Kg de peso que corre 13 Km em 20 min queima 320 calorias. A mesma pessoa se caminhar à velocidade de 5 Km por hora queimará somente 235 calorias.

As minhas contas são diferentes destas e dizem que se perde sempre a razão de 10 calorias por cada Km percorrido a pé ou a correr, mas, vamos ao resto do tal estudo...

Embora exercícios curtos e de alta intensidade queimem mais calorias nem sempre serão a melhor hipótese. Não são recomendados para o iniciante porque facilmente poderá contrair lesões em virtude de não estar habituado a este nível de esforço físico. Mesmo atletas com grande capacidade física têm de ter treinos longos e de baixa intensidade para ganharem resistência e recuperarem do esforço. No entanto se um indivíduo já treina regularmente e tem progredido em termos de intensidade poderá e deverá experimentar este tipo de treino. Pelo contrário, se está a começar agora, será sempre melhor iniciar com um programa de menores intensidades e que assegure uma progressão física sustentada.

O tipo de exercício escolhido dependerá sempre do seu objectivo. Se estiver treinando para fazer longos passeios pela montanha planeie treinos longos e de baixa intensidade para ganhar resistência. Se quiser perder aqueles quilos a mais que ganhou durante as férias então experimente um treino de alta intensidade.

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Segurança primeiro

Security first!
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Qimonda

Armando Rocha Gonçalves, o administrador de insolvência da Qimonda Portugal ontem nomeado pelo Tribunal do Comércio de Gaia disse:

"A falência da 'casa-mãe' dificulta muito a sobrevivência da fábrica de Vila do Conde, pois esta tem aquela como única cliente. Neste momento, a Qimonda Portugal está sem negócio e aguarda com grande ansiedade que se encontre uma solução para a 'casa-mãe'."

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quarta-feira, 1 de abril de 2009

Guerra Junqueiro falou e disse

"Um povo imbecilizado, humilde e macambúzio, fatalista e sonâmbulo, burro de carga, besta de nora, aguentando pauladas, sacos de vergonhas, feixes de misérias, sem uma rebelião, um mostrar de dentes, a energia de um coice, pois que já nem com as orelhas é capaz de sacudir as moscas"

Guerra Junqueiro 1886

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Vá lá alguém entender esta gente...

Óbidos, Leiria, 23 Mar (Lusa) - O seleccionador português de futebol, Carlos Queiroz, disse hoje que acredita que 2009 será o ano da "equipa das quinas", elogiando os "sinais evidentes do entusiasmo e da confiança" dos jogadores.

"Há uma atmosfera especial no rosto, nos sinais corporais de cada jogador. Estamos confiantes de que este vai ser o nosso ano e que, até final, vai ser uma caminhada especial. Vamos ganhar os jogos, marcar golos", referiu em Óbidos, onde a selecção portuguesa está concentrada.

Carlos Queiroz considerou ainda que a equipa vai ter de jogar "à portuguesa" para complicar a tarefa da Suécia, sábado, no Estádio do Dragão, no Porto em encontro do Grupo 1 de apuramento para o Mundial2010.

"Temos de fazer o nosso futebol. Temos de jogar à portuguesa, com um futebol atraente, moderno, com movimento, velocidade, fantasia, criatividade. Se pusermos essa maneira de estar dentro de campo, de certeza que ficam alguns argumentos difíceis de contrariar pela Suécia", afirmou.

Be careful with what you wish for...

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Focus, focus, focus

Dizem as estatísticas que a maior parte dos indivíduos que começam a frequentar ginásios desistem após 6 meses pelas seguintes duas razões:

- Falta de tempo
- Falta de resultados visíveis

A maior parte sente-se frustrada e desiste antes de ver quaisquer resultados. Isto não é nenhuma surpresa se analisarmos os erros comuns a muitos programas de treino. As razões mais comuns para que os seus esforços não resultem podem explicar-se por MUITA QUANTIDADE, NENHUMA QUALIDADE.

Olhando com atenção para o "nosso" ginásio ficaremos surpreendidos com a quantidade de indivíduos que estão realmente a realizar um treino de qualidade. Sempre me causou espanto a quantidade dos que "passeiam" pelo ginásio, calmamente entre as máquinas sem objectivos concretos, olhando-se no espelho, utilizando as passadeiras (treadmill) da mesma maneira que lêem um jornal, levantando pesos de tal modo que nem um só cabelo sai do seu lugar ou outros ainda com cara de grande enfado e aborrecimento. Muitos lá vão de um modo máquina, tipo piloto automático, e como se de um hábito se tratasse, ficam por lá um tempo e depois vão para casa ou para o emprego.

Se por acaso for uma destas pessoas pergunte a si mesmo: "Afinal o que é que eu quero disto?"

Se pretende resultados sérios terá de treinar a sério. Isto não significa que não retire prazer disso, antes pelo contrário. Deverá se focar (o tal focus, focus, focus dos americanos), concentrar-se no que está fazendo, aumentando a qualidade de cada movimento que faz. Uma vez que comece a treinar com um propósito real, puxando pela sua capacidade aeróbia e muscular ao máximo, levará metade do tempo a ver resultados.

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O ácido lácteo

Tendo sido chamado à atenção pelo meu amigo Adriano (estudioso sobre estas matérias), sobre os efeitos do ácido lácteo decidi fazer uma pequena pesquisa.

Qualquer indivíduo que pratique exercício físico sabe ou já ouviu falar deste ácido - a causa das dores e ardumes musculares após alguns excessos nos treinos. Eu também pensava assim até ler
um artigo datado de 16.05.2006 no New York Times que diz que o ácido lácteo não é o inimigo mas sim o combustível.

A muitos atletas foi dito para treinarem sempre em regimes aeróbios - abaixo do Lactic Threshold - e muitos foram os que realizaram análises sanguíneas para determinar o ponto exacto em que os seus músculos criavam o ácido lácteo. Neste artigo defende-se que afinal o ácido não é o inimigo mas consiste numa espécie de combustível criado pelos próprios músculos, que o queimam como combustível. O treino em intensidades altas faz com que os músculos se adaptem mais rapidamente a absorver este ácido duma maneira mais eficiente.

A teoria anterior defendia que a falta de oxigénio levava ao ácido lácteo e consequentemente à fadiga.

Será assim?

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Cadeado

Made in China!

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Diferenças

Na escola pergunta um aluno a outro - Oh Zé, sabes a diferença entre uma loura burra e outra inteligente?

- Não sei...
- É que a burra escreve no caderno tudo o que a professora põe no quadro e depois quando a professora apaga ela também apaga...
- E a outra, a inteligente?
- Não escreve nada para não ter de apagar!

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Sem sal

O desaire da selecção do País-Que-Pensa-Com-Os-Pés é visível a olho nú. Sem objectivos concretos anda tipo barata tonta dentro do relvado como foi o caso de ontem no jogo com a África do Sul na Suiça.

A equipa adversária, uma daquelas constituídas por pedreiros, carpinteiros, pescadores e alguns carteiros à mistura que se juntam ao fim de semana. Dos jornalistas e em relação ao Barbudo de Portugal - nada! Está na cara que esta personagem futebolística não consegue galvanizar nem o país nem a equipa.

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As 3 Zonas

As 3 principais zonas estão compreendidas entre os limites da LHR (Low Heart Rate) e a HHR (High Heart Rate) e são expressas como pulsações por minuto BPM (Beats Per Minute), ou por percentagens do MHR (Maximum Heart Rate). O exercício físico pode ser dividido em 3 zonas cada uma com diferentes intensidades. Cada um destes níveis corresponde a vários e diferentes mecanismos de melhoria de condição física.


LIZ - LOW INTENSITY ZONE

Situada entre 60-70% do HRmax (HRmax%). No caso de ter começado a fazer exercício ou se o mesmo já é feito numa base regular é nesta zona que a maior parte do mesmo se situa. A gordura é a principal fonte de energia consumida pelo que também será esta a melhor zona para controle de peso. Esta intensidade é muito fácil de alcançar e tem como principais benefícios:

- Controle do peso
- Aumento da resistência
- Aumento da capacidade aeróbica.

MIZ - MODERATE INTENSITY ZONE

Situada entre os 70-80% do HRmax é especialmente indicada para os indivíduos que se exercitam regularmente. É este nível que a maioria das pessoas consegue manter sem muito esforço e confortavelmente. Benéfica para aumentar os níveis de fitness aeróbico e cardiovascular. Se não estiver em forma os seus músculos vão consumir rapidamente as reservas de carbohidratos. Conforme for melhorando a condição física passarão também a consumir uma maior percentagem de gordura e menos carbohidratos. Benefícios principais:

- Aumento da capacidade aeróbica
- Aumento da resistência
- Controle de peso
- Habituação do corpo ao exercício físico mais rapidamente
- Aumento da capacidade de conseguir manter mais tempo o exercício sem criar ácido lácteo.

HIZ - HARD INTENSITY ZONE

Situada entre os 80-90% do RHmax. O respirar pesado, músculos cansados e o sentir fadiga física são as principais características de quem a usa. As altas intensidades são recomendadas aos indivíduos já em forma e os benefícios principais são:

- Aumento da tolerância dos músculos ao ácido lácteo.
- Aumento da capacidade explosiva.

Resumindo:

Quando um indivíduo se exercita nas zonas correctas de intensidade vai estar garantido o gozo da prática do seu exercício favorito. A alternância entre as diversas zonas também é recomendada para criar variações no seu desporto favorito. Quanto mais baixa for a intensidade mais tempo conseguirá manter o seu conforto durante o exercício. Use as zonas de alta intensidade por períodos curtos.

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