terça-feira, 14 de abril de 2009

Doping

A transfusão sanguínea é a técnica mais utilizada no desporto para aumentar o volume de oxigénio no sangue e, consequentemente, melhorar o desempenho durante uma competição.

As recolhas de sangue registam-se durante as épocas de treino, principalmente quando os atletas não atravessam uma fase de preparação intensa com vista à participação em breve numa prova. É extraído entre 20 e 30 por cento do volume total do sangue do atleta durante esses períodos.



Para aumentar o número de glóbulos vermelhos no sangue, esse treinos são realizados em altitude – o ar rarefeito do topo das montanhas obriga a medula óssea a produzir mais glóbulos, para tornar mais eficaz o transporte de nutrientes para as células – ou com o consumo de eritropoietina (EPO) – hormona produzida pelo rim que estimula a produção de eritrócitos e por isso foi copiada sinteticamente pelos cientistas para combater os efeitos da leucemia.



Segundo Jesús Manzano, ex-ciclista da Kelme que confessou ao diário desportivo espanhol “As” as técnicas de doping nesta modalidade, é recolhido um litro de sangue a cada atleta durante os alegados treinos em altitude, na realidade complementados com EPO; meio-litro é administrado aos ciclistas antes de cada prova importante, como a Volta à França, e a outra metade permanece em conservação para ser utilizada a meio dessa competição, quando o cansaço é mais visível.



A Agência Mundial Antidoping proíbe a administração de sangue ou substitutos sanguíneos, assim como de medicamentos que “têm a capacidade de aumentar a captação, transporte e libertação de oxigénio”, entre os quais a EPO e o RSR-13, substância que aumenta a capacidade bioquímica de o sangue libertar o oxigénio nos tecidos", processo diferente da eritropoietina, que melhora o transporte. Estão ainda proibidos os medicamentos capazes de manipular o plasma sanguíneo, responsável pelo transporte de três por cento do oxigénio consumido pelas células.

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