sexta-feira, 27 de junho de 2008

Os Morcões Do País-Que-Pensa-Com-Os-Pés

O País-que-pensa-com-os-pés apanhou um valente pontapé. O autocarro movido a energia positiva já não se move mais. Game over. Os morcões felizes que empurravam a carripana pintada de fresco choram agora por terem chegado ao “quase”. De resto tem sido sempre o “quase”. Mas os morcões já deviam estar acostumados.

Porque é que o autocarro é empurrado pelos morcões?

1 – Sai mais barato porque não têm dinheiro para encher o depósito. Ganha o Ambiente, a Selecção e o Pais.

2 – Os morcões queriam aparecer na televisão.

3 - Milagres da fé.

Ganha a segunda.

No dia seguinte ao desaire o País-Que-Pensa-Com-Os-Pés não tinha desaparecido. O sol nasceu. Incrível. Os outros morcões andavam na rua normalmente, iam ao café e ao supermercado com as morconas e os morconzinhos a reboque. Alguns até iam para os empregos. A vida continua? Impossível.

Choram os morcões que estão mais uma vez desempregados e tesos. Estão endividados e são pobres. Sentem-se revoltados mas não se revoltam. Dizem que os enganaram. Afinal empurrar autocarros com G não produz ouro e desconfiam que nem têm sequer uma função histórica e social.

E os nossos heróis que fazem? Estão chateados? Tristes? Não senhor. Ficam agora a gastar os seus milhões, alugam iates e passeiam as gajas boas para a fotografia.

Os morcões ainda empurram as centenas de autocarros que nos são servidos diariamente. E sorriem. Estão felizes.

E o autocarro? Que lhe fizeram? Está metido numa garagem escura e poeirenta de onde será retirado um dia. Lavado e de cara fresca e vai ser movido com a energia positiva dos morcões. Um dia destes...

E vão aparecer mais heróis.


quinta-feira, 26 de junho de 2008

Mais uma Viagem ao Vaticano 1997 / 2008

Cavaco Silva foi recebido por João Paulo II em 1997 e descreveu o encontro como "um dos momentos mais marcantes enquanto primeiro-ministro".

Concerteza que não deve ter resistido a pedir algum favor à pessoa que tinha acesso privilegiado ao Homem Lá De Cima. Apesar das viagens e respectivas estadias terem sido pagas pelos portugueses (aqueles que pagavam impostos na altura), parece que a graça que pediu foi para si mesmo. Para o país não foi de certeza. Solicitou uma "mãozinha" para ser eleito presidente da república um dia? Nunca o saberemos mas desconfio
que desta vez vai lá agradecer algo... com as viagens e estadias mais uma vez pagas por todos nós, aqueles que ainda continuam a pagar ainda mais impostos.

Estamos atravessando mais uma crise - pode-se ler e ouvir por aí. Nos últimos 30 anos não é novidade nenhuma. Estamos habituados. Afinal de contas é sempre a mesma crise e não uma nova. Se questionarem o "Senhor dos Tabús" ele dirá com voz grave mostrando a cremalheira (sem bolo rei): "Não comento assuntos internos quando estou fora do país.." e ora toma e pronto já está. Não perguntaste?

De acordo com a Presidência da República, a audiência entre os chefes de Estado do Vaticano e de Portugal não tem uma agenda definida, mas é esperado que seja abordada a situação internacional, tendo em conta o papel de importante evangelizador de Portugal nomeadamente em Angola e Timor. Mais uma grande questão abordada e que concerteza vai influenciar positivamente o nosso país. Só por esta dou por bem empregue a parte dos descontos que me efectuaram para pagar esta deslocação. Até perdoo o facto de sua excelência estar a contribuir para o aquecimento global do planeta uma vez que aquela avioneta em que viaja faz uma fumarada dos diabos. Ooops, não deveria ter mencionado este gajo.

Continuo com os meus botões e agora vou ser mauzinho. Tinha de ser porque é mais forte que eu. Enquanto por cá os juízes começam a levar nas trombas discute-se o papel evangelizador nas terras que correm perigo devido à aproximação daquele gajo com cornos e rabo em forma de seta (agora não disse o nome), e que paga muita coisa? E que tal introduzir aí nessa converseta a denúncia às autoridades dos padres católicos pedófilos que por aí andam impunes? Esses não seguem também os caminhos do rabo de seta?

Adiante. Um outro tema de actualidade que deverá ser abordado durante o encontro, avançou o gabinete de Cavaco Silva, será a "situação da Europa de hoje e da Europa de amanhã", depois do resultado do referendo sobre o Tratado de Lisboa na Irlanda, país onde a igreja católica exerce uma grande influência. Mas afinal esse assunto já não está arrumado à partida? Não ficou chumbado o plano do cherne e do engenheiro? Não foi referendado? Não me digam que enquanto não lhes sair o resultado que interessa não vão descansar. E mais ainda. O Vaticano pronunciou-se a favor do sim e tem sido um defensor do Tratado de Lisboa por considerar que é um elemento muito importante no desenvolvimento da Europa. Ou seja, por outras palavras: Vão apelar ao Papa para interceder junto do seu Chefe a ver se a coisa muda e fica de feição. Qualidades desta democracia europeia. Depois das ameaças feitas pelo cherne vai este agora até tentar interceder junto de Deus. Será que vamos ter chuva de gafanhotos? Raios e coriscos? Este fim de semana fico em casa não vá o tal gajo tecê-las...

Cavaco Silva foi recebido por Bento XVI em 2008 e descreveu o encontro como "um dos momentos mais marcantes enquanto presidente da república".


quarta-feira, 25 de junho de 2008

Falar dos outros é mais fácil


Todos os partidos têm políticos que são especialistas em falar dos outros.

Enquanto se fala dos outros não falam de nós, não é? É o caso do Medeiros Gaspar na Ilha da Madeira. Pois sim. E perguntam-me vocês: afinal quem é esse gajo? Eu explico: – é só mais um. Um que nem meio chega a ser.

Nunca se sabe o que pode sair daquela cabecinha. Na maioria das vezes este fenómeno de comunicação mantém um low-profile. Ele vê o que mais ninguém vê, apenas ele sabe o que mais ninguém teima em não querer saber. E depois, de rompante, ataca-nos. Cilindra-nos completamente com a sua eloquência.

No seu partido – PPD/PSD - não faz ondas. O seu papel não é esse.

Brinda-nos com opiniões foleiras no DN regional, sempre sobre “os outros” e com ar muito sabichão atira com postas de pescada, sempre na mesma direcção – PS.

Como quem percebe mesmo da coisa opina sobre o que aconteceu, o que deveria ter acontecido e como deveria ter sido. De asneira em asneirada lá vai sobrevivendo ao longo dos anos, mantendo o seu cantinho no DN.

Segundo A. J. Jardim a Madeira atravessa a sua maior crise desde o 25 de Abril. Sócrates foi o único que não se compadeceu dos dramas jardinistas nem cedeu num cêntimo, daí que a coisa não esteja muito fácil. O senhor Medeiros Gaspar faria bem melhor se doasse um pouco do seu cérebro ao partido a que pertence. Ou não precisam de si por lá?

Não consigo resistir em dizer: - Eh pá, és cá uma seca...


terça-feira, 24 de junho de 2008

Relembrando O Não da Europa - Junho 04, 2005

Relembrando O Não da Europa - Junho 04, 2005

Texto publicado em Sábado, Junho 04, 2005, num Blog pelo "Não":

"Na última quarta-feira, foi a vez dos holandeses dizerem clara e massivamente Não ao Tratado Constitucional Europeu.

No referendo francês, o motivo de tão desastroso resultado foi a conjuntura nacional. Porém, desta vez, não há desculpa que pegue. Os povos que fundaram a União estão manifestamente descontentes com o caminho que esta Europa está a tomar.

Na verdade, não se pode dizer que existe apenas uma única razão para este chumbo. São muitos os motivos que levaram os holandeses e os franceses a recusarem a constituição. Entre os principais estão, por exemplo, a perda de soberania nacional, o perigo da adesão turca e o controverso modelo social.

É hora de, em Bruxelas, os eurocratas interpretarem o descontentamento expresso pelos povos europeus nas urnas. Os mesmos eurocratas que, refugiados na sua torre de marfim, parecem tão distantes e alheios às preocupações das pessoas que supostamente representam.

Por cá, enquanto o governo e a comunicação social varrem o Não para os extremos do espectro político, é hora de pensar nas notícias que chegam do coração da Europa. Extremistas e fundamentalistas que conseguem mais de 60% de votos num sufrágio? Não me parece...

Fundamentalistas são aqueles que recusam ver a realidade que se apresenta diante dos olhos."

Desculpem qualquer coisinha. Era só para relembrar...


segunda-feira, 23 de junho de 2008

DIREITOS do consumidor de energia em PORTUGAL


Muito se tem falado em energia e consumidores e ainda mais na possibilidade da ERSE - Entidade Reguladora para o sector - rever os preços de 3 em 3 meses devido ao aumento do preço dos combustíveis. Consultando o website da Comissão Europeia sobre o assunto algum tempo atrás:

"O meu nome é Agathe Power! Já sabe que a partir de 1 de Julho de 2007 os mercados energéticos ficarão abertos à concorrência na Maioria dos Estados Membros da União Europeia? Isso significa que nós, enquanto consumidores, poderemos escolher os nossos fornecedores de electricidade e gás.

Apesar de muitos Estados Membros da União Europeia já terem aberto o seu mercado energético à concorrência há algum tempo, 14 deles abrirão os seus mercados de electricidade e gás em 1 de Julho de 2007. Este processo significa que nós, enquanto consumidores, poderemos escolher os nossos fornecedores de gás e electricidade.

Tem o direito de ESCOLHER em Portugal!

Cabe-lhe a si escolher. Desde Setembro de 2006, todos os consumidores domésticos em Portugal são livres de procurar os serviços de fornecimento de electricidade que mais lhes convêm. Enquanto consumidor, assiste-lhe o direito de escolher o seu fornecedor.

Os mais importantes DIREITOS do consumidor de energia em PORTUGAL:

* São lhe conferidos os direitos de ESCOLHER o fornecedor de electricidade e de usufruir de um FORNECIMENTO não discriminatório de electricidade.

* Pode gerir a sua casa com mais eficácia. Os seu fornecedor de electricidade deverá fornecer-lhe INFORMAÇÕES TRANSPARENTES e COMPLETAS sobre os preços e as condições de fornecimento.

* Deverão informá-lo atempadamente sobre qualquer intenção de alterar os preços e as condições de fornecimento, assistindo lhe a si o direito de cancelar o contrato após lhe ter sido comunicada a referida intenção.

* Se não estiver satisfeito com o seu actual fornecedor de electricidade, ou se, por qualquer motivo, preferir os serviços de outro fornecedor, poderá MUDAR sem quaisquer dificuldades.

* Não será obrigado a pagar pela mudança de fornecedor.

* Relaxe e desfrute do prazer de estar em casa sem ter de se preocupar com problemas de fornecimento de electricidade. O seu fornecedor é obrigado a assegurar-lhe UM FORNECIMENTO SEGURO e FIÁVEL de electricidade.

* O fornecimento de electricidade deverá ter um nível de QUALIDADE PREDEFINIDA.

Para mais informações sobre os seus DIREITOS e sobre as suas possibilidades de escolha, consulte os seguintes sítios electrónicos:

Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos
Direcção Geral do Consumidor
Ministério da Economia e Inovação
Direcção Geral de Energia e Geologia
Consumers’ Association
Consumers’ Association
European Commission
European Regulators Group for Electricity and Gas (ERGEG)


domingo, 22 de junho de 2008

A Democracia Administrativa


Eu, comum mortal, sofredor e pagador de impostos neste país - como tantos outros infelizmente, acho é que existem asneiras que tapam asneiradas.

Não tenho dúvidas que muito é culpa da nossa comunicação social que dá as notícias quando quer, da maneira que quer e quando lhes convém.


Acredito que a verdadeira imprensa livre está nos Blogs. A TV e os jornais há muito que estão vendidos, de uma maneira ou de outra.

Estamos a viver uma democracia administrativa onde se discutem os assuntos que nem têm interesse enquanto os outros “mais importantes” passam ao lado.


A discussão do aeroporto serviu para tapar outra – a realização ou não de um referendo sobre o tratado europeu – lembram-se?


Num dia parece que cai o Carmo e a Trindade e no dia seguinte, nada.

Já agora uma palavra aos Irlandeses a quem lhes deram o direito de votar que me foi negado:

Obrigado


sábado, 21 de junho de 2008

É possível contar um monte de mentiras dizendo só a verdade



Factos e números sobre a ocupação do Iraque:

GENOCÍDIO: Mais de um milhão de iraquianos foram mortos desde 2003. Outros 2,7 milhões foram mortos pelo embargo económico (1991-2003).

REFUGIADOS: 2,5 milhões no interior do pais e 2,2 milhões em países vizinhos. Mortos e refugiados atingem quase um quarto da população.

POBREZA EXTREMA: 43% dos iraquianos vive com menos de 70 cêntimos por dia. 60 a 70% da população activa não tem trabalho.

SEM AJUDA: Só 60% dos iraquianos tem acesso a ajuda alimentar do governo: Por pressão do Banco Mundial, o sistema será suprimido em Junho de 2008.

MALNUTRIÇÃO INFANTIL: Metade dos menores de 5 anos sofre de malnutrição. O baixo peso dos recém-nascidos triplicou atingindo 11% dos nascimentos.

GUERRA NUCLEAR: Os EUA lançaram sobre o Iraque mais de 2500 toneladas de urânio, em bombas e munições. No sul do Iraque há 11 vezes mais cancros que em 1988. 67% dos filhos de soldados dos EUA que estiveram no Iraque têm malformações.

INFRAESTRUTURAS: 70% da população não tem água potável e 80% não tem esgotos. Só há electricidade duas horas por dia. A cólera, que tinha sido erradicada, espalhou-se por metade das 18 províncias iraquianas.

SAÚDE: Metade dos 34 mil médicos existentes em 2003 abandonou o pais. 2 mil foram assassinados. Dos 180 grandes hospitais 90% não tem recursos.

ENSINO: Mais de um milhão de crianças deixaram de ir à escola primária. Mais de 300 professores foram assassinados.

SERVIÇOS PÚBLICOS: Em 2006, 40% do pessoal qualificado iraquiano tinha abandonado o pais, levando ao desmoronamento dos serviços.

ROUBO DE PETRÓLEO: Empresas norte-americanas exportam 2,1 milhões de barris de petróleo por dia, menos meio milhão que antes da invasão. O Iraque tem de importar combustíveis para transportes e uso domestico.

PRISÕES CHEIAS: 24 mil iraquianos estão presos à guarda das forças dos EUA. Mais de 400 mil estão detidos em prisões governamentais.

GUERRA SEM LEI: Alem das tropas dos EUA e de outros países ocupantes, actuam no Iraque 180 mil mercenários, não abrangidos por nenhuma lei internacional.

RESISTÊNCIA: Permanecem no Iraque 158 mil soldados dos EUA. Mais de 4 mil foram mortos e 30 mil foram feridos – 82% dos quais em combate.

LIBERTAÇÃO NACIONAL: Nos últimos dois anos, vários grupos de resistência, incluindo 40 organizações militares, uniram-se nume frente de libertação nacional. Adoptaram um programa democrático que prevê a retirada de forças ocupantes, a reconstrução do Estado, a criação de um governo de unidade nacional e a aprovação, em referendo, de uma nova constituição.


sexta-feira, 20 de junho de 2008

Os Sobreviventes

Recebi à tempos um Power Point dum amigo e resolvi basear o meu texto no mesmo. Para quem teve a sua infância durante os anos 60 e 70 saberá do que é que eu falo.

E conseguimos sobreviver...

  • Os carros não tinham cintos de segurança, apoios de cabeça, nem airbags. O pessoal ia no banco de trás fazendo uma festança enorme. E isso não era perigoso!?
  • As camas de grades e brinquedos eram multicolores e no mínimo pintadas com umas tintas “duvidosas” contendo chumbo ou outro veneno qualquer.
  • Não havia travas de segurança nas portas dos carros, chaves nos armários de medicamentos, detergentes ou químicos domésticos.
  • Andávamos de bicicleta para lá e para cá, sem capacete, joalheiras, caneleiras ou cotoveleiras.
  • Bebíamos água directamente das torneiras, de uma mangueira de jardim ou de uma fonte pública e não de águas minerais em garrafas esterilizadas.
  • Construíamos aqueles “caixotes de sabão” com rodas de madeira ou rolamentos e aqueles que tinham a sorte de morar perto duma ladeira asfaltada podiam tentar bater records de velocidade até verificar no meio do caminho que tinham “economizado” a sola dos sapatos, que eram usados como travões – alguns até estavam descalços.
  • Íamos para a rua brincar só com a condição de voltar para casa ao anoitecer. Não haviam telemóveis e os nossos pais nem sabiam, muitas vezes, por onde andávamos.
  • Tínhamos aulas só de manhã e íamos almoçar a casa. A tarde era para brincar na rua.
  • Gesso, dentes partidos, joelhos e braços raspados... Alguém se queixava? Todos tinham razão menos nós.
  • Comíamos doces à vontade, pão com manteiga, manteiga com pão, bebidas com o “perigoso” açúcar. Não se falava de obesidade. Brincávamos sempre na rua e éramos activos.
  • Não existiam Playstations, Nintendos, X-box, jogos de vídeo, internet sem fios, videocassetes, Dolby surround, telefones com câmera, computador e mesmo msn. Só existiam os amigos.
  • E os nossos cachorros? Alguém se lembra? Não existiam rações. Comiam o mesmo que nós (muitas vezes os restos do almoço), e sem problema nenhum. Banho com água quente? Champoo? Cá nada. No quintal um segurava no cão e o outro com a mangueira de regar as flores, água fria, ia deitando água enquanto o outro esfregava o animal com sabão azul – aquele de barra de lavar a roupa. Lembram-se se algum cão morreu ou adoeceu por isso?
  • A pé ou de bicicleta íamos a casa dos amigos mesmo se fosse longe. Nem batíamos à porta e entrávamos para brincar.
  • Jogávamos futebol na rua com duas pedras a fazer de baliza. Se não éramos escolhidos para uma das equipas, tudo bem... Não era o fim do mundo.
  • Na escola existiam os bons e os maus alunos. Uns passavam outros chumbavam. Não existia psicólogo. Não existiam os sobredotados nem se ouvia falar de dislexia, falta de concentração e hiperactividade. Quem chumbava simplesmente repetia o ano. Mais nada...
  • Tínhamos Liberdade, Fracassos, Sucessos, Deveres e aprendíamos a lidar com cada um deles.

Cada um que tire as conclusões que quiser.

Para mim fez-me lembrar a minha infância os amigos e as brincadeiras.

quinta-feira, 19 de junho de 2008

As armas em Portugal


Ouvi estas duas pérolas na TV


  • 1 em cada 5 portugueses tem uma arma;
  • Cada dia são apreendidas 11 armas.

Isto assim pelo ar dá uma apreensão de 4015 armas ao fim de 1 ano.
Mas o que mais me preocupa é a quantidade de armas que vão existir por metro quadrado.

E pus-me logo a fazer contas. No meu prédio, existem 30 apartamentos, aí com uma média de 3 pessoas por apartamento, logo dá 90 pessoas. Se em cada cinco uma tem uma arma, logo no meu prédio, existem 18 armas.


Se no local onde resido existem aí uns 30 blocos de apartamentos mais ou menos como o meu, logo dá um total de 2700 pessoas. Ora bem, 2700 pessoas a uma arma por cada cinco dá 540 armas.


Meus senhores, para quem pensava que a guerra era no Afeganistão que se desengane. Por estas contas, com que algum ser pensador resolveu nos brindar, temos mais armas que os gajos no Afeganistão.

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Os Futebois são Fantásticos

Estas coisas dos futebóis no nosso país continuam a ser fantásticas.

Os senhores deputados envolvidos, de diversos partidos, deveriam ter um pouco mais de vergonha na cara. O beija-mão a Pinto da Costa somente passados alguns dias da sua condenação por um tribunal desportivo e ainda de estar a ser julgado, noutro tribunal onde é acusado por mais alguns crimes, ficou borrado na foto.

O parlamento deveria ser um local de respeito! Fizessem essa recepção noutro lugar qualquer.


Lembro-me também de outra personagem que envolvido num processo muito badalado na altura foi recebido também no mesmo local com beijos e abraços. Depois desapareceu como convinha, mas isto já é outro assunto...

E continua o baile.

terça-feira, 17 de junho de 2008

Afinal a culpa é dos outros. Ufa! Fico mais descansado...

Cavaco diz ser necessária uma especial atenção com aqueles "que são atingidos pela crise, em particular os que perdem o seu emprego e aqueles que têm mais dificuldade para, face ao aumento dos preços dos produtos alimentares, assegurarem uma alimentação condigna".

O nosso Chefe de Estado referiu as subidas das taxas de juro, a subida do preço do petróleo, a subida do preço dos cereais, o abrandamento das economias europeias, e outros como responsáveis pelo abrandamento da economia portuguesa. Defende ainda que apesar da crise o país não pode parar o esforço de modernização. "Não podemos parar o esforço de modernização da economia portuguesa para podermos enfrentar a concorrência dos outros países que é muito forte", sublinhou.

Sei que V. Exªs, senhores governantes, não devem ter tempo para ler aqui as opiniões de meia dúzia de chatos que estão sempre a dizer mal de tudo. Mas mesmo assim permitam-me: Mas afinal o que esperavam os senhores cérebros, os altos governantes da Nação? A modernização de quê? Da economia de quem? Da nossa? E a concorrência de quem? Quem nos faz concorrência afinal? Somos os piores em tudo menos na corrupção...

No seu desabafo Senhor Presidente dos Portugueses não é mencionado os outros cérebros que se sentam no Parlamento porquê? Não têm responsabilidades nenhumas? As causas são sempre “os outros”? O Sr. Constâncio diz-se decepcionado porque esperava mais? Mais de de quem? De nós que lhe garantimos de uma maneira ou de outra o chorudo salário que aufere? Esse deve estar ao nível da Europa e além disso v. Exª. deve ter também quem vá por si ao supermercado e à escola dos pequenos. Claro que as responsabilidades dos senhores (todos) não lhes permitem essas “coisas” porque afinal de contas estão muito ocupados em nos governar.

E para finalizar, porque muito mais haveria para escrever, declaro que fiquei muito mais descansado em saber que mais uma vez os culpados são “os outros”. Ufa! Por momentos pensei que éramos todos nós os culpados. Ainda bem... Safámo-nos de mais esta.
Como diz a publicidade da Galp na rádio: Combustíveis, sanduíches e café – ué ué ué ué.