Cadeado

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Os vírus portugueses

Na Alemanha um trabalhador é visto como um colaborador essencial para a produção nas empresas e parte fundamental para os lucros das mesmas, o que é muito bom. Em Portugal é exactamente o contrário. O trabalhador é um vírus empecilho do desenvolvimento e bom funcionamento da empresa e logo, impede a produção e consequentemente o lucro da mesma, o que é muito mau.

A conclusão lógica e seguinte será portanto: quanto menos desses vírus endiabrados existirem, melhor para todo o resto. Vai daí que a solução portuguesa para produzir mais riqueza seja diminuir o número de trabalhadores, aumentando se possível, o número de administradores porque afinal as empresas precisam de grandes cérebros para poderem funcionar num mercado exigente. No mundo privado dos negócios nem sempre se aplicarão estas medidas economicamente revolucionárias mas no sector do estado é o que se quiser.

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Desemprego

A taxa de desemprego no nosso país é, oficialmente, 12,6%. Por outras palavras nunca houve tanto desempregado. Apraz-me dizer que a palavra oficialmente não corresponde nem de perto nem de longe à dura realidade servindo somente para decorar telejornais. A percentagem é de certeza muito superior a essa.

E os políticos na campanha cheia de alarvices e fait-divers bem a gosto do povo.

Sobre a criação de emprego, nada. Nicles. Ninguém se quer queimar nem há necessidade. Existem tantas coisas que podem atirar para o ar sem criar muitas ondas. Por exemplo "aumentar a produtividade" fica sempre bem e não traz consequências. Depois sempre podem esquecer as tais condições que precisam ser criadas para que esse palavrão seja uma realidade e fica tudo na mesma. E, o principal, é que fica tudo na mesma.

Por isto e por muito mais digo que continua tudo na mesma com a troika ou sem ela.

Será que existe uma troika para a troika?

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A minha humilde contribuição

Descobri que o meu subsídio de transporte, que recebo à mais de 24 anos, também não escapou à crise. Metade do valor paga também agora segurança social. Estamos a falar de 50 cêntimos por dia - uma quantidade exorbitante se tomarmos em conta que somos 25 trabalhadores a receber isso por cá.

Calculo que se vão poupar milhões à custa de mais esta medida.

Espero que aceitem humildemente mais esta minha pequena contribuição que junto com o abono de família, complemento de abono de família e a tal lei que diz que sou funcionário público (mas que não tenho ADSE), e que tenho de descontar nem sei quanto do meu ordenado mensal. Além das minhas outras contribuições como Iva, IRS, IMI, Água e Electricidade, etc., etc. e etc.

Sempre a descontar mas de cabeça erguida como a selecção!

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Venham eles

Hoje será um dia para contar dinheiro. Chegam nem sei quantos mil milhões de euros e amanhã mais nem sei quantos mil milhões de euros tudo para dar a Portugal "uma situação de liquidez confortável em linha com os objectivos do programa de ajustamento."

E depois, mas mais para a frente, vamos todos confortavelmente pagar isso tudo a língua de palmo. Ainda bem que os responsáveis pelo rapinanço estão todos atrás das grades. Fico mais descansado.

Ufaaaaa...

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A hora do vale tudo

A Grécia está numa situação desesperada muito por culpa dos altos encargos que terá de pagar para manter os empréstimos. A situação é tão mais grave pois provavelmente não terá capacidade para honrar os compromissos que foram obrigados a assumir.

Esta infeliz situação será concerteza aproveitada pelos políticos cá do do burgo como forma de intimidação para os enormes riscos que corremos se não votarmos em sicrano ou beltrano.

Estamos quase quase na hora do vale tudo.

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Trincando piolhos

E em matéria de concursos tontos temos também outra estação que agarra em meia dúzia de sementes culturais deste país e envia-os para 3 lugares diferentes. Uma ilha, uma tribo e nem sei o quê de local. Aqui sobressai a qualidade do programa e tudo a um preço acessível - os tais 60 cêntimos mais Iva.

Ontem o asco era tal que quase provocava o vómito. Caçando piolhos na cabeça dum nativo uma concorrente, se é que lhe podemos chamar isso, dizia: "se os piolhos são teus come-os tu!". Trincar piolhos passou a ser algo de normal como tomar uma bica pela manhã. Mas que grande capacidade de adaptação têm estas gentes conhecidas da revista Maria.

E mais não digo…

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Cadeado

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Os gordos?!

Confesso que nunca perdi muito tempo com concursos televisivos mas um dia destes resolvi ver os tais gordos que todo o mundo fala. Fiquei decepcionado por ver que a mensagem - embora este tipo de concurso não tenha de ser pedagógico - de que fazer exercício físico além de ser uma grande chatice é doloroso como o caraças. Lesões e canadianas, gritos, caras suadas e de esforço quase sobre-humano não se coadunam com a ideia que eu tenho do fazer exercício para ganhar saúde. Mas ali além de não se ganhar saúde ganham-se lesões graves e quem quiser transportar aqueles tristes exemplos para a vida real poderá até morrer.

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Falácias

Os nossos políticos até dizem coisas acertadas. O problema é que depois as mesmas nunca são postas em prática e as credibilidades caem facilmente.

No meu caso já não acredito em nenhum deles. São falaciosos e hábeis com as palavras. Tudo conta para ganhar uns votos.

Acredito, sinceramente, que esta democracia está muito doente.

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Pepinos?

Andam para aí pepinos espanhóis venenosos.

Todo o cuidado é pouco.

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O Festival da Canção

Um dos factos que animou esta nossa sociedade altamente participativa foi o Festival da Canção 2011. Depois de termos enviado o ano passado o que eu considero a melhor música e interpretação que alguma vez esse festival viu - Senhora do Mar interpretada pela Vânia - eis que os Homens da Luta fizeram a vã tentativa de mandar a Merkel à Merkel.

Mas a coisa não resultou pelo melhor e porquê? Comecemos pelo facto do modelo de votação se ter alterado, não fosse a famigerada participação dos 60 cêntimos mais Iva. Desde que haja uma abertura para ganhar uns cêntimos - força. E como não podia deixar de ser quando se põe a populaça a votar nem sempre a coisa resulta como queremos e ala lá foram os Homens da Luta representar o País. Levantaram-se os a favor e os contra e mesmo os que não votaram nem ligam a estas coisas da arte tiveram a sua opinião.

Para acabar, os músicos, pelo menos os que conheço, dividiram-se, embora se chegasse facilmente à conclusão de que a canção realmente era uma merda - facto.

Uma coisa salta à vista: o pessoal está muito descontente com estas coisas da politiquice e apela para tudo o que sirva para protestar.

Nem sei quem ganhou mas também nem votei...

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Promenade

Inaugurada a promenade entre a Praia Formosa e Câmara de Lobos. Uma mais valia extraordinária para a nossa qualidade de vida. O turismo agradece. Basta ver a quantidade de pessoas. Muito bom.

Parabéns.

Inexoravelmente

Com o avançar dos dias, inexoravelmente.

Diminui-se o prazo para as próximas eleições. As 'descobertas' que os candidatos de sempre fazem diariamente são assombrosas. De fait-divers existe de tudo - mentiras insinuações e sobretudo muito humor negro. Os que nos crucificaram são os novos salvadores e, pasme-se, os comícios cheios de gente que se transportam de autocarro de lugar em lugar de maneira a se encheram os recintos com fervorosos adeptos.

As alarvices e tonterias diárias mostram que este discurso está esgotado. Não nos levou a nada nos últimos 30 anos e provavelmente ficará tudo na mesma. Os mesmos vão pagar a tal crise financeira que sobretudo é uma crise de valores.

Porcaria.

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Porrada nos Valores

Existe uma coisa que me tem deixado revoltado entre tantas outras - indigno-me com facilidade, pois. Avançando. Neste último episódio da remake do 'dá-me o telemóvel' edição especial com porrada tem-me deixado deveras coisa… não só pela violência das imagens que a nossa querida comunicação social - tv - nos brinda quase diariamente apetece-me dizer que este modelo das Tv's portuguesas já mete nojo.

Tudo serve para ganhar audiências desde imagens de um despejo em directo, com um parvalhão que perante as câmaras se gabava de ter feito o seu trabalho - os nazis que mataram milhões também o fizeram - enquanto despejava uma família que não pagava renda. Certas coisas deveriam ter limites e o tentar manter alguns valores de cidadania deveria ser prioridade.

Estamos a caminho de quê?

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Facebook

Embora o Facebook seja uma ferramenta muito interessante tenho de reconhecer que, pelo menos no meu caso, fez com que tenha andado arredado daqui. Quando criei este blog, que convenhamos ninguém lê salvo se por engano vier aqui bater, o objectivo era sobretudo escrever.

Desde muito tempo que nem passo por cá - mea culpa. Também acho que sinceramente nem faz muita diferença mas, pronto, ficamos assim. Desde essa altura que inúmeras situações aconteceram no nosso estimado país e que sinceramente nem me apetece comentar. Por isso, vou fazer a coisa mais simples: vou partir precisamente daqui.

Pois, deste ponto.

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