sexta-feira, 19 de junho de 2009

Qimonda

Em 2 de Junho de 1998 a fábrica foi inaugurada pelo então primeiro ministro António Guterres. A sua actividade foi iniciada com 110 trabalhadores e fechou o seu primerio exercício, a 30 de Setembro de 1998, com um volume de negócios de 87 milhões de euros.

A situação de insolvência actual prede-se com o facto do mercado das memórias DRAM ter caído drasticamente fazendo com que atingisse níveis de custos muito abaixo dos valores de produção. As sucessivas reduções nos lucros fizeram o grupo empresarial alemão perder milhões de euros e consequentemente ter prejuizos com reduções até 85% do valor de produção.

Tendo como único e exclusivo cliente a fábrica mãe na Alemanha - fornecedora da matéria prima e cliente - o grupo empresarial não teve outra alternativa senão pedir a insolvência da fábrica em Portugal a 26 de Março de 2009.

Sem material para produzir suspendeu a sua actividade em Março de 2009.

Fonte: Jornal de Negócios.

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Esta versão são os factos que levaram ao encerramento da fábrica segundo a fonte consultada. Uma semana após o Inginheiro ter apontado a fábrica como um exemplo de sucesso empresarial no parlamento eis que, inesperadamente , a mesma encerra. Poder-se-á pensar que o nosso primeiro não sabia de nada e que, inocentemente, tenha caído numa armadilha? Eu penso que não. O Inginheiro sabia exactamente o que fazia, da mesma maneira que sabia exactamente quando é que a fábrica iria parar. Trata-se de uma situação em que podemos colocar a célebre frase "ou é muito esperto ou então é muito burro" - qual é que vai ser?

PS: quem constroi estas fábricas de materiais electrónicos sabe muito bem, pelos estudos de mercado, quantos anos um chip, por exemplo, vai durar no mercado em termos de lucro. Nesta era da electrónica o que hoje é verdade amanhã já não o é...

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