Portugal leva cartão vermelho e Espanha, a tal que diziam estar no mesmo barco, leva cartão verde. De uma maneira leviana e esmiuçando o assunto o que parece é que, enquanto Portugal está de regresso ao patamar dos célebres 6,4% que obrigou o resgate da Grécia, os espanhois conseguiram baixar o nível dos juros a que se financiaram ontem nos mercados. Os juros da nossa dívida continuam a aumentar mas os de Espanha desceram tornando mais atractivo a compra das suas emissões de dívida. A referência a estas emissões de dívida são as emissões de dívida Alemães, como não poderia deixar de ser. Mas ainda há mais. Os bancos espanhois têm conseguido financiamento nos mercados internacionais pois esta emissão de dívida também lhes é favorável, enquanto os nossos continuam única e exclusivamente a depender dos empréstimos do Banco Central Europeu.
Concluindo mais esta confusão economicista, embora estejamos colados geograficamente a Espanha estamos idênticos à Grécia ainda com a agravante que desde que a Espanha "arranque" a pressão dos mercados continuará a subir para o nosso amado país assim como diminuirá a "solidariedade europeia". Dos vários recados vindos da Alemanha (sempre a Alemanha) surge-nos um que quero destacar e que afirma que o país não está a combater o défice já que a meta será atingida pelo aumento das receitas e não pela redução da despesa, que aliás tem vindo sempre a subir
E assim vai o País Falido.
