Uma bela salada não russa mas bem portuguesa. Com contornos cada vez mais sinuosos o fim do Jornal de Sexta trouxe à superfície o fantasma da censura. O lápis azul no seu melhor - apregoaram alguns jornalistas. Mas afinal qual foi a verdade?
Depois de muita confusão eis que a ERC:
- Estrela Serrano (vogal da ERC), salienta que a investigação da ERC demonstra que houve uma grave “instrumentalização do Jornal de Sexta por parte de fontes ligadas ao processo Freeport, que lhe faziam chegar elementos em segredo de justiça, visando incriminar o primeiro-ministro”.
- a cobertura do processo que envolvia o nome do primeiro-ministro “constitui um dos exemplos mais negativos de instrumentalização de um espaço televisivo por parte de poderes que lhe são alheios”.
- Estrela Serrano diz, aliás, que a equipa de jornalistas que fazia a cobertura do caso Freeport falhou nas “afirmações de que a decisão de pôr fim ao Jornal Nacional partira do Governo”.
- “De facto, o processo demonstra que cabalmente que a decisão se inseriu num processo longamente amadurecido e partilhado pelos administradores da TVI, da Media Capital e da Prisa.”
- Quanto às acusações lançadas pelos membros da equipa do Jornal Nacional sobre a interferência do poder político no fim do programa, Estrela Serrano assegura que as acusações não foram sustentadas em “provas” nem em “pistas credíveis que levassem ao apuramento de factos”. E dá como exemplos o já célebre telefonema de José Sócrates ao Rei de Espanha, referido por Manuela Moura Guedes na Comissão de Ética realizada na Assembleia da República, ou as alegadas interferências de António Vitorino na decisão dos responsáveis da Media Capital acabarem com o programa.
- “a suspensão do Jornal Nacional e a orientação conferida à informação pela nova direcção de informação, mais exigente na confirmação da informação sobre o Freeport, desencorajaram as fontes de procurar os jornalistas, retirando visibilidade ao caso”.
- “a cobertura do caso Freeport partiu de uma estratégia concertada entre o Jornal Nacional e o semanário “Sol”, que consistia na antecipação no programa de Manuela Moura Guedes “das notícias que seriam publicadas no dia seguinte pelo “Sol”.
Fonte utilizada: Daqui
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