domingo, 10 de agosto de 2008

Ainda o Discurso do Ano

Pode ler-se no "abrupto" de José Pacheco Pereira:

"A ideia da SIC de ir para a rua perguntar às pessoas se tinham “entendido” a comunicação do Presidente é tão absurda como de má fé. Ela parte do pressuposto que a comunicação é incompreensível, – não se sabendo exactamente porquê e muita matéria haveria para explorar se fossemos por aqui - , e vai utilizar uma técnica para encontrar na “vox populi” uma confirmação (e uma humilhação) para o despautério do Presidente."

Tenho seguido à alguns anos a carreira do político José Pacheco Pereira. Também concordo com muitas das coisas que tem defendido e discordo de muitas também. Ultimamente tenho discordado mais do que habitual. Será que estamos em colisão? Parece-me que sim. Decididamente que sim.

O presidente da república é o presidente de todos os portugueses. Como tal deveria falar para a maioria dos ignorantes e iletrados que temos no país e que (enganados), o elegeram. Infelizmente que esta situação de ignorância macabra - seja na política como em todas as outras pequenas coisas neste país europeu - não se vai inverter enquanto os senhores politicos falarem para eles mesmos ou para uma minoria "previligiada" que entende o "português" que usam.

Se analisarmos a categoria desse "português" comparando-o com a eficácia das suas acções direi que é um "português de merda".

Pelo que vi e ouvi da comunicação do senhor presidente 99% da população não o entendeu. Desconfio também que nem metade dos portugueses viu ou ouviu a excelência do seu discurso.

Senhores políticos, tenham pelo menos a sensibilidade e a fineza de falar de maneira que se entenda. Afinal estão a palrar para uma população que é a mais atrasada da Europa - já esqueceram? culpa de quem?...

Um conselho de amigo: vão ter de ensinar às pessoas o significado das palavras que formam a língua portuguesa e principalmente a pensar pelas suas próprias cabeças ante de falarem "português fino". Assim correm o risco de ninguém os entender. Mas também dessa maneira a maioria de vós não estaria aí, não é?

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