E porque não? E acenei anuindo com a cabeça ao convite. Manuel ficava orgulhoso por poder pagar a bebida aos amigos e contar pela milésima vez a eterna história de como ganhara no totobola.
- Tomo sim sr. Manuel - retorqui alto pois o homem era meio surdo.
- Entre, entre sr. Vítor. É sempre bom vê-lo por cá. E então como vão as coisas na cidade grande?
- Olhe, vai tudo mais ou menos igual. A vida está cara para todos e esta coisa da política… sabe como é…
- Pois… Já lhe contei como ganhei no totobola daquela vez?
- Já sim sr. Manuel. Mas isso eram outros tempos. Agora está mais difícil ganhar… - respondi enquanto bebericava a cerveja.
- Pois é a vida.
- Sim, sr. Manuel, é a vida…
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