A notícia já tem algum tempo mas não deixa de ser actualidade pois no universo da fatalidade portuguesa fica sempre o destino. Sempre foi assim, sempre assim será. O trabalho é coisa para estrangeiros ou portugueses sem outras alternativas, dizem os entendidos, os que nos fazem acreditar que temos democracia todos os dias. Democracia, entenda-se, para a maior parte dos cidadãos que não colocam em causa o tal fatalismo e a ordem das coisas. Num acto habitual das estrelas portuguesas, José Saramago perdeu na altura as eleições para a Sociedade Portuguesa de Autores e, como bom homem da democracia, demitiu-se. Isto é, Saramago só ficaria na Sociedade Portuguesa de Autores se os outros sócios tivessem votado nele. Saramago que jaz frio e só neste momento reflectiu o seu povo melhor do que ninguém. E o progresso chega todos os dias em forma de fatalismo.
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