era um burro nada burro
e senhor do seu nariz
cantava no Coliseu, cantava no Coliseu
e também no São Luís
sempre que ia cantar
tinha grandes ovações
porque em vez de zurrar, porque em vez de zurrar
cantava lindas canções
eu não zurro eu não zurro
porque isso é próprio do burro
eu não zurro eu não zurro
porque isso é próprio do burro
começava a cantoria
este bicho inteligente
e um dia galeria e um dia na galeria
esteve o senhor presidente e disse
senhor ministro
este burro é o maior
não dá coices a ninguém, não dá coices a ninguém
so canta canções de amor
eu não zurro eu não zurro
porque isso é próprio do burro
eu não zurro eu não zurro
porque isso é próprio do burro
quando acabou o concerto
o burro estava cansado
mas ja sabia de certo, mas ja sabia de certo
que ia ser condecorado
e o ministro da parvónia
atribuío-lhe a medalha
e no final da cerimonia, e no final da cerimónia
deu-lhe dois fardos de palha
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