quinta-feira, 2 de julho de 2009

Os manifestos

No espaço de um mês apareceram nada mais nada menos do que 3 manifestos sobre as grandes obras públicas em Portugal. Efectuados por personalidades conhecidas da área económica, política e outras, só estão de acordo no ponto em que estas obras - TGV, Aeroporto de Lisboa ou mesmo a 3ª Ponte sobre o Tejo - custam muitos milhares de milhões de euros ao erário público condicionando o país, já de si pobre e endividado, durante as próximas gerações.

O mais caricato destes 3 manifestos é que ninguém está de acordo com ninguém no que toca a conclusões o que me deixa um pouco mais apreensivo logo à partida. Será que a polémica do sim, do não e do talvez também atinge a mente de tão proeminentes individualidades? Se nem estes cérebros estão de acordo o que será do Zé Povinho que nem cérebro se tem?

Mas continuando, o último destes estudos foi apresentado ontem com o título sugestivo de "Portugal necessita de investimento público estratégico. Parar é sacrificar o futuro". Este documento tem 31 subscritores, entre os quais nomes como os de Almerindo Marques, Emídio Rangel, Filipe Soares Franco, Jorge Armindo, José Penedos, Luís Nazaré, Sérgio Figueiredo ou Victor Martins. Francisco Murteira Nabo, bastonário da Ordem dos Economistas, é outro dos apoiantes.

Como escrevi antes este manifesto é o 3º que nos apresentam num mês. Um primeiro, por 28 economistas, que veio pedir a reavaliação dos projectos de grandes obras públicas, como o TGV ou o novo aeroporto de Alcochete, e um segundo, proveniente do meio universitário, apelava ao reforço do investimento público.

Não sendo eu economista nem percebendo sequer do assunto mas sendo um dos milhares de contribuintes líquidos para as obras, confidencio aos meus botões: não deveriam os caciques se entender? Se os "cérebros" não se entendem para onde vamos?

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