segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Prisioneiros da Liberdade

"Funny how" cada vez mais estamos prisioneiros das novas tecnologias. São os telemóveis, os plasmas, a internet, o microondas e tantos outras engrenagens modernas que nos oferecem por dá cá aquela palha.

A questão é se realmente vivemos melhor. Será que lucrámos com estas maravilhosas descobertas electrónicas? Não se perdeu algo pelo meio?

Somos os prisioneiros da nossa própria liberdade. A gaivota da canção de 1974 já não existe. Morreu e já foi esquecida.

Somos filmados nas ruas, no supermercado, nos bancos e até nos cafés onde tomamos a bica. E consentimos isso de livre vontade. Em troca de um plasma ou de um telemóvel de última geração damos nomes, moradas, telefones e perdemos mais um pedacito da nossa liberdade.

Ouvi dizer que também vão instalar chips nos carros de maneira a facilitar o controle das infracções ao trânsito, as multas e até as portagens. É sempre para facilitar algo. Para controlar algo. Até os conteúdos da internet - a última coisa que nos resta - mais dia menos dia...

Antigamente em Portugal eram perseguidos os comunistas por serem comunistas ou aqueles que falavam contra o regime - no tempo da PIDE. Arranjava-se alguém que era pago por alguém para andar atrás de outro alguém. E agora? Como se controlam os cidadãos? As máquinas encarregam-se disso facilmente. São os cartões de crédito, as compras no supermercado com o multibanco, o pagamento do estacionamento, a portagem e outros.

Devassam as nossas vidas com a impunidade criminosa do nosso consentimento. E todos parecemos contentes no nosso pequeno mundo vigiado enquanto corremos de lado para lado com medo de chegarmos atrasados.

Eu cá não quero isto!

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