quarta-feira, 31 de outubro de 2012

O calor do povo

Hoje via a cara do Cherne com os olhos esbugalhados de receio à saída de um teatro. Eu não escrevi "esbugalhados de medo" pois, como todos sabemos, somos um povo de brandos costume e não costumamos malhar em ninguém. Mas seguindo para a frente...

Alguns populares esperavam-no enquanto protestavam contra o estado da cultura e as três tentativas que fez para fugir à multidão foram infrutíferas uma vez que não existiam outras saídas disponíveis para a fuga. Teve mesmo de ouvir os protestos e ser empurrado pelos populares.

Penso que se deve ter lembrado do tempo em que foi a eleições e andava a meio das gentes sorrindo e beijando as mães dos bébés. Foi no tempo em que o povo ainda acreditava, ou para ser mais correcto, foi levado a acreditar naquela falácia chamada Cherne.

Dos quatro anos ao fim de dois desapareceu para presidente da Comissão Europeia deixando o país e os que o elegeram de boca aberta.

Desde os tempos do MRPP a que pertenceu durante a sua carreira de estudante que já não sentia o calor do povo. Sinceramente espero que ainda o sinta mais vezes porque aquilo em Bruxelas é muito frio.

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