O primeiro astronauta português
Primeiro foram as especiarias do Oriente. Cantou o poeta "cravo e canela". Quando a mina secou andámos aos tombos até que a providência nos deu o Ouro do Brasil. Ouro, Ouro, viva, viva o Ouro. Salvos. Grandes farras. Festas e festanças ostentação e luxos. A mina esgota-se novamente e mantivemo-nos na tristeza de mais um fado.
O destino atroz abate-se sobre os portugueses todos – os que festejam e os que viam os festejos dos outros. Depois a Senhora de Fátima deparou-nos mais uma graça. Os fundos comunitários. Deles fizemos mais umas festanças e mais esbanjamentos bem à maneira. O consumismo e o mediatismo tomaram conta de alguns. Não de todos claro. Enquanto uns festejaram outros viram passar o festejo. Agora pagamos todos. Nossa Senhora de Fátima nos acuda – prometemos que é a última vez...
E assim surge o profeta da desgraça. O desbocado. O boca grande. O bocarra que os nossos governantes nunca escutam. O Prof. Henrique Medina Carreira usado cirurgicamente por meios de comunicação social que sabem exactamente o que a casa gasta. Mesmo os que alimentam a situação mostram-se revoltados vá lá saber-se com o quê!? Os que outrora deram apoio incondicional agora são as madames ofendidas porque um cliente disse uma palavrão no bordel onde trabalham.
Foi com a mesma boca grande que quando ministro das finanças de um governo de Mário Soares, nos anos 70, e que perante um dos aumentos dos combustíveis, disse em directo num telejornal que
“os portugueses deveriam voltar a andar de burro”.
Decididamente este cavalheiro que adoro ver e ouvir é o primeiro astronauta português.
“O Estado não existe para dar respostas aos empresários, mas sim, para lhes dar condições de trabalho” e que devem ser “os empresários a traçar o seu próprio caminho.”
É por isso que gosto de si Professor, embora isso também não faça grande diferença. Mas gosto sim senhor. Verdade que sim. Juro.
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