Gonçalves Luís
Madeirenses ingratos
Data: 18-01-2009
Depois de uns dias na província, maldita a hora em que tive tempo de ir à net pôr-me em dia com os jornais. Não me admirei muito por aí além com as reacções que alguns separatistas tiveram só porque sou do Barreiro, zona do país a quem esses separatistas deviam de agradecer as coisas que têm por aí feitas. A maior fatia do bolo vai de zonas laboriosas como esta.
Mas a ingratidão repetiu-se. Não falo para grande parte dos ilhéus, onde tenho muitos amigos, desde o tempo da tropa. Para esses, acho que a metrópole tem o dever de canalizar as suas ajudas. Não há razão para as regiões subdesenvolvidas ficarem para trás para todo o sempre. Agora há uns senhores nessa terra que só querem confusão, não querem ver o que está à frente dos olhos. Houve um que até perguntou se eu não tinha lugar num jornal daqui onde escrever. Quer tirar-me o direito de expressão por que tanto lutámos deste lado. Quem cresceu sem direito a pensar vem a padecer dessas reacções. Amigos madeirenses, desculpem mas com a colecção de artigos que me dedicaram, essa tal minoria, eu não podia ficar calado. Até o vosso presidente me deu honras de resposta. De momento nem sequer comento.
Aos verdadeiros madeirenses, contem comigo sempre que seja preciso defendê-los. É o que faço quando vos atacam por cá, a propósito da vossa dependência financeira. Eles têm razão, mas esquecem-se do dever de solidariedade. Ninguém tem culpa de ser pobre. E já aviso que sei o que é a liberdade na minha terra e que não é aí que os tais separatistas me vão calar. Já agora, não sou cubano, sou português como vocês.
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