segunda-feira, 20 de outubro de 2008

O poder da Banha de Cobra

Com a onda das crises os diversos governos europeus (e não só), têm procedido a injecções financeiras nas diversas instituições bancárias.

O que realmente é interessante é vermos que enquanto alguns países se previnem nessa coisa de emprestar o dinheirinho outros fazem-no sem que se conheçam nenhuma das contrapartidas.

O Inginheiro já veio dizer que a massa é para ajudar as empresas e as famílias e o Senhor dos Tabus já assinou de cruz. Tudo muito rápido e eficaz. No nosso caso é um aval e não o dinheiro vivo, constituindo mais uma garantia aos bancos. Mas atenção que com esta gente nunca se sabe...


Dois exemplos:

- Na Suíça, o país dos banqueiros por excelência, o governo emprestou o dinheiro mas ficou accionista, ou seja comprou acções dos bancos, incluindo o maior deles todos - UBS.

- Na Alemanha o governo impôs muitas regras incluindo até os salários dos gestores (?). Também se reserva ao direito de intervir na política de negócios inclusivamente na sustentabilidade dos negócios de risco.

O exemplo do País-Que-Nada-Teme:

- De acordo com esta lei, o Estado português passa a ter a possibilidade de conceder, a título excepcional e no valor até 20 mil milhões de euros, garantias às instituições de crédito nas operações de financiamento, como seja a emissão de obrigações ou papel comercial. Este regime tem um carácter transitório, devendo manter-se em vigor enquanto a actual situação o justifique, sendo omisso em relação à fixação de uma data limite para o seu termo.

As contrapartidas, se é que existem, não são do domínio público. É mais uma diferença entre a Europa e a Europa.

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