O Facebook tornou-se assim numa espécie de confessionário público onde se redimem os pecados e se trocam imagens com frases bonitas e que, de uma maneira ou outra, nos expiam a alma. Dessas frases que, na sua grande maioria, nunca foram proferidas pelos supostos autores. Mas isso nem interessa. O facto é que passamos a mensagem, não é?
Mas depois fechamos a tampa do portátil e era aqui que deveria soar aquele som de "boommm", tal como as portas dos castelos, de maneira a nos chamar à realidade, aquela onde agimos diferente do que apregoamos perante os supostos amigos facebokianos.
Será que a ilusão se torna realidade ou a realidade ilusão?
E tal como algumas 'velhas' da minha terra que fazem o dever de expiar os pecados na igreja, sentindo-se aliviadas perante o criador, do pesado fardo da maledicência, mas que, depois regressam ao mesmo no próprio dia, regressamos todos à nossa pequena ilha depois de expiados os nossos pecadilhos na internet.
E sentimo-nos bem.
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