O vinho é quem mais ordena e que o diga a última vítima. O director do Instituto do Vinho da Ilha da Lenha foi "afastado" do cargo por ter cumprido, ou mandado cumprir, uma portaria do governo que visava definir as regras para o controlo da venda a retalho de vinhos comuns, não engarrafados, produzidos na Ilha da Lenha e no Porto Santo.
Os produtores não viram esta lei com bons olhos e acharam que a mesma visava acabar com o tradicional vinho seco. Para evitar maiores contestações em vésperas de eleições, o desgoverno acabou por recuar e suspender a portaria. Mas como alguma cabeça tinha de rolar para se mostrar trabalho matou-se não o autor da lei mas o mensageiro. E pronto lá se foi mais um. O mais caricato é que a UE pretende acabar com esta situação dos vinhos até 2013.
Existem também aí uns maganos que dizem que todo este processo de corte de cabeça começou a ser delineado nas "48 horas a bailar". Enquanto uns bailavam e outros aproveitavam para meter na pança uns copos de vinho com um dente de bacalhau frito afiava-se a lâmina do carrasco e preparava-se o patíbulo para mais uma cabeça rolar. A Ilha da Lenha está em plena revolução francesa.
Desta vez foi o responsável por campanhas como as do "Vinho Madeira com gelo" ou "Ofereça Bordado Madeira" que tiveram grande impacto no público consumidor dando uma nova dinâmica ao sector do vinho e artesanato.
É assim na Ilha da Lenha - por muito trabalho que se tenha mostrado basta um passo de dança mal dado e a cabeça vai parar logo ao cesto do carrasco.
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