quinta-feira, 12 de março de 2009

O oásis da Europa tá falido

O défice externo português aumentou em 2008 para 10,6% da riqueza gerada internamente, o valor mais elevado nos últimos 14 anos, segundo dados publicados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). As contas nacionais trimestrais do INE mostram que o indicador “necessidades de financiamento” passou 8,6% negativos, em 2007, para 10,6% negativos, em 2008.

Historicamente, as necessidades líquidas de financiamento em % do PIB registam um crescimento galopante desde 1995, apesar de um breve abrandamento em 2002/2003:

  • 1995 -0,4%
  • 1996 -1,7%
  • 1997 -3,3%
  • 1998 -4,8%
  • 1999 -6,3%
  • 2000 -9,0%
  • 2001 -8,7%
  • 2002 -6,7%
  • 2003 -4,1%
  • 2004 -6,1%
  • 2005 -8,3%
  • 2006 -9,3%
  • 2007 -8,6%
  • 2008 -10,6%.

“Este agravamento é explicado pela deterioração da balança de bens e serviços”, refere o INE, acrescentando que a quebra do saldo dos rendimentos foi compensada pela melhoria no saldo das transferências de capitais.

Na mensagem de Ano Novo o Senhor dos Tabús afirmou que “há uma verdade que deve ser dita: Portugal gasta em cada ano muito mais do que aquilo que produz. Não pode continuar, durante muito mais tempo, a endividar-se no estrangeiro ao ritmo dos últimos anos”.

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