quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Para que serve o Estado?

Em mais uma entrevista comprada o nosso Primeiro lançou mais umas ideias entre as quais se encontra a nova polémica: o secundário, na escola publica, deverá ter propinas pagas dentro de pouco tempo.

O prisioneiro da ideologia dos cortes abruptos não apresenta nenhum projecto que incuta confiança no futuro. São cortes em cima de cortes e a educação e as qualificações não fogem à regra.

Onde anda a estratégia de futuro para o país?

E ainda mais uma: para onde vão os meus descontos? Se não vai para o estado social e para a educação para onde vai o meu dinheiro?

Questão lógica: afinal para que serve o Estado?

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terça-feira, 27 de novembro de 2012

Oposição… onde?

Ante a possibilidade dos partidos da oposição enviarem para o tribunal constitucional o Orçamento de 2013 veio logo o líder do PS dizer que não será pela mão do seu partido que isso vai acontecer.

Assistimos aqui a mais uma manobra de quem se opõe às políticas do governo dum lado mas que, quando chega a hora, nunca se encontra disponível para barrar o caminho do mesmo.

Ainda existe alguém que acredita nesta gente?

Descendente das políticas falhadas do Inginheiro este Seguro mostra mais uma vez que é mais um habilidoso partidário sendo do contra somente para o que faz jeito ao seu partido.

Continuo a achar que os partidos são a base da corrupção no país.

Não deveria ser ao contrário?

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O Pano de fundo do Arménio

A tal "manifestação" foi simplesmente uma performance artística onde se cantou, berrou e dançou. O Arménio falou e foi-se embora. Juntamente com ele foi uma catrafiada de "manifestantes" que foram convocados afinal para criar pano de fundo ao Arménio.

Apraz-me dizer que temos um povo que merece exactamente o que tem...

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Manifestação

Dia de manifestações em frente ao Parlamento pois é o dia de votação dos últimos pontos do Orçamento de Estado.

O povo manifesta-se e mostra o seu descontentamento com cartazes e cartões vermelhos. Sem confusões de mais a não ser ficar roxo de tanto gritar as tais palavras de ordem que não servem afinal para nada.

Pode-se dizer que exercem o exercício da democracia num formato que simplesmente não resulta. Nada vai mudar com esta e outras manifestações do género. O Arménio algures no meio regozija de alegria com mais esta macacada que não vai mudar nada.

Após tantos anos ainda pensam que este modelo de protesto leva a alguma coisa? Algum governo alguma vez cedeu a estas supostas mostras de descontentamento? Qualquer dia nem para encher telejornais se vai servir.

Estou farto deste politicamente correcto da treta e deste modelo de notícias/entrevistas que não são mais do que meras palavras sem significado.

Mas há que passar o dia...

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Absorto

Apetecia-me escrever algo sobre a justiça mas acho que tal não existe.

E agora como escreverei sobre algo que não existe?

Parece-me um exercício complicado.

É melhor ficar assim, absorto.

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Os ladrões

Ouvindo e vendo telejornais, lendo jornais e notícias…

Tristemente vejo que o meu país continua no mesmo circo de sempre. Notícias mal dadas, outras importantes e omitidas e ainda outras compradas ou vendidas. Será que já ninguém se interessa pela verdade? Será que não existem descontentes e revoltados que, como eu, trabalharam uma vida inteira para tudo lhes ser roubado agora mercê do domínio estrangeiro?

Onde andam afinal os descendentes dos tais heróis que encheram a história de Portugal?

Nota: devem ser talvez os "heróis" da selecção de futebol.

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segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Cadeado



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Skyline

Neste fim de semana passado assisti na SIC ao filme Skyline.

A história é simples e muito repetida na generalidade. Uns aliens ouvindo uma mensagem da NASA resolvem visitar o mundo e se alimentarem dos humanos.

Com uma realização dalguma maneira barata para tal epopeia científica o realizador apostou nos efeitos especiais que realmente são do mais perfeito que já vi. Dizem os entendidos que a realização e os actores ficaram muito aquém em termos de despesa do que os efeitos especiais que custaram pelo menos o dobro.

Banda sonora a condizer. Muito bom para os apreciadores do género, sem dúvida.

Facto interessante é que pela primeira vez os americanos não salvaram o planeta embora fique sempre aquela sensação que o filme está inacabado e que deveria haver mais luta. Enfim nem sempre os finais são tão realistas.

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A borrasca

Depois de avisos e mais avisos sobre o estado do tempo no fim de semana passado eis que o mesmo resolveu pregar uma partida aos especialistas e embora chovesse os dias inteiros não foi nada de mais.

Vendo os mapas meteorológicos acho que no fundo tivemos muita sorte porque a borrasca foi desviada à última da hora por uns ventos quaisquer.

O que interessa é que já passou.

Tudo bem.

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O dono das manifes

O Arménio decidiu realizar mais uma manif.

O Arménio acha que, pelo facto de ser apoiado pela excelente comunicação social do país que continua a não dar notícias mas sim a gerir opiniões, é o dono do povo descontente.

O Arménio não garante que vai haver confusão mas não desgarante também.

O Arménio anda à pesca na busca de melhor.

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sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Big Brother no Parlamento

O governo decidiu colocar (mais) 20 câmeras de vigilância no Parlamento.

Estão com medo de quê? Do povo que os elegeu?

Se estivessem cumprindo o programa eleitoral não temeriam.

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Apple Black Shit Friday

Afinal os anúncios da "Black Friday"de compras na loja Apple não passa de uma treta.

Descontos de 10 e 11 euros não são descontos nenhuns. Obrigado mas não!

Acho que deviam ir a Londres aprender como se faz uma verdadeira Black Friday.

It sucks!

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A volta do Fascismo

Vivemos concerteza em tempo de fascismo.

Nesses dias passados impunha-se o silêncio às populações e ameaçava-se com a PIDE os que protestavam de modo a desmobilizar os outros possíveis.

E assim se está a fazer. O caminho da afronta policial com cargas indiscriminadas sobre quem tem o direito de protestar está a acontecer neste momento e os meios de comunicação social têm o dever de denunciar estas situações!

Hoje a TVI lançou um comunicado breve onde afirma não ter a obrigatoriedade de ceder imagens da manifestação em frente ao Parlamento. Quem antes elogiou a carga policial contra os manifestantes, o ministro da administração interna, quer abrir agora um inquérito sobre o que se passou. Concerteza que brincamos aos ministros.

Anda tudo ao contrário mas uma coisa posso desde já afirmar: não foi para isto que se fez o 25 de Abril de 1974.

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quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Os filmes da RTP

Sobre o recente caso da alegada cedência de imagens em bruto pela RTP à PSP.

…"as televisões não deviam ter disponibilizado quaisquer imagens sem um mandato judicial concreto, uma vez que, neste caso concreto, a PSP foi envolvida nos confrontos e portanto é parte interessada em quaisquer eventuais processos judiciais que venham a acontecer, pelo que as imagens nunca terão valor de prova em tribunal"...

Se a escaramuça durou apenas 10 ou 15 minutos porque quer a PSP imagens de cinco horas gravadas por 5 câmeras?

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quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Zé Povinho

Ouvindo o debate na Assembleia da República só me apetece mostrar este gajo:



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terça-feira, 20 de novembro de 2012

Ai sim

Detesto ser encostado contra a parede. Ponto, parágrafo.

Mas detesto mesmo.

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Claro que irá terminar nisso: nacional socialismo!

Lê-se por aí que os Alemães não estão muito satisfeitos com a quantidade de imigrantes espanhóis que lá chegam todos os dias. Actualmente existem cerca de 4 milhões de desempregados na Alemanha e nem sempre os imigrantes são aceites especialmente quando já se falam em vantagens fiscais. Por isso a ideia de restringir a entrada de 'estrangeiros europeus' ganha forma aos poucos.

Será que os políticos têm o direito de aliciar trabalhadores estrangeiros e incentivar a sua vinda para solo alemão? A resposta logicamente será não!

No entanto são sinais perigosos para esta Europa cada vez mais dividida. Os partidos Nacionalistas - o terror europeu mais antigo, e então em Portugal nem se fala - têm vindo a subir em muitos países da Europa e consequentemente um aumento da xenofobia: se não existe para nós vai existir para os outros (leia-se estrangeiros)?

Muitos saem da Grécia, Portugal e Espanha à espera das oportunidades que lhes são negadas nos países de origem. Mas mesmo na poderosa Alemanha a recessão avança inexoravelmente e neste momento já se prevê que também a economia alemã seja abalada no primeiro trimestre de 2013.

Ninguém está imune ao monstro que criaram.

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Ditado popular

Existe um velho ditado português que diz que quem nasceu para lagartixa nunca vai chegar a jacaré.

Isto fica aqui quietinho até ter tempo de desenvolver o assunto.

Eu vou-me lembrar.

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O gajo que dá cola na parede

No meu país muita gente tem apetência pelos altos quadros mas não tem competência para os mesmos.

Este pensamento surgiu-se-me assim do nada e mesmo sem mais divagar sobre tão importante coisa digno-me acrescentar que se a essa apetência juntarmos algumas mordomias e um salário de marajá aí a coisa fica perfeita.

E meus senhores é isso mesmo: estão abertas as inscrições para a corrida aos altos cargos da nação não pela competência para o cargo mas sim pela apetência do mesmo.

Enquanto os maiorais vão saindo, por conveniência, os que estão logo a seguir na lista avançam mais um degrau. E de degrau em degrau, neste exercício de escadaria, vão chegando mais perto do topo.

30 anos atrás eram moços de recados ou simplesmente o gajo que dá cola para colocar o cartaz.

Basta esperar alguns anos, sem fazer muitas ondas e o tempo se encarregará do resto. O tempo é mesmo lixado. E depois, lá de cima, do púlpito já trajando fato e gravata desdenha o poder e os que o elegeram.

Atingiu o seu objectivo de vida: ser poderoso.

Esqueceu-se do tempo em que, num dia ido, foi o gajo que deu cola na parede para outro colar um cartaz.

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Será?

O simples pensamento de que este blog tem leitores assusta-me… deveras.

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É mesmo fatal

É fatal.

Sempre que vejo as fuças do Gaspar na televisão mudo logo de canal. A imagem do estafeta é suficiente, mesmo sem o som, para saber que lá vêm mais desgraças. Por isso, já que a televisão é minha e pelo que pago à MEO, mando-o passear com o maior à vontade que existe.

Vai-te embora ave de mau agouro.

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sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Cadeado


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Educação e Saúde - corta-se!

A proposta da maioria PSD e CDS em cortar despesas no ensino básico e secundário para dar ao ensino superior também está muito bem pensada.

Onde não se pode cortar mesmo é nas mordomias de suas excelências (com letra pequena) e nas tais gorduras do estado. Nos tais 1500 nomeados que receberam subsídio de férias e noutros que tais.

De resto na educação e na saúde é sempre a abrir. Não há dúvida que vamos no bom caminho.

A única esperança é que algum dia estes trapalhões que nos governam venham a ser julgados pelos leitores da História de Portugal - isto se ainda existir um país com esse nome.

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Claques

A notícia de que as claques de futebol também estariam alegadamente envolvidas nos desacatos frente ao Parlamento até já não me surpreendem. Num país onde até o maior do calão sabe de cor os nomes dos jogadores de futebol, as taças e os campeonatos que os clubes ganharam ou perderam e as respectivas datas,  não me admiraria que começassem também a explicar ao povo, em termos futebolísticos, as tentativas de "cumprir com os prazos da troika".

Nem quero pensar sequer se a selecção algum dia ganha alguma coisa de geito…

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quinta-feira, 15 de novembro de 2012

O Arménio deve estar chateado

Apraz-me dizer que o Arménio foi ultrapassado em termos de visibilidade por meia dúzia de jovens enfurecidos que ontem mostraram todo o seu descontentamento político (ou não), ao atirarem pedras contra as forças da lei estacionadas nas escadas do parlamento. Nem sequer os telejornais mencionaram a manifestação da CGTP concentrando-se e limitando-se a repetir as imagens das bastonadas e respectiva carga policial.

A verdade, agrade a quem quiser, é o facto dessas imagens terem corrido todo o mundo civilizado enquanto as manifestações do Arménio não passam das fronteiras. E para consumo interno já estão gastas e velhas. As manifestações naquele modelo de marcha com cartazes e palavras de ordem já não resultam e com elas morreu o sindicalismo antigo da década de 70. O sindicalismo simplesmente manteve-se parado no tempo e no espaço e já não funciona tendo-se transformado numa espécie de "passeio pela baixa pombalina".

Concluindo, enquanto se manifestavam várias centenas de milhar de trabalhadores, reformados e afins o nosso primeiro e o resto da panóplia governativa estavam nos seus gabinetes em reuniões ou então em jantaradas e imaugurações de rotina. Veja-se a calma desta gente que não estava minimamente alarmada...

Entrevistados não comentavam pois "não tinham conhecimento", "não tinham visualizado as imagens" ou simplesmente "não comentavam".

Por tudo isto concluo que a visibilidade da violência ultrapassou de longe o protagonismo do Arménio.

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Cu grande

Adorei saber que afinal as maiores visitas ao meu blogue, o tal que ninguém lê, são feitas por almas que procuram na net as palavras "mulher" e "cuzuda".

Por outras palavras o que escrevo não interessa a ninguém e, em abono da verdade, nem sei se me interessa a mim, mas interessa a uns gajos que gostam de mulheres com cú grande.

Tudo bem. Paz.

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Rendição - Miguel Sousa Tavares

E ASSIM SUCESSIVAMENTE, ATÉ À IMPLOSÃO FINAL

Miguel Sousa Tavares RENDIÇÃO

[na última edição do Expresso]

Fora do círculo dos cinco terroristas económicos que nos governam, fora da nave de loucos supostamente conduzida pelo primeiro-ministro Passos Coelho, não há uma alma penada que não tenha percebido já que seguimos uma estratégia de suicídio colectivo. Se o défice voltou a falhar as previsões este ano, se o desemprego foi “uma desagradável surpresa”, se a recessão foi e será sempre acima do previsto, se a receita fiscal “estranhamente” caiu, mesmo aumentando impostos além do sustentável (tal como se aprende, afinal, em qualquer manual de economia para principiantes, excepto o do António Borges), já não é por culpa do nunca explicado “buraco colossal” que herdaram, nem por culpa do Tribunal Constitucional (cujo acórdão só teria efeito para o ano): é apenas e só por culpa da chocante incompetência desta gente. É porque eles falharam em toda a linha, que vamos agora ter de pagar o seu falhanço de 2012 e o próximo. E assim sucessivamente, até à implosão final.

E se aceitarmos que pelo facto de sermos um pequeno país num clube dominado por grandes países, não nos resta nada senão ficar calados e obedecer, então o que está em causa já não é saber como sairemos desta crise, mas o que fazemos na União Europeia. Quando se é convidado para jantar em casa dos poderosos ou avançamos para a mesa como iguais ou acabamos na cozinha, tratados como pedintes.

Eu não me conformo com isso. Entre todas as promessas que traiu, todas as coisas que disse que ia fazer e não fez, e todas as outras que jurou jamais fazer e fez, há uma coisa pela qual Passos Coelho não merece perdão: dizer que estava preparado para governar. A ignorância só é desculpável quando é humilde, não quando se mascara de sapiência e suficiência, sabendo que, com isso, vai causar danos a terceiros de boa-fé. Mas é o que temos, por ora. E, se ele não tem coragem para estar à altura da situação e fazer o que tem de fazer como primeiro-ministro de um país com quase 900 anos de história, que agoniza, sem sentido nem dignidade, pois que acorde então Sua Excelência que habita no Palácio de Belém e que tem o dom de falar quando é fácil ou lhe convém e de ficar calado e quieto quando acha prudente. Que Cavaco Silva obrigue o PM a defender Portugal, que o substitua nisso, se necessário, ou que o demita, se não restar alternativa. Mas que se deixe de silêncios palacianos e jogos florentinos, à mistura com desabafos de alma no Facebook. Eu nem sequer tenho conta no Facebook e não penso vir a tê-la para ler as mensagens criptadas do alter ego do Presidente da República. Ó, sorte a nossa!

Cadeado

cadeado

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E assim vai o mundo


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Sensacionalismo mediático

No nosso país o sensacionalismo mediático obriga a comunicação social a dar as notícias pela metade. Assim cria-se a expectativa de grandes factos que no fim não passam de falsas polémicas sem importância nenhuma.

É o caso de um jogador de futebol que instado a comparecer num tribunal apareceu com um bebé nos braços e que, mais tarde, abandonaria as instalações agredindo um polícia.

Só que não referiram, ou melhor, referiram no fim da peça noticiosa e já bem dentro do telejornal, que a mãe do dito cujo estaria à pancadaria com outro polícia.

Faz-me lembrar dos jornais na Ilha da Lenha que elevam grandes polémicas, em letras grandes e na primeira página, factos que mais tarde desmentidos são retratados lá bem no meio, onde "ninguém lê" e em letras pequinininhas.

E isto é jornalismo?

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Artigo de Miguel Sousa Tavares

Não há ninguém no governo, que consiga redigir um contrato em que o Estado não seja sempre comido por parvo?
MIGUEL SOUSA TAVARES, SEM PAPAS NA LÍNGUA.

«Há alguns incompetentes, mas poucos inocentes.

(...) Durão Barroso, veio alinhar-se com os conselhos da troika sobre Portugal: não há outro caminho que não o de seguir a “solução” da austeridade e acelerar as “reformas estruturais” — descer os custos salariais, liberalizar mais ainda os despedimentos e diminuir o alcance do subsídio de desemprego.
Que o trio formado pelo careca, o etíope e o alemão ignorem que em Portugal se está a oferecer 650 euros de ordenado a um engenheiro electrotécnico falando três línguas estrangeiras ou 580 euros a um dentista em horário completo é mais ou menos compreensível para quem os portugueses são uma abstracção matemática. Mas que um português, colocado nos altos círculos europeus e instalado nos seus hábitos, também ache que um dos nossos problemas principais são os ordenados elevados, já não é admissível. Lembremo-nos disto quando ele por aí vier candidatar-se a Presidente da República.
Durão Barroso é uma espécie de cata-vento da impotência e incompetência dos dirigentes europeus.(...)
Quando um dia se fizer a triste história destes anos de suicídio europeu, haveremos de perguntar como é que a Europa foi governada e destruída por um clube fechado de irresponsáveis, sem uma direcção, uma ideia, um projecto lógico.

(...) como é que as agências de notação, os mercados e a Goldman Sachs puderam livremente atacar a dívida soberana de todos os Estados europeus, excepto a Alemanha, numa estratégia concertada de cerco ao euro, que finalmente tornou toda a Europa insolvente.

Ou como é que um pequeno país, como Portugal, experimentou uma receita jamais vista — a de tentar salvar as finanças públicas através da ruína da economia — e que, oh, espanto, produziu o resultado mais provável: arruinou uma coisa e outra.

E como é que, no final de tudo isto, as periferias implodiram e só o centro — isto é, a Alemanha e seus satélites — se viu coberto de mercadorias que os seus parceiros europeus não tinham como comprar e atulhado em triliões de euros depositados pelos pobres e desesperados e que lhes puderam servir para comprar tudo, desde as ilhas gregas à água que os portugueses bebiam.

Deixemos os grandes senhores da Europa entregues à sua irrecuperável estupidez e detenhamo-nos sobre o nosso pequeno e infeliz exemplo, que nos serve para perceber que nada aconteceu por acaso, mas sim porque umas vezes a incompetência foi demasiada e outras a inocência foi de menos.
O que podemos nós pensar quando o ex-ministro Teixeira dos Santos ainda consegue jurar que havia um risco sistémico de contágio se não se nacionalizasse aquele covil de bandidos do BPN? Será que todo o restante sistema bancário também assentava na fraude, na evasão fiscal, nos negócios inconfessáveis para amigos, nos bancos-fantasmas em Cabo Verde para esconder dinheiro e toda a restante série de traficâncias que de há muito — de há muito! — se sabia existirem no BPN? E como, com que fundamento, com que ciência, pode continuar a sustentar que a alternativa de encerrar, pura e simplesmente, aquele vão de escada “faria recuar a economia 4%”? Ou que era previsível que a conta da nacionalização para os contribuintes não fosse além dos 700 milhões de euros?
O que poderemos nós pensar quando descobrimos que à despesa declarada e à dívida ocultada pelo dr. Jardim ainda há a somar as facturas escondidas debaixo do tapete, emitidas pelos empreiteiros amigos da “autonomia” e a quem ele prometia conseguir pagar, assim que os ventos de Lisboa lhe soprassem mais favoravelmente?

O que poderemos nós pensar quando, depois de tantos anos a exigir o fim das SCUT, descobrimos que, afinal, o fim das auto-estradas sem portagens ainda iria conseguir sair mais caro ao Estado? Como poderíamos adivinhar que havia uns contratos secretos, escondidos do Tribunal de Contas, em que o Estado garantia aos concessionários das PPP que ganhariam sempre X sem portagens e X+Y com portagens? Mas como poderíamos adivinhá-lo se nos dizem sempre que o Estado tem de recorrer aos serviços de escritórios privados de advocacia (sempre os mesmos), porque, entre os milhares de juristas dos quadros públicos, não há uma meia dúzia que consiga redigir um contrato em que o Estado não seja sempre comido por parvo?

A troika quer reformas estruturais? Ora, imponha ao Governo que faça uma lei retroactiva — sim, retroactiva — que declare a nulidade e renegociação de todos os contratos celebrados pelo Estado com privados em que seja manifesto e reconhecido pelo Tribunal de Contas que só o Estado assumiu riscos, encaixou prejuízos sem correspondência com o negócio e fez figura de anjinho. A Constituição não deixa? Ok, estabeleça-se um imposto extraordinário de 99,9% sobre os lucros excessivos dos contratos de PPP ou outros celebrados com o Estado. Eu conheço vários.

Quer outra reforma, não sei se estrutural ou conjuntural, mas, pelo menos, moral? Obrigue os bancos a aplicarem todo o dinheiro que vão buscar ao BCE a 1% de juros no financiamento da economia e das empresas viáveis e não em autocapitalização, para taparem os buracos dos negócios de favor e de influência que andaram a financiar aos grupos amigos.

Mais uma? Escrevam uma lei que estabeleça que todas as empresas de construção civil, que estão paradas por falta de obras e a despedir às dezenas de milhares, se possam dedicar à recuperação e remodelação do património urbano, público ou privado, pagando 0% de IRC nessas obras. Bruxelas não deixa? Deixa a Holanda ter um IRC que atrai para lá a sede das nossas empresas do PSI-20, mas não nos deixa baixar parte dos impostos às nossas empresas, numa situação de emergência? OK, Bruxelas que mande então fechar as empresas e despedir os trabalhadores. Cumpra-se a lei!
Outra? Proíbam as privatizações feitas segundo o modelo em moda, que consiste em privatizar a parte das empresas que dá lucro e deixar as “imparidades” a cargo do Estado: quem quiser comprar leva tudo ou não leva nada.

E, já agora, que a operação financeira seja obrigatoriamente conduzida pela Caixa Geral de Depósitos (não é para isso que temos um banco público, por enquanto?). O quê, a Caixa não tem vocação ou aptidão para isso? Não me digam! Então, os administradores são pagos como privados, fazem negócios com os grandes grupos privados, até compram acções dos bancos privados e não são capazes de fazer o que os privados fazem? E, quanto à engenharia jurídica, atenta a reiterada falta de vocação e de aptidão dos serviços contratados em outsourcing para defenderem os interesses do cliente Estado, a troika que nos mande uma equipa de juristas para ensinar como se faz.

Tenho muitas mais ideias, algumas tão ingénuas como estas, mas nenhumas tão prejudiciais como aquelas com que nos têm governado. A próxima vez que o careca, o etíope e o alemão cá vierem, estou disponível para tomar um cafezinho com eles no Ritz. Pago eu, porque não tenho dinheiro para os juros que eles cobram se lhes ficar a dever.»

Miguel Sousa Tavares, Expresso

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Questão

Gostaria de saber porquê a convicção de que para haver uma manifestação tem de haver uma central sindical por detrás?

O povo não é livre de mostrar o seu descontentamento quando quer?

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O Arménio está contente?

O Arménio está todo contente porque muita gente alinhou na sua greve geral. Muito bem, sim senhor. Agora pergunto eu: para que serviu afinal mais esta greve?

Por outras palavras: a greve de ontem mudou alguma coisa hoje?Não.

Aliás em vez da imagem da greve "imaculada" ficará na história como o dia em que alguns manifestantes se voltaram para a violência. São essas as imagens que estão a correr mundo fora. Do Arménio nem reza a história nem tampouco importa para nada.

Sindicalismo com este modelo em que as pessoas se manifestam e tudo fica na mesma não passa do "passeio dos alegres" onde a malta deixa de trabalhar para dar um passeio.

Este sindicalismo falso que lava a cara na democracia para dizer que esteve lá e era do contra já não funciona.

Nota: a preocupação do ministro da Administração Interna em afirmar perante as câmaras que os desatos tinham sido muito depois da manifestação da CGTP ter acabado.

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Panquio e zaragata

Ontem dia de panquio e zaragata. Carga policial, arremesso de pedras e tudo o que estivesse à mão, palavras de ordem  e caixas de multibamdo partidas. Vidros estilaçados, caixotes a arder, enfim a verdadeira imagem da revolução (?)

O meu país imita a Grécia em tudo. Até no escalar da violência.

Enquanto isso o primeiro ministro passeia numa sala cheia de gajos vestidos com fatos armani a querer dar nas vistas, a todo o custo, a ver se ficam na fotografia.

Bela imagem. Faz-me lembrar do tempo do fascismo que, enquanto uns pediam pelas ruas, outros estavam nas festas de gala a passear a fatiota.

Repetem-se os clichés pelos nossos responsáveis políticos do "não comento", "não via as imagens", "ainda não fui informado" ou "vamos abrir um inquérito rigoroso para averiguar os factos".

Enfim…

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quarta-feira, 14 de novembro de 2012

O bode espiatório

O texto não é meu mas na conversão do html e nomeadamente ao tentar apagar alguns tags apaguei o autor. Sei que é professor universitário. As minhas desculpas…


O Bode expiatório

A fúria que muitos sentem relativamente à chanceler alemã Angela Merkel é compreensível. Mas não foi Angela Merkel a responsável pelo estado a que chegámos, pela crise em que nos mergulharam, pelo enorme endividamento das famílias ou pelos esquemas de corrupção que exauriram as contas públicas. Foi Cavaco Silva, e não Merkel, que enquanto primeiro-ministro permitiu o desbaratar de fundos europeus em obras faraónicas e inúteis, desde piscinas e pavilhões desportivos sem utentes, ao desnecessário Centro Cultural de Belém.

Foi o seu ministro Ferreira do Amaral que hipotecou o estado no negócio da Ponte Vasco da Gama. Foi António Guterres, e não Merkel, que decidiu esbanjar centenas de milhões de euros na construção de dez estádios de futebol. Foi também no seu tempo que se construiu o Parque das Nações, o negócio imobiliário mais ruinoso para o estado em toda a história de Portugal. Foi mais tarde, já com Durão Barroso e o seu ministro da defesa Paulo Portas, que ocorreu o caso de corrupção na compra de submarinos a uma empresa alemã. E enquanto no país de Merkel os corruptores estão presos, por cá nada acontece. Mas o descalabro maior ainda estava para chegar.

Os mandatos de José Sócrates ficarão para a história como aqueles em que os socialistas entregaram os principais negócios de estado ao grande capital. Concederam-se privilégios sem fim à EDP e aos seus parceiros das energias renováveis; celebraram-se os mais ruinosos contratos de parceria público--privada, com todos os lucros garantidos aos concessionários, correndo o estado todos os riscos.

O seu ministro Teixeira dos Santos nacionalizou e assumiu todos os prejuízos do BPN. Finalmente, chegou Passos Coelho, que prometeu não aumentar impostos nem tocar nos subsídios, mas quando assumiu o poder, fez exactamente o contrário. Também não é Merkel a culpada dessa incoerência, nem tão pouco é responsável pelos disparates de Vítor Gaspar, que não pára de subir taxas de imposto. A colecta diminui, a dívida pública cresce, a economia soçobra. A raiva face aos dirigentes políticos deve ser dirigida a outros que não à chanceler alemã. Aliás, os que fazem de Angela Merkel o bode expiatório dos nossos problemas estão implicitamente a amnistiar os verdadeiros culpados.

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Barbwire


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O sabujo - Baptista Bastos

O sabujo

Baptista Bastos no DN de hoje.

O discurso de Passos Coelho, pretendidamente de boas-vindas a Angela Merkel, ultrapassou a indispensável cortesia para se transformar numa inqualificável sabujice. A alemã esteve seis horas em Lisboa apenas para apoiar e aplaudir a política do primeiro-ministro português. Afinal, a sua política. E aquele perdeu completamente o mais escasso decoro e o mais esmaecido pudor. Qualquer compatriota bem formado sentiu um estremecimento de vergonha ante o comportamento de um homem, esquecido ou indiferente à circunstância de, mal ou bem, ali representar um país e um povo.

A submissão a Angela Merkel e ao sistema de poder que ela representa atingiram o máximo da abjecção quando Passos estabeleceu paralelismos comparativos entre trabalhadores alemães e portugueses, minimizando estes últimos, e classificando aqueles de exemplares. A verdade, porém, é que as coisas não se passam rigorosamente como ele disse. Os portugueses trabalham mais horas, recebem muito menos salário, descansam menos tempo, dispõem de menores regalias e de cada vez mais reduzida segurança.

O sistema de poder que Angela Merkel representa e simboliza, imitado por Pedro Passos Coelho, fornece a imagem e a prova de um clamoroso défice político. Além de ser uma dissolução ética. A associação entre a alemã e dirigentes portugueses não é de agora: José Sócrates (apesar de tudo recatado na subserviência) caracterizava-se por uma fórmula intermédia, que queria resistir à fragmentação da identidade. Quero dizer: demonstrava um outro carácter.

Nem mais tempo, nem mais dinheiro, disse a chanceler à jornalista Isabel Silva Costa, na RTP. O estilo peremptório não suscita dúvidas. Pode Passos Coelho proceder a todo o tipo de reverências e de abandonos da decência que ela não dissimula o facto de mandar, e de impor uma política, uma doutrina e uma ideologia. Aliás, dominantes na Europa. A passagem por Lisboa constituiu uma distanciação do povo: cancelas, baias, dispositivo policial invulgar, um corredor absurdo que, no fundo, implicam a ausência ou a fraqueza de mecanismos institucionais. Há qualquer coisa de inanidade nesta encenação que aparta governantes de governados. O receio de haver algo de grave contra a visita é a extensão do medo que envolve os membros do Governo. Todos eles sabem os riscos que correm de ser insultados, logo-assim põem pé na rua. A dualização da sociedade está, também, a dar cabo da identidade colectiva. A simbiose do Estado e do povo foi dissolvida. Há dois Portugais em Portugal, assim como há duas Europas na Europa. Merkel e Passos representam uma delas, certamente a mais ameaçadora. Na outra, estamos nós, os ameaçados. A contra-conduta, a dissidência não são, somente, actos políticos; sobretudo, representam urgentes condutas morais.

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Estivadores em greve

A título de nota:

Os que ainda continuam a fazer GREVE - com letras maiúsculas - são os estivadores. Esses sim sabem o que é fazer uma greve e apesar de todas as pressões, de todos os quadrantes políticos e não só, continuam a demonstrar que ainda existem 'homens' em Portugal.

Pouca ou nenhuma cobertura noticiosa têm tido mas o facto é que continuam a resistir.

Boa!

Um dia de greve não resolve nada e de "greves para lavar a cara dos sindicalistas" estamos bem fartos.

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Dia de GREVE

Hoje é dia 14 de Novembro 2012. Dia de greve geral e nacional. As imagens das tv's mostram exactamente isso: um país parado. Tudo certinho e direitinho como manda a lei. Afinal temos de mostrar a "esses selvagens estrangeiros" como se fazem greves por cá.

Nada de escavacar nada pois a vida está cara.

Alguns países da Europa Unida - em vez do Povo Unido - também fazem greves hoje. Espero que alguns guardem o livro da etiqueta grevista e actuem conforme esta gente anda a pedir. Pelo menos que tenham os tomates que a porcaria da maioria dos meus conterrâneos não tem.

É nestes momentos que quem quer fazer simplesmente faz e não anda a avisar à 10 anos que um dia…

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A segurança da megera

Ouvi dizer por aí que perguntaram ao ministro Macedo qual tinha sido o custo da parafernália militar - entenda-se por terra, ar e mar, montada para receber aquela velha alemã que nos anda a esmifrar.

Claro que não respondeu. Pudera! Não vai ser ele a pagar a conta e isto de responder a perguntas parvas não está com nada.

O que deveriam ter feito, se aceitam a minha sugestão, era avisar a donzela que devido à austeridade (imposta por ela) o país não tinha verba para montar um aparato daqueles. Se quisesse segurança que a trouxesse da terra dela.

Ora bem que é assim. Quanto mais se fala em transparência mais se escondem as coisas.

Entrámos na democracia transparente?

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Mosquitos e tecnologia

Detesto esta cena dos mosquitos na Ilha da Lenha. Os bichos são chatos como tudo e ninguém os sente aproximar ou picar. E ontem ainda os fiquei a odiar mais. E conto o porquê deste meu desabafo. Descarreguei uma aplicação para o meu iPod que supostamente emite um som qualquer inaudível para o comum dos humanos mas, segundo os seu autores, terrível para os mosquitos. Deve ser assim uma coisa como o Carreira a cantar...

Supostamente, insisto eu, os autores de tal maravilha tecnológica sonora deveriam ter arranjado maneira de passar mensagem aos bicharoucos para que, caso um iPod estivesse a emitir o tal som que o humano simplesmente não detecta, o mosquito deveria afastar-se imediatamente das redondezas sobre pena de ser autuado pelas forças da lei.

Como tal, supostamente, volto a insistir, a coisa deveria funcionar pacificamente para os dois lados: o meu e o do mosquito invasor.

Para concluir estou afirmando que tal inovação tecnológica/sonora não funciona pois no teste de ontem a mesma não passou.

Fiquei todo mordido.

Como nota final: deveria ser obrigatório para todo o mosquito acompanhar as evoluções tecnológicas dos humanos.

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terça-feira, 13 de novembro de 2012

Recordar?

Um conhecido jornal coloca um post no Facebook com as fotos do casal do momento acompanhado do sugestivo título de "recordar".

Pesadelo foi a palavra que me ocorreu no momento em que vi a notícia. Nem pensar em ver quanto mais recordar o momento em que o meu país ficou em subserviência total.

Para ser sincero preferia ver o vídeo do Martelo 2 vezes seguidas sem pestanejar.

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Excepção

Não é meu hábito criticar sem ver ou ouvir. Não costumo fazer isso e uso a palavra "costumo" uma vez que resolvi abrir uma excepção. Confesso, aqui no "blog que ninguém lê" que nem tive estómago para ouvir aquele o casal do dia: Passos Coelho e pela bela Angela.

Simplesmente nem os ouvi. Ignorei completamente…

Fiz mal?

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segunda-feira, 12 de novembro de 2012

O vídeo do Martelo

Vão cair o Carmo e a Trindade!

O vídeo apoiado pelo Prof. Martelo foi recusado na Alemanha!

Já se confirmou que os berlanders se estão perfeitamente a cagar para o prof. Penso até que se vão marcar diversas manifs de apoio ao conhecido estratega da TV portuguesa que, através das suas mensagens sublimares pensa que dirige a panóplia toda.

Eu vi o vídeo e sinceramente parece-me uma saloiada a rogar por menos austeridade aos alemonses.

Em vez de vídeos parvos o que o pessoal devia fazer era vir para as ruas protestar porque, sinceramente, esta coisa das revoluções feitas pelo Facebook não resultam.

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Toiletten

Hoje é o dia em que a representante do III Reich visita o país. Apesar de serem só 5 horas em solo tuga o dispositivo de segurança é no mínimo fantástico. Por me ter lembrado da visita da raínha da austeridade (para os outros) deixo aqui esta foto:



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Mais uma semana

Mais uma semana pela frente…

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sexta-feira, 9 de novembro de 2012

A vinda de Merkel

Relembrando a vinda da Merkel a Portugal.

Já começam na televisão, aos poucos, a intimidar a populaça com o enorme dispositivo policial que vai ser utilizado.

A título de nota.

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quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Casa dos Degredos

Ainda ontem me referia ao ridículo ligado aos nus nas TV que têm provocado inúmeras queixas ao Provedor.

Li hoje que na Casa dos Degredos, campeã da linguagem brejeira e ordinária, um dos concorrentes vai ser expulso por alegadamente ter agredido outro à cabeçada.

Onde raio anda o tal Provedor?

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Concerto na Casa da Cultura - C. Lobos

Escrito na página do Facebook do Conservatório de Música do Funchal. Refere-se a um concerto realizado ontem dia 7 de Novembro de 2012, pelas 19 horas, na Casa da Cultura de Câmara de Lobos.

"Estive lá ontem. Eu e mais 10 pessoas a maioria das quais (para ser simpático) era familiar ou amiga dos executantes. Algo está mal nestas divulgações uma vez que não estão a surtir o efeito desejado (também para ser simpático). Assim não se dignifica nem o trabalho dos professores nem o dos alunos nem tampouco o do Conservatório de Música. Assim, decididamente NÂO (para ser simpático)."

Parece incrível que o trabalho mais difícil seja executado com profissionalismo - da parte dos professores e da parte dos alunos e que, a parte mais fácil - a divulgação seja uma miséria.

Algo está a falhar excepto se o objectivo final fôr simplesmente o fecho desta escola de artes.

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Imagens devastadoras

Ontem vi na RTP a extensão dos estragos feitos pelo temporal na Ilha da Lenha. As zonas mais atingidas foram S. Vicente, Seixal, Santana e Maroços. Realmente os prejuízos são de elevada monta mas acresce dizer que muita gente construiu as suas casa mesmo dentro dos antigos ribeiros. Muita obra clandestina e muito desenrasque.

Ouvi as palavras de AJJ com atenção e não posso deixar de concordar com algumas das mesmas. Com a conivência de muito boa gente foram autorizadas obras sem pés nem cabeça.

Também ouvi que o Presidente da República e o Primeiro Ministro nem um telefonema se deram ao trabalho de fazer. Para quem é tão célere a dar os parabéns ao Obama pela sua vitória também tinha de o ser, por solidariedade e respeito, com os portugueses que vivem nas Ilhas.

Hoje de manhã deu imagens sobre o Seixal na TVI.

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quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Esqueletos nos armários

A passagem de um filme no passado dia 30 de Outubro na RTP1 - Adoro-te à distância - com palavrões de carácter explícito sexual (?) motivaram a queixa de 3 telespectadores ofendidos.

Num país onde se ignoram as queixas e protestos de milhões de cidadãos com outros assuntos bem mais importantes para a sociedade e para o país estas 3 queixas suscitam preocupações do Provedor?

Tal facto ainda se torna mais estranho quando na Casa dos Degredos assistimos a cenas e palavras explícitas quase todos os dias, ao vivo, sem truques de realização e sem serem fictícias - como no cinema - diria eu.

A hipocrisia do mesmo povo telespectador que permite as imagens de guerras e de sangue, imagens reais, nos telejornais a toda a hora sem um protesto sequer. Este mesmo povo hipócrita que por ver um homem/mulher nus se escandaliza e perde seu tempo com morais e costumes falsos que porventura são escondidos em suas próprias casas por debaixo do  tapete.

Existe muita gente por aí com esqueletos nos armários?

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Fukushima aos euros

E vem a propósito do acidente em Fukushima. Um jornal calcula que o custo do acidente nuclear poderá ser de 100 mil milhões. O custo total dum acidente nuclear medido em termos de Euros?

Bem sei que a tendência actual é medir tudo pelo valor monetário mas o que eu queria mesmo saber era o verdadeiro "custo" para o mundo, para o nosso ambiente e sobretudo o "custo a pagar" pelas populações que lá viviam.

Faz-me reflectir que todos nós temos o nosso custo/preço para esta sociedade de saudosistas do capital que tudo classificam em números. O mais engraçado é que eles mesmo também são números para o sistema que criaram.

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Mau para Trump?

Para o conhecido Donald Trump esta reeleição de Obama não passou de uma palhaçada. Apraz-me logo afirmar que se é mau para Trump então é com para o povo americano que paga com o seu suor os excessos capitalistas.

Apesar de ser um a trafulhice pegada - segundo Trump - que esqueceu muito depressa as trafulhices que os seus correligionários republicanos fizeram para ganhar eleições.

Enfim, american bull shit no seu melhor.

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Mudança na continuidade

E o mundo respirou de alívio.

O caixote que ia mudar o mundo foi eleito outra vez e assim está garantida a continuidade da mudança. Também por aqui, salvaguardando as devidas distâncias, se falou num passado recente, da mudança na continuidade dos mesmos e com os mesmos. E até de gratidão - mas isso será para outro post.

Se o modelo for este então estamos todos muito bem servidos. Depois do ministro Crato ter seguido o exemplo alemão - esperemos que não seja o dos campos de concentração - teremos o Obama a seguir o exemplo de AJJ o tal da mudança na continuidade.

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Estranhesas

Nestes tempos estranhos existem alguns factos ainda mais estranhos.

Falemos então dessas estranhesas. Após o anúncio de AJJ que iria pedir ajuda à República para os graves prejuizos causados pelas chuvas, especialmente no norte da Ilha da Lenha eis que, estranhamente, a TVI não falou nem da Madeira, nem do temporal, nada de imagens da devastação, tão ao gosto da mesma. Nada. Nicles.

Ainda pensam que as TV's são independentes? Ahh pois são, sim senhor…

Bastou falar em dinheirinho e pronto. Olhos não vêem coração não sente.

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terça-feira, 6 de novembro de 2012

O algodão não engana


Eu também "rest my case" - contra factos não há argumentos…

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Portuguesa versus Madeirense?

A titulo de nota: hoje, manhã, TVI, prémio de uma "portuguesa" pela decoração de um hotel em Bogotá - Colombia. A portuguesa é afinal também madeirense, facto que nunca foi anunciado na referida peça.

Engraçado como quando são madeirenses que se distinguem pelos seus trabalhos lá fora são sempre portugueses. Os outros, os que ficam por cá no anonimato, são simplesmente madeirenses.

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segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Cartaz turístico para 2013

Mais umas fotos magníficas para o cartaz turístico da Madeira 2013 já circulam na internet graças a todo este alarmismo tacanho. Para o próximo verão quando os hotéis estiverem ainda mais vazios e todas as actividades ligadas ao turismo estiverem a trabalhar a 20% e 30% a almejada vitória será alcançada?

Não é esconder a notícia. Não é varrer a realidade para debaixo do tapete mas os factos são que a Ilha da Lenha vive do turismo. Qualquer família tem alguém, um amigo, um conhecido… a trabalhar na hotelaria ou similares.

Será que o pessoal que coloca tudo e mais alguma coisa no facebook não pensa que essas imagens podem (ou são) interpretadas por quem as vê lá fora duma maneira completamente diferente?

Ninguém pensa? Porra!

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O forte


Em dias de temporal ou fortes levadias no mar a água penetrava no subsolo da Praça Marquês do Pombal e saindo nas adufas do Largo das Fontes inundava este recinto de molde a não ser possível transitar-se sem utilizar "canoas" que cobravam uma determinada importância pelo serviço. Quando limpavam a levada das fontes colhiam irós e enguias alguns de enormes dimensões", in O Funchal no Primeiro Quartel do Século XX, Abel Marques Caldeira.
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Menos crianças

Menos crianças, menos portugueses. Simples e directo.

Somos um país em vias de extinção? Somos o Panda ou o Lobo Marinho da Europa?

Com discursos, partidos e discussões efémeras que se perdem no tempo e no espaço, inclusivamente sem estratégias de médio e longo prazo, o arco governativo não tem sido criativo nem futurista. O imediato e o mediático fazem tanto ruído que frequentemente se esquecem do verdadeiramente importante.

Os valores estão trocados à muito e os novos valores são uma porcaria.

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Resultados eleitorais

Ao contrário do que previam alguns dos especialistas na matéria Miguel Albuquerque por pouco não ganhou as eleições a AJJ. Por pouco significou uns míseros 140 votos e foram, desde sempre, as eleições mais concorridas de sempre no PPD da Ilha da Lenha.

Ficou patente o medo que se instalou em certos sectores onde AJJ continua a ser a "garantia" da continuidade de funcionamento.  Vão funcionar nos mesmos moldes por mais algum tempo...

Com as acusações do costume e a maneira peculiar de AJJ fazer as campanhas não foram suficientes para acalmar a revolta dentro do partido por algumas das decisões tomadas ao longo de tantos anos.

Acho que se perdeu a oportunidade de mudança na Ilha da Lenha.

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