sexta-feira, 30 de abril de 2010

cadeado

cadeado...
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Desemprego

Embora no parlamento e nessas comissões de inquérito da treta ninguém fale nisso o desemprego continua a ser o maior problema do País Falido.

De acordo com os dados hoje divulgados a taxa de desemprego em Portugal de Fevereiro para Março cresceu 0,2 pontos percentuais, quando de Janeiro para Fevereiro se manteve igual, nos 10,3 por cento.

Em Março a Letónia teve 22,3% de desemprego e a Espanha 19,1%.

A Holanda teve 4,1% e a Áustria 4,9%.

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quarta-feira, 28 de abril de 2010

Ratings?

O Reino Unido teve uma situação económica pior do que a nossa e mesmo depois da falência quase generalizada dos seus bancos manteve a sua avaliação intocável.

Porque será?

Porque será que a correcção dos ratings da Grécia e de Portugal são feitos no mesmo dia?

Alguém duvida que estas "correcções" fazem parte dos ataques especulativos às dívidas dos países mais frágeis da União Europeia? E porque será que a própria União Europeia permite estas situações? Já sei. É a tal independência do mercado livre e que se regula a si próprio que "tão bons resultados" tem dado ultimamente.

A Standard & Poor's, que agora corrige em baixa o rating português, foi obrigada, aquando do começo da crise, a corrigir num só dia a notação de mais de 90 activos financeiros ligados ao imobiliário. Tinha falhado em todos...

- Foram estas agências que só se aperceberam da catástrofe financeira do Dubai quando ela chegou aos jornais.

- Que deram uma excelente nota à Islândia na véspera do país ter entrado em falência.

- Que avaliaram com um triplo A o que agora chamamos de activos tóxicos. E agora dão "bons" conselhos aos investidores sobre a credibilidade das contas dos Estados.

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A Galp no país falido

Ingratos estes trabalhadores da Galp. O seguinte artigo de Daniel Oliveira deixa-nos (mais uma vez), a pensar que de facto algo por cá está errado. Muito errado.

"Daniel Oliveira: Antes pelo contrário

Uns gananciosos, estes trabalhadores
Daniel Oliveira (www.expresso.pt)
9:00 Terça-feira, 13 de Abril de 2010

A Administração que suga quase três por cento dos lucros da Galp nos seus próprios salários e benefícios acusa os funcionários de falta de solidariedade por quererem um aumento.

A Galp propôs aos seus funcionários um aumento de 1,5 por cento. Os trabalhadores vão fazer uma greve. O presidente do conselho de Administração, Ferreira de Oliveira, acusou os trabalhadores de "falta de solidariedade para com o futuro da empresa".

Alguns dados:

1 - Ferreira de Oliveira recebeu, em 2009 , quase 1,6 milhões de euros, dos quais mais de um milhão em salários, 267 mil em PPR, quase 237 mil euros de prémios de desempenho (mais de 600 mil em 2008) e 62 mil para as suas despesas de deslocação e renda de casa. É um dos gestores mais bem pagos deste país.

2 - Os sete administradores da empresa (ex-ministros Fernando Gomes e Murteira Nabo incluídos) receberam 4,148 milhões de euros. Mais subsídio de renda de casa ou de deslocação, no valor de três mil euros mensais. Os 13 administradores não executivos receberam 2,148 milhões de euros. Entre os administradores não executivos está José António Marques Gonçalves, antigo CEO da petrolífera, que levou para casa uma remuneração total de 626 mil euros, incluindo 106 mil de PPR e 94 mil de bónus. No total, os 20 gestores embolsaram 6,2 milhões de euros, 2,9% dos lucros da companhia.

3 - Os trabalhadores pedem um aumento de 2,8 por cento no mínimo de 55 euros. Perante estas exigências de aumento, a administração que recebe estes salários diz que, tendo sido estes dois últimos dois anos "de crise", elas são "impossíveis de satisfazer".

4 - A Galp não está em dificuldades. Os lucros ascenderam, no ano passado, a 213 milhões de euros. No ano anterior foram de 478 milhões de euros. A empresa vai distribuir dividendos pelos accionistas. Mas ao contrário do que tem acontecido nos últimos cinco anos os trabalhadores ficam de fora. "Não é possível distribuir resultados que não alcançámos", diz Ferreira de Oliveira, que, tal como o resto da administração, não deixou de receber o seu prémio pelos resultados que não alcançou. Os factos comentam-se a si mesmos. Por isso, ficam apenas umas notas:

A administração que suga (com uma grande contribuição do seu CEO) quase três por cento dos lucros de uma das maiores empresas nacionais acusa os trabalhadores de falta de solidariedade por quererem um aumento de 2,8 por cento. E que a greve "não defende os interesses nem de curto nem de longo prazo dos que trabalham e muito menos dos que aspiram a vir a trabalhar" na Galp.

De facto, ex-ministros pensarão duas vezes em escolher aquela empresa para dar conforto à sua reforma se os trabalhadores receberem 2,8 por cento de aumento. De facto, um futuro CEO que precise de receber mais de sessenta mil euros para pagar a sua renda de casa e deslocações (que um milhão nem dá para as despesas) pensará duas vezes antes de aceitar o cargo se os funcionários que menos recebem tiverem um aumento de 55 euros mensais. De facto, gestores que recebem prémios por "resultados não alcançados" não aceitarão dirigir uma empresa que distribui dividendos quando os lucros baixam.

A ganância destes trabalhadores desmoraliza qualquer homem de negócios mais empenhado. Assim este País não vai para a frente. A ver se os trabalhadores da Galp percebem: todos temos de fazer sacrifícios."

Tiraram-me as palavras da boca...

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terça-feira, 27 de abril de 2010

Parlamento

Ao ver a foto ainda tive esperança que fosse no parlamento do País Falido. Mas afinal não foi... que pena. No Parlamento da Ucrânia voaram tomates, ovos e até bombas de fumo. Tudo válido para mostrar o descontentamento do povo.

Fica aqui a ideia...

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Mandei fechar o céu!

... fecho ...

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A miséria

Na Ilha da Lenha começam a faltar os materiais nas escolas. O giz, o papel, as fotocopias e as impressões que estão proibidas mesmo aos professores que compram muitas vezes os materiais para poderem dar as aulas. Alguns deles pelo menos.

Porque não faltará o dinheiro para o futebol profissional?

E assim vai a miséria do povo superior.

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FPF sem dinheiro?

O secretário de Estado da Juventude e do Desporto, Laurentino Dias, retirou à Federação Portuguesa de Futebol (FPF) o estatuto de utilidade pública desportiva, numa decisão que implica perda de apoios financeiros por um ano.

A consequência da perda do estatuto de utilidade pública desportiva durante pelo menos um ano é que a FPF se verá confrontada com "a suspensão imediata dos apoios financeiros resultantes dos contratos-programa com os nºs 198/2009, 199/2009 e 199 - A/2009, bem como dos respectivos aditamentos referentes aos duodécimos de Janeiro a Março de 2010".

Chatice...

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A Portugal (Jorge de Sena)

A Portugal

Esta é a ditosa pátria minha amada. Não.
Nem é ditosa, porque o não merece.
Nem minha amada, porque é só madrasta.
Nem pátria minha, porque eu não mereço
A pouca sorte de nascido nela.
Nada me prende ou liga a uma baixeza tanta
quanto esse arroto de passadas glórias.
Amigos meus mais caros tenho nela,
saudosamente nela, mas amigos são
por serem meus amigos, e mais nada.
Torpe dejecto de romano império;
babugem de invasões; salsugem porca
de esgoto atlântico; irrisória face
de lama, de cobiça, e de vileza,
de mesquinhez, de fatua ignorância;
terra de escravos, cu pró ar ouvindo
ranger no nevoeiro a nau do Encoberto;
terra de funcionários e de prostitutas,
devotos todos do milagre, castos
nas horas vagas de doença oculta;
terra de heróis a peso de ouro e sangue,
e santos com balcão de secos e molhados
no fundo da virtude; terra triste
à luz do sol calada, arrebicada, pulha,
cheia de afáveis para os estrangeiros
que deixam moedas e transportam pulgas,
oh pulgas lusitanas, pela Europa;
terra de monumentos em que o povo
assina a merda o seu anonimato;
terra-museu em que se vive ainda,
com porcos pela rua, em casas celtiberas;
terra de poetas tão sentimentais
que o cheiro de um sovaco os põe em transe;
terra de pedras esburgadas, secas
como esses sentimentos de oito séculos
de roubos e patrões, barões ou condes;
ó terra de ninguém, ninguém, ninguém:
eu te pertenço.
És cabra, és badalhoca,
és mais que cachorra pelo cio,
és peste e fome e guerra e dor de coração.
Eu te pertenço mas seres minha, não

Jorge de Sena


Jorge Cândido de Sena (Lisboa, 2 de Novembro de 1919 — Santa Barbara, Califórnia, 4 de Junho de 1978) foi poeta, crítico, ensaísta, ficcionista, dramaturgo, tradutor e professor universitário português, também naturalizado brasileiro.

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sexta-feira, 23 de abril de 2010

A névoa o que é de névoa

O Tribunal da Relação de Lisboa absolveu o empresário Domingos Névoa que antes havia sido condenado por alegadamente ter oferecido 200 mil euros ao vereador José Sá Fernandes em troca de favores num negócio de terrenos entre a Bragaparques e a Câmara Municipal de Lisboa.

O empresário Névoa da empresa de construção civil de Braga havia sido condenado pelo Tribunal de Primeira Instância a pagar uma multa de cinco mil euros por tentativa de corrupção.

Tudo teria sido mais fácil se o chato do Sá Fernandes tivesse aceite o dinheirinho sem abrir o bico. Nem saberíamos nada desta confusão de narizes e a coisa tinha corrido sobre rodas.

Porra, devias ter aceite a massa, pá!

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Cadeado

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Invoquei o nome dele em vão... sorry

Rui Pedro Soares ex-administrador da PT disse na Comissão de Inquérito que não respondia às perguntas dos deputados pois é arguido no processo Face Oculta. Logo os senhores deputados nem chegaram a estrear as preparadas perguntas embaraçosas.

Pediu depois desculpas ao Inginheiro pelo facto de ter invocado muitas vezes o Seu nome em vão - segundo um artigo publicado no Sol que dizia isso mesmo.

E por acaso é referido em algum jornal que no caso do conhecido Oliveira e Costa este invocou exactamente o mesmo direito que Rui Pedro Soares? Claro que não.

E então porque é que agora cai o céu nas nossas cabeças?
Qual a diferença entre um e outro caso?
A lei não é a mesma?

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quarta-feira, 21 de abril de 2010

Bêbados nós?

Segundo o site ionline quatro em cada dez portugueses dizem beber álcool diariamente, o que deixa Portugal no topo dos 27 países da União Europeia, segundo um Eurobarómetro publicado em Bruxelas.

Os resultados de um inquérito realizado a 27 000 europeus em Outubro passado revelam que o consumo de bebidas alcoólicas na União Europeia (UE) se situa a um nível idêntico de um outro feito quatro anos antes.

Uma percentagem de 43 por cento dos portugueses afirma consumir álcool diariamente, o que coloca Portugal no topo da UE. O segundo lugar é ocupado pela Itália, com 25 por cento, e a média no conjunto dos 27 é de 14 por cento.

Seremos um país de bêbados? É que isso explicava muita coisa.

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Um burro nada burro

era um burro nada burro
e senhor do seu nariz
cantava no Coliseu, cantava no Coliseu
e também no São Luís

sempre que ia cantar
tinha grandes ovações
porque em vez de zurrar, porque em vez de zurrar
cantava lindas canções

eu não zurro eu não zurro
porque isso é próprio do burro
eu não zurro eu não zurro
porque isso é próprio do burro

começava a cantoria
este bicho inteligente
e um dia galeria e um dia na galeria
esteve o senhor presidente e disse

senhor ministro
este burro é o maior
não dá coices a ninguém, não dá coices a ninguém
so canta canções de amor

eu não zurro eu não zurro
porque isso é próprio do burro
eu não zurro eu não zurro
porque isso é próprio do burro

quando acabou o concerto
o burro estava cansado
mas ja sabia de certo, mas ja sabia de certo
que ia ser condecorado

e o ministro da parvónia
atribuío-lhe a medalha
e no final da cerimonia, e no final da cerimónia
deu-lhe dois fardos de palha

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Músicos da Madeira

Algumas das pessoas a que me refiro em seguida já faleceram. Paz às suas almas. No entanto facto de terem sido levadas não escamoteia a verdade dos factos. Os outros ainda por aqui andam como eu...

Quero deixar aqui também de que não existe nenhum JAZZ MADEIRENSE. Só existe um Jazz que não tem país nem fronteiras, ponto final. Não se pode chamar de GRANDE MÚSICO DE JAZZ a alguém que toca umas peças de vez em quando colocando-o na mesma craveira de outros verdadeiros GRANDES MÚSICOS E COMPOSITORES DE JAZZ. Esta nossa mania de termos um pouco de tudo mas sempre numa classificação de bom a máximo, único no género tanto no mundo ou na Europa, ou de sermos o tal povo superior só nos fica mal. E é ridícula!

Existe o bailinho da Madeira, o da Ponta do Sol e outros folclores regionais. Isso sim é nosso e é genuinamente madeirense. O resto da música vem de fora e não inventámos nada.

Por isso digo que: BASTA! Chega de homenagens a supostos GRANDES MÚSICOS DE JAZZ da Ilha da Lenha. Chega de tretas como a que a RTP inventou chamada de "Os nossos hotéis" ou "velhos hotéis" que supostamente homenagearia os muitos músicos madeirenses que trabalharam na hotelaria. Chega de ouvir falar dos "Demónios Negros" como se fossem uma verdadeira banda de éxitos. Chega de mentiras sobre "grandes" que nunca foram.

LJ - apresentado como um dos músicos dos "Demónios Negros" uma banda que nunca saiu da garagem que a viu nascer e morrer. Simplesmente passaram ao lado da cena musical. Partiu para Inglaterra onde teve um estúdio que supostamente lançou trabalhos de 2 ou 3 artistas famosos e ficou logo com o "cartão de autoridade musical". Fez parte do juri de um concurso da SIC onde largava uns petardos nos concorrentes. Vi-o actuar no palco do Jardim Municipal onde interpretou "yesterday" dos Beatles. A pior interpretação de sempre desse tema - na minha opinião. Com a ajuda de um computador Macintosh para "ler" a letra foi um espectáculo horrível de se ver e ouvir. Devia ter vergonha na cara antes de abrir a boca para falar nos outros quanto mais julgá-los.

PE - levado sem misericórdia por uma terrível doença incurável foi homenageado como um grande pianista de jazz que na realidade nunca foi. Nos últimos anos leccionou no Conservatório de Música diversos cursos de Jazz mas isso nunca o fez verdadeiramente um músico de jazz - muito menos grande. Era um músico simplesmente. Conheci-o e falei com ele por diversas vezes pois tocava piano no Jardim do Sol - Caniço e mesmo no Hotel Girassol onde substituía o LV. O pai havia ensinado o PE a tocar piano e era uma pessoa muito educada, amável e de bom trato. Um verdadeiro gentleman.

Os "nossos hoteis" ou "velhos hotéis" foi uma falácia da RTP Madeira. O pianista da banda apresentada, nunca tocou como profissional em hotel nenhum. A MP nunca cantou em hotel nenhum como profissional. O A na bateria e o VS tocaram sim nos hotéis madeirenses - esses 2 foram músicos de hotel efectivamente. O A ainda o faz regularmente. El Presidente tocou numa banda no Liceu do Funchal e mesmo assim esporadicamente. Haviam 3 bandas na altura. Nunca foi músico profissional de hotel nem aqui nem na China. A MP sempre esteve ligada ao Conservatório das Artes - nunca foi cantora nem executante profissional muito menos em hotéis. Poderia ter aparecido de quando em vez no palco dum hotel mas de resto mais nada.

JS - a quem vão homenagear no próximo festival Jazz da Quinta Magnólia e de quem falam no DN de hoje como sendo um grande baterista de Jazz. O João era conhecido como João o Gordo - não como o "papa" referido no DN de hoje. Eu explico melhor. Na altura após a 4ª Classe os miúdos iam obrigatoriamente durante 2 anos para a Escola Industrial e Comercial do Funchal. Após isso e se desejassem podiam mudar para o Liceu Jaime Moniz - que foi o meu caso - ou continuar num curso de Comércio ou Indústria nessa escola. Foi assim que conheci o João o Gordo. Existia um velho prédio de cor verde desbotado, situado à direita da entrada do lado da Rua Pedro José de Ornelas da referida escola, ao lado da Inspecção de Trabalho. Situado no primeiro andar (subíamos uma escada pelo exterior), ficava uma sala velha com um soalho de madeira ainda mais velha que rangia por baixo dos sapatos. Aí estava um velho piano vertical e uma bateria. João o Gordo era frequentador do lugar onde tocava piano e bateria. Que me desculpem mas a descrição no DN "Era na vida como era na bateria - carinhoso, cheio de 'classe', completamente altruísta: um verdadeiro 'gentleman'" é totalmente falaciosa. Na altura o João o Gordo era impulsivo, com um ar ameaçador, sempre pronto a dar respostas bruscas. Nunca gostei dele. A primeira impressão que ficou até hoje foi totalmente negativa. Nunca consegui ultrapassar a primeira impressão mas também nunca fiz por isso. Sobre os seus supostos dons de baterista não posso opinar porque a partir desse primeiro encontro foi sempre personagem que passei a evitar pela vida fora. Rigorosamente...

A - talvez o mais conhecido pianista madeirense vive actualmente na Inglaterra onde continua a tocar tanto quanto sei. Lembro-me que era um dos donos do Clube de Jazz na Zona Velha da Cidade, juntamente com o G - saxofonista e F - guitarrista. Fiquei sempre com a impressão de que era do género intratável e arrogante. O Clube de Jazz reunia alguns músicos que após saírem dos hotéis lá iam ouvir e tocar um pouco. A passou pelo conhecido Festival Jazz de Cascais. Foi apelidado de "bom entertainer de hotel" por críticos do Festival de Jazz de Cascais que escreviam no Jornal Sete e era especialista em embaraçar jovens pianistas que tentavam tocar no referido clube. Aparecia sempre de seguida após acabarem a sua actuação, demonstrando grande virtuosismo nas escalas swingueiras e enxovalhando literalmente os que tinham tocado antes. Um erro comum era tentar imitá-lo nos standards de swing e mesmo na bossa nova que dominava a 98%. Lembro-me de uma banda, na altura um trio, composto por V, O e A que foram convidados a tocar no clube. No entanto e como já sabiam o que a casa gastava, não tocaram standards de jazz. Trocaram-nos por temas dos Yellow Jackets, Djavan e Shakatak que dominavam quase na perfeição... os tais 98%. A personagem ao se ver destronada do estrelato ficou fula afirmando que nunca mais aquele tipo de música seria interpretada no "seu clube". Tempos depois os poucos clientes fartos quiçá do feitio do clube foram abandonando o mesmo até as portas se fecharem. Até hoje está fechado.

Para terminar deixo aqui o meu sincero obrigado aos editores do livro NOITES DA MADEIRA, ao Vítor Sardinha e ao Zé Camacho pelo trabalho profissional e verdadeiro que realizaram sobre os Músicos da Madeira - os verdadeiros.

Talvez para a próxima volte a este tema. Sinceramente não sei.

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terça-feira, 20 de abril de 2010

Até a nuvem

Segundo o jornal Público a presença da nuvem de cinzas vulcânicas no espaço aéreo português não deve provocar transtornos à aviação e a tendência é para o seu afastamento da área nacional.

O título do artigo diz: "Nuvem com tendência para se afastar de Portugal"

Até a nuvem foge de nós.

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Em breve deixaremos de ser

Para nós portugueses o melhor e o pior sempre veio de fora. De fora vem a melhor música, os melhores filmes e até as melhores laranjas. E de fora vêm também as melhores e as sucessivas crises que têm ajudado os nossos governos ora a agravar impostos ora a justificar o aumento do custo de vida ou o afastamento social dos nossos irmãos europeus.

Foi assim desde a última crise financeira que teve início nos EUA e que justifica tudo desde o negativo crescimento da balança comercial portuguesa até ao desemprego galopante - o tal que os nossos governantes se gabavam de não ter atingido o País Falido. Depois foi o que se vê por aí.

Mas agora o que vem de fora são as razões da nossa falência técnica: os grandes bancos internacionais, agiotas e especuladores, os maus da fita, que não se compadecem das crises e das economias mais fracas. Estão a arrasar o que resta da nossa inexistente economia (já há 20 anos que está assim), culpa de outra coisa qualquer que veio de fora, agravando diariamente os juros da nossa (também deles), dívida.

O sumo que se tira de tudo isto é que em nada somos culpados por esta situação. Nem nós nem os políticos altruístas que merecemos ter e que tanto têm lutado pela nossa qualidade de vida europeia. Estão pois ilibados totalmente dos pecados que nos deixaram neste estado. Fazem os outros de fora agora à nossa (também deles), querida Nação o que se fartaram de fazer os "pequenos bancos nacionais" com o seu aval político e que se fartaram de explorar o com juros e outras alcavalas.

Temo que daqui a alguns anos deixemos de ser.

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Cadeado

Pedofilia

É caso para dizer que Caíu o Carmo e a Trindade.

Ultimamente só se fala em padres pedófilos e em padres abusadores de criancinhas. Embora não queira tomar a defesa da classe, não me diz respeito e sou pouco frequentador do meio, acho que já começa a ser demais conotar a Igreja como o principal meio de pedofilia no mundo. Por certo existirão muitos mais culpados desses actos ignóbeis.

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Professores, escola e alunos

Começa-se de novo a falar da escola e dos professores tão maltratados pelo governo português. O sindicato liderado por uma personagem aparentemente interessada mas partidária começa a protestar novamente. E já traz novas ameaças de greves e marchas nupciais. No entanto não ouço ninguém falar dos alunos que são o elo mais fraco desta engrenagem.

Fala-se de carreiras docentes, colocação de professores e de estatutos. Fala-se da escola sem nunca mencionar os alunos - e a razão da sua existência - ensinar os nossos filhos. Alguém devia informar essa gente que sem alunos não existe escola. E no final ficamos os tristes resultados práticos de tudo isso. Notas negativas.

E só se lembram dos
principais prejudicados quando se fazem aquelas estatísticas que mostram, por exemplo, que no espaço dum ano para outro, temos um país de matemáticos...

De quem é a culpa?

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O Coelho

O Coelho do PND que em tempos demonstrou grandes capacidades e imaginação para criticar o Regime dos Tubarões e dos Filhotes de Tubarão parece que se vai desvanecendo na memória dos madeirenses.

Domingo passado tentou agregar-se ao Cortejo da Flor como distribuidor de cravos grátis mas como não estava inscrito para sair no corso foi afastado pela PSP como indecente e má figura.

Acabará esquecido?

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Madeira pela Madeira

Ao contrário do que se passa no Rectângulo Português a Madeira tem estado sempre à frente de tudo e de todos. Nem partidos nem agendas partidárias. O que tem havido é solidariedade pura e simples a todos os níveis. Os portugueses são solidários com os outros e consigo mesmos. Nisso ninguém nos bate.

Madeira tem como prioridade a Madeira. A marosca dos partidos e interesses político-partidários ficam renegados para outros planos. E assim é que deve ser.

Destaque também para as voltas e baldrocas que o Rei tem dado neste novo papel de grande comparsa do Inginheiro. A oposição é que parece não entender que os tempos são de mudança. Também nunca demonstraram grandes estratégias pelo que não é novidade nenhuma terem um papel terciário nestas questões maiores. Ficamos então com a conclusão de que:

O Rei é sobretudo madeirense. E o Inginheiro para lá vai também.

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Cadeado


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A chata da professora de português

Hoje há uma reunião na escola dos meus filhos. A chata da professora de português já fez chegar a mensagem aos pequenos e às respectivas famílias. Tipo ultimato. Está tudo mais uma vez convocado. Serão mais uma vez os mesmos a comparecer uma vez que a maioria nem liga puto a estas reuniões. E os que levam sempre nas orelhas são os mesmos como se fossem responsáveis pela irresponsabilidade de outros.

O tema é "porque é que o meu filho não gosta de ler" ou coisa no género. Não dei muita importância ao caso. Nem à chata. Tenho um filho que adora ler e é do tipo devorador de livros e tenho uma filha, mais nova, que nem quer saber disso para nada. As suas paixões são a arte e a música e não as letras. São os dois da mesma família, cresceram e crescem juntos, no mesmo espaço e na mesma casa, mas têm gostos completamente diferentes. Gostava que ela lesse mais pois nota-se que o seu vocabulário é limitado em relação ao irmão. Mas que hei-de fazer? Ir à reunião? Nem pensar. São apresentados e discutidos até à exaustão os mesmos problemas de sempre. Todo o mundo fala e discute mas nunca aparecem resultados práticos. Por isso nem contem comigo. Vou ao supermercado.

É tempo de alguém apresentar soluções e sobretudo deixarmos de discutir as mesmas coisas à mais de 10 anos!

Soluções precisam-se!

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Conversa de chacha

Ouvi o advogado do Carlos Cus afirmar que o seu cliente poderá ser condenado. Ainda nem tinha pensado nisso. Na realidade nem me tinha passado sequer pela carola que alguém que vai a tribunal no País Falido possa ser condenado. E quantos anos já vão nisto?

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As perdas da TAP

Nos telejornais diz-se que a TAP perdeu não sei quantos milhões. Nestes tempos são tudo milhões para aqui e milhões para ali. No princípio ainda fazia confusão mas agora é simplesmente normal. Mas continuando sobre as alegadas perdas da TAP não acho que a notícia esteja bem dada pois para se perder algo é preciso primeiro ganhar. O facto é que a TAP na realidade não ganhou pelo que também não perdeu. Enfim, existem muitas maneiras de enfiar chicharros.

Claro que aqui não estou a contabilizar as despesas com ordenados e mordomias. Penso que nas notícias também não estão contabilizadas. Os objectivos são claramente outros e porque não posso entrar também no mesmo jogo?

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... de volta

De volta. E lá se foram as férias num instante. Ficaram numa nuvem de areia algures por terras africanas. A vidinha continua por cá. Mas vamos às novidades...

As novidades no País Falido vão desde a nuvem até ao Benfica. Desinteressantes? Para mim sim.

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