sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Abriu-se?

O que estará do outro lado?
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O convidado

Na imprensa nacional leio que o Inginheiro mandou convidar o Hugo Chávez para o congresso. Uma tentativa de reunir na mesma sala os "últimos verdadeiros socialistas democratas"?

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A coragem da auto-avaliação

Quando estão em voga as avaliações profissionais não há como ter a coragem de se auto-avaliar publicamente. É este o caso do Rei do Edil da Ilha da Lenha. De sua autoria o seguinte texto foi publicado como "Opinião" no Diário Cidade no dia 27.Fevereiro.2009 - e diz assim o monarca:

"MAIS UM POBRE TOLO

Vivemos um tempo em que qualquer sandeu dá à estampa, com enorme descaramento, as mais espantosas tolices.
Estamos a falar de um certo tipo de chico-esperto, politicamente falhado e profissionalmente medíocre, que deseja ser vedeta a qualquer custo.
Escondido na capa de uma pseudo-competência que não possui, com os mesmos tiques de Troglodita/moderno que exibe para impressionar parolos, atarracado nas suas frustrações congénitas, vai gerindo os interesses que por aí se jogam, fazendo da hipocrisia um estilo de vida."

Ainda existem pessoas humildes...

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quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Já começou

Trichet já pediu coragem aos governos para conterem os aumentos salariais.

O presidente do Banco Central Europeu apelou à coragem dos governos da Zona Euro para conterem os aumentos salariais, tentando manter sob controlo o crescimento dos défices orçamentais.

“As autoridades nacionais devem seguir políticas corajosas de contenção da despesa, especialmente no que se refere aos salários da função pública”, disse Jean Claude Trichet num discurso no Instituto de Assuntos Europeus hoje em Dublin.

Trichet considera que “uma política fiscal que reduza de forma convincente os défices orçamentais futuros é absolutamente necessária”.

Por outras palavras o Inginheiro já tem o que precisava - uma desculpa europeia para não haver aumentos salariais. Lá vamos nós andar para trás novamente...

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O caminho

Ohh pai, ainda falta muito?
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Frankie Goes To Hollywood

War...

War has shattered

Many young men's dreams

We've got no place for it today

They say we must fight to keep our freedom

But Lord, there's just got to be a better way...

Hotelaria na Ilha da Lenha

Os sites “TripAdvisor Traveler’s Choice” distinguem, na sua edição de 2009, quatro unidades hoteleiras madeirenses como algumas das melhores propostas de luxo da Europa. As unidades distinguidas são a Quinta da Bela Vista, a Quinta da Casa Branca, o Hotel The Cliff Bay e a Albergaria Dias.

De entre as oito unidades nacionais distinguidas a Quinta da Bela Vista foi considerada o hotel mais luxuoso de Portugal. Para além desta distinção, a unidade de cinco estrelas, situada no Funchal, encontra-se em 10.º lugar entre 100 das melhores propostas de luxo a nível mundial e em 5.º lugar entre 10 unidades europeias.

A Estalagem Quinta da Casa Branca, membro da cadeia "Small Luxury Hotels of the World", conquistou o 8º lugar entre os dez melhores hotéis da Europa e o 16º lugar entre os cem melhores do mundo.

O The Cliff Bay, unidade do grupo Porto Bay situada no Funchal, ficou classificado em 19º lugar na categoria “Best Luxury Hotels”. A Albergaria Dias estreia-se no ranking TripAdvisor ocupando o 53º lugar no Top dos 100 hotéis com melhor relação preço/qualidade.

De referir que três das infra-estruturas turísticas premiadas, a Quinta da Bela Vista, Quinta da Casa Branca e o The Cliff Bay, são repetentes na categoria das dez melhores propostas de luxo da Europa, distinção que, segundo o Turismo da Madeira, “reflecte o reconhecimento do turismo madeirense e vem reforçar o esforço de divulgação da região a nível internacional”.

A distinção atribuída pelo TripAdvisor resulta das opiniões dos viajantes e hóspedes que classificam através de um índice de popularidade, comentários e opiniões deixadas on-line, as melhores unidades hoteleiras.

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segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Corrente

Dá azar quebrar a corrente?
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Declaração

O tio Júlio é um gajo importante.

Quando foi ouvido pela primeira vez sobre o Freeport chegou no seu Bentley de fato preto tipo gangster. Sr. engenheiro para aqui, sr. engenheiro para ali - a comunicação social fervia à sua volta. Flash daqui, flash dali. Por tudo isso digo que

O tio Júlio é um gajo importante.

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007 em Portugal

Pode ler-se no Sol de hoje que os bifes vão enviar espiões dos serviços secretos para ajudarem a procurar a Maddie que desapareceu. Também dizem que os satélites espiões não puderam ajudar nas investigações que estavam voltados para Marrocos.

Para já é sempre bom sabermos que somos assim tão importantes para os ingleses que nos dão a honra de sermos espiados com satélites. Também dizem que na suposta hora em que "raptaram" a pequena os satélites estavam todos virados para Marrocos - a ver se havia contrabando ilegal de camelos para Portugal.

Depois é tão bom saber que com esses satélites todos e essas avançadas tecnologias ainda não descobriram o Bin Laden que como todos sabem é bem maior que a pequena que desapareceu para além do facto de andar vestido com um lençol o que por si só deve dar um flash imenso aí no olho do satélite...

Mas as boas notícias não acabam aqui. Ainda vão vir aí uns gajos tipo 007, em carne e osso, para comer e beber à custa não sei de quem e uma vez que são espiões e agentes secretos (não se sabe quem são), o que ainda vai dificultar mais a coisa se fugirem sem pagar as contas. São os famosos espiões britânicos - já estou a tremer de medo só de imaginar.

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Ninguém escapa

Nem Ângela Merkel escapou ao carnaval de Colónia - Alemanha. Mas a escultura da chanceler alemã já não sai/saíu nua no corso carnavalesco. Isto porque a organização resolveu lhe colocar um biquini fazendo uma abordagem mais conservadora.

Um cirurgião plástico definiu também as principais zonas problemáticas do corpo da figura em causa e desenhou etiquetas com inscrições como «novo endividamento» e «problemas na coligação».


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O lápis azul -1

Afinal o magalhães sempre desfilou no carnaval de Torres Vedras mas não repararam no testículo do Ronaldo conforme a foto ao lado.

O presidente da câmara, Carlos Miguel ironizou com a situação afirmando que espera agora "não ser obrigado a retirar o testículo do Ronaldo quer pelo trabalho quer pela dor que isso causa".

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sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Coisas simples

Coisas simples

Um pôr-do-sol iluminado
Um abraço apertado
Seu sorriso
Lindo só pra mim
Passear pela lagoa
Num domingo
Assim à toa
Conversar sem pressa
De chegar ao fim

Apenas coisas simples
Simplesmente boas demais
Apenas coisas simples
Simplesmente boas demais

Um sorvete no verão
Lua nova na paixão
Ler um livro, ver um filme bom
Cabra-cega, pique-esconde
Viajar no tempo, ouvir o Tom


(Andréa Vanucci)

O lápis azul

Cá já temos o famigerado lápis azul que simbolizava a cencura. Foi só uma questão de tempo até aparecer outra vez. Grande democracia a nossa. A Câmara Municipal de Torres Vedras recebeu um fax do Ministério Público no qual era dado um prazo à autarquia para retirar o conteúdo sobre o computador Magalhães, que fazia parte do "Monumento" no desfile, e onde apareciam mulheres nuas no ecrã do portátil.

Nas palavras do presidente da câmara: “Achamos que pela primeira vez após o 25 de Abril temos um acto de censura aos conteúdos do Carnaval de Torres”.

O Carnaval de Torres Vedras é um dos mais antigos atraindo centenas de visitantes e turistas em Portugal. Também é célebre pela sátira social e política que representa nos carros alegóricos.

Todos os dias na TV são imagens de mortos, feridos, moribundos tiros e sangue correndo nas sargetas e nas ruas; crianças morrendo de fome em África com as barrigas inchadas e cheias de moscas por causa de regimes fascistas e ditatoriais apoiados aqui pela malta do burgo - agora no magalhães não! No nosso Magalhães nem pensar! Gajas nuas? Gajas? Não senhor!...

Mas que lindo que isto está a ficar!

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O filho pródigo

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Estatística

Seria interessante fazer uma estatística sobre as palavras mais utilizadas pela comunicação social portuguesa.

Por exemplo saber quantas vezes a palavra crise é repetida todos os dias...

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quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Vais levar uma pimenta na boca!

"Os políticos falam do que não sabem, prometem o que não podem cumprir e preocupam-se pouco com a realidade", afirmou Belmiro de Azevedo num encontro promovido pelo Fórum para a Competitividade.

O patrão da Sonae referiu ainda que o investimento em obras públicas não terá impacto no desemprego, porque quem está a perder o emprego são pessoas "altamente qualificadas, mas com pouca qualificação para fazer túneis".

Apesar de ter esperança que "finalmente se aprenda com uma crise", Belmiro de Azevedo sublinhou que Portugal atravessa uma crise de liderança. "Temos uma crise de liderança no Governo, nos partidos, nas empresas, nas associações, nos sindicatos", precisou, adiantando serem necessários "melhores líderes" e "acabar com a demagogia dos discursos".

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quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Shelter dogs

Esta veio do país do messias negro que veio à
terra para salvar o mundo
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terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

O tempo

O tempo é muito lento para os que esperam,
muito rápido para os que têm medo,
muito longo para os que lamentam,
muito curto para os que festejam.

Mas, para os que amam, o tempo é eternidade.

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E de repente ficou a ver

Deve ter sido milagre. O governador do Banco de Portugal, o tal que tem falta de vista, teve uma visão repentina e considerou que as medidas apresentadas pelo governo, no que toca ao orçamento, ainda não produziram efeito mas que, ao longo do ano de 2009 deverão contribuir para controlar o ritmo da recessão.

Na minha análise e em termos práticos não vai controlar absolutamente nada. O país vai ficar, como está até agora, estagnado. E mesmo quando a Europa começar a recuperar nós vamos continuar exactamente na mesma - paradinhos. A única coisa a crescer será a dívida pública. Com TGV, novo aeroporto e novas auto-estradas só restará abalar daqui para fora. E rápido!

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A porta

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segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Não faças o que eu fiz - Sandro G

Entrevista frontal com o rapper açoriano Sandro G

Como te chamas?
Sandro Dinis Raposo Gomes

De onde és natural?
Sou de Ponta Delgada, S. Pedro, da Rua do Passal

Quando nasceste?
A 27 de Março de 1974.

Foste miúdo para os EUA?
Estou lá desde os 3 anos de idade, depois voltei mais a minha família, fui de visita aos 6 mas só me fixei lá aos 9 anos.

Então conheces bem Ponta Delgada…
Sim, tenho cá muitos amigos.

Qual a tua ligação a Rabo de Peixe?
Tenho tios, e dois primos, muito meus amigos, que foram repatriados e estão lá! Mas para o CD teve a ver com o filme “Rabo de Peixe”, um documentário que será lançado nos próximos meses, com realização de Joaquim Pinto. Como meus primos estão lá e eu fiz uma música para eles, a música acabou por ser usada no filme. Uso o nome nas t-shirts para estar aliado ao filme.

As tuas músicas falam um pouco do mau do mundo…
Eu sofri muito. Ir para os EUA aos 9 anos, sítios grandes, muita droga. Em Summerville, para onde fui viver, os meus novos amigos quase todos vendiam droga e estavam cheios de dinheiro. Tinham as melhores bicicletas, e eu também quis. Vendia cocaína, crack, marijuana… Mas só com 18 anos é que comecei a tomar drogas, e foi porque gostei muito de uma rapariga que tomava que acabei experimentando. Foi uma desgraça, viciei-me e acabei sendo preso durante um ano…

Mas tu és americano…
Não, não sou. Mesmo há dois dias, quando estava para vir para S. Miguel, fui às autoridades da Emigração pedir autorização para vir cá. Disseram-me que não podia, que não me autorizavam. Eu insisti, pois estava já tudo organizado e disse mesmo “não me façam isto que me estragam a única oportunidade que tenho na vida”. Fiquei lá até às 17h00 e eles acabaram por me dar um Visa para vir cá. Só que também me deram os documentos para eu escolher a nacionalidade americana, mas eu não quis. Não, eu sou português para o resto da minha vida!

Mas não foste repatriado…
Pois não, porque meti um bom advogado. Aconteceu-me ainda há pouco tempo, com uns problemas antigos, e tive de vender quase tudo o que tinha para pagar o advogado…

Mas sentes-te um pouco americano…
Eu? Nada, nada! Vê-me estas tatuagens… Achas que eu me sinto americano?

Mas conseguirias viver nos Açores?
Sinceramente, acho muito difícil. Os Açores precisam de muita ajuda… Eu não quero ficar nos EUA para sempre. Talvez mais uns 10 anos só, mas depois quero viver cá. Meu pai tem duas casas, vai vender uma, vai-me dar o dinheiro e com o resto que tenho no banco vou fazer uma casa linda em Rabo de Peixe…

Em Rabo de Peixe?
Sim, eu adoro o mar, aquele cheiro, aquelas pessoas… Sem Rabo de Peixe eu não seria o que sou agora. As crianças de lá foram as primeiras a ter o CD…

Como chegou cá a tua música?
Em Julho de 2002 mandei um CD para o meu primo Tony. Ele deu a um amigo, começaram a fazer cópias e elas estão por todo o lado. Eu sei que falo mal na minha música, mas não tenho vergonha… No rap americano eles dizem para matar, que roubam as mulheres dos outros… Eu não, não apelo à violência, eu só falo de mim, falo dos fumos…

Ainda tomas drogas?
Muito pouco, só numa festa ou outra. Cá só fumei dois charros de xamon…

Como saíste das drogas?
Eu via a minha mãe muito consumida, não dormia à noite, estava em liberdade condicional, e percebi que tinha de mudar a minha vida. Decidi começar a trabalhar – com 22 anos foi o meu primeiro emprego a sério. Comecei na pintura e na construção civil, mas depois fui trabalhar nos caminhos, no breu – trabalha-se 8 meses e descansa-se 4, dá bom dinheiro. Fiz isso 5 anos…

Como aparece a música na tua vida?
É sempre a dar. Não toco nada mas gosto de cantar. Quando cheguei à América comecei a imitar os rappers para aprender o inglês –LL Cool J, Run DMC, etc –, foi a minha maneira de aprender inglês…

Nunca foste à escola, como referes numa música?
Nunca fui bom na escola, porque não atinava com a língua. Eu fugia e até fui fechado pelo Tribunal por isso. Mas não dava. Foram os rappers que me ensinaram a falar.

E músicas originais?
Um dia decidi que ia ser o primeiro açoriano a fazer rap. Nos EUA sou o primeiro português a fazê-lo. Sei que não sou o primeiro em Portugal, mas é assim.

Há diferença do rap português para o teu rap?
É diferente. O meu é mais das ilhas. Qualquer açoriano que ouça as minhas músicas vai senti-las no coração, vai gostar. Mesmo cá, até os mais pequenos já conhecem as músicas…

Pretendem conquistar o mercado português?
Sim, sim. Já há muitos contactos, mas as empresas portuguesas querem ficar com tudo e dar-me muito pouco. Prefiro ser pobre do que ser roubado, ninguém vai tirar o meu trabalho e fazer pouco. A Sony e outras estão a negociar, mas o preço vai ter de ser o certo. Não estou a fazer isto para ser famoso ou um actor. Quero ser uma pessoa normal…

Porque é que fazes isto?
A gente precisa disto. Cá estão a ouvir música dos outros, quando podem ouvir a sua própria língua…

Pensas entrar no mercado americano?
É muito difícil. O que queria era fazer a minha música só em Portugal e nos Açores. Mais tarde vou abrir uma companhia de roupas – já tenho duas estilistas a trabalhar nisso; a marca vai ser “DROGO”, (DRO de Sandro e GO de Gomes)…

Estás a gostar de estar cá?
Estou a adorar. O meu manager mesmo diz: ele, que já conhece muitos países, diz que nunca viu um sítio tão bonito e com pessoas tão meigas…

E problemas?
Já vi alguns. A bebida é um problema grande. E a gente sabe o que a bebida dá. Fui criado numa família de bêbados, sei o que isso é e por isso não bebo!

Como é que viste cá?
Fui convidado pela RTP. Fui primeiro convidado para o HermanSic, mas decidi vir cá primeiro, pois é a minha terra. Agora que já vim, estou pronto para ir a Lisboa.


Há já segundo CD na forja?
Sim, mas tem uma surpresa: não dá para fazer cópias… é protegido. Com o primeiro CD não ganhei dinheiro nenhum. Olha, eu até já autografei CDs pirata… Mas está bem, música é música. Até conheci rapazes que me disseram que ganharam algum dinheiro a vender cópias piratas, que lhes deu muito dinheiro. Não me importo, foi o primeiro… Talvez o nome seja Açores ou Portugal, com muitas fotos de S. Miguel.

Já tens músicas?
Sim, já tenho 5 prontas…

A Indecent Music é uma empresa de discos?
Sim, e já temos mais artistas. Digo já que se vir algum miúdo cá a tocar bem rap, eu levo-o e gravo lá…

E o Brasil?
Só depois de Portugal e dos Açores…

Já há concertos marcados?
Ainda não há nada assinado, mas há uma série de contratos em quase todas as ilhas. S. Miguel quase de certeza estou cá em Julho para tocar. Daqui a 3 semanas volto para estar uns dias com a minha avó, que vive ainda na rua do Passal e devo vir às festas do Santo Cristo…

Qual é a mensagem que tens para os miúdos de cá?
O que eu digo é que as crianças fiquem nas escolas e aprendam bastante, é muito importante. Olha para mim: eu sinto falta de escola. Um dia gostava de estudar a sério. Tenho 29 anos e nem sei tocar num computador. É a minha vida, mas…

Sentes-te um bocado animal?
É, é isso. Nunca gostei de jogos, e nunca atinei com os estudos…Nunca aprendi, nunca quis aprender, não tenho gosto. Sou um daqueles açorianos velhos, como o meu avô, velho…

Cantas para os miúdos não serem como o Sando G?
Canto para os miúdos verem: não façam o que eu fiz!


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As bikes




Longe vão os tempos das primeiras bicicletas. Nos nossos dias a guerra centra-se nos materiais utilizados nas máquinas que podem custar até 25.000 euros. Dois dos magníficos espécimens utilizados na California Tour 2009 e que constituem autênticas obras de arte da engenharia moderna.

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O 10º ganhou ao 1º

Os exemplos dos "bons" jornalistas não se confinam somente ao nosso país. Ao procurar na internet pelos resultados do "California Tour" encontrei esta notícia sobre o evento no Washington Post:

"Armstrong finishes 10th in Tour of California prologue

SACRAMENTO, California (Reuters) - Seven-times Tour de France winner Lance Armstrong finished 10th in the prologue at the Tour of California on Saturday in the first North America race of his comeback. Armstrong, who made his comeback debut three weeks ago in the Tour Down Under in Australia, finished in four minutes, 37.17 seconds, 4.2 seconds behind prologue winner Fabian Cancellara of Switzerland."

Afinal esta "crise" dos jornalistas também já se expalhou por aí. Provavelmente á a globalização jornalística. No exemplo o vencedor do prólogo Fabian Cancellara tem direito a só um parágrafo e bem no fim da notícia. No entanto o ciclista que ficou em 10º lugar é que é o vencedor uma vez que tem direito a 98% da notícia.

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sábado, 14 de fevereiro de 2009

A fase de "Pedro e o Lobo"

O dicionário e a gramática portuguesa já não contém palavras suficientes para as sucessivas crises, quedas, tombos, recuos, recessões e demais desgraças diárias. Corremos o risco de um dia destes não conseguirmos dar uma boa notícia ou ainda pior - já estamos na fase de "Pedro e o Lobo". Quando o verdadeiro lobo chegar ninguém vai acreditar.

Retirei do Jornal de Negócios este exemplo de força anímica para todos nós.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

A frase

No jornal o Público.
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Always went up

O ano de 1929 foi um ano de paz e de grande prosperidade para as pessoas dos EUA. Após a I Guerra Mundial a economia foi impulsionada pela industrialização e pelo aparecimento de novas tecnologias tais como o rádio e os automóveis. Também a aviação se expandia. A tecnologia animava a economia.

Devido ao boom económico o mercado de acções foi visto como um meio seguro para ganhar dinheiro. De facto de 1921 a 1929 o Dow Jones criou milionários de um dia para outro de uma maneira quase instantânea. Rapidamente o mercado bolsista se tornou o passatempo dos americanos. Muitos hipotecaram as suas casas e usaram o dinheiro de poupanças para comprar acções da Ford ou da RCA. Para este investidor médio a bolsa era segura e os ganhos garantidos. Poucos deles se preocuparam realmente em verificar as companhias em quem investiam o seu dinheiro. Apareceram centenas de companhias fraudulentas e mesmo assim a maioria nunca acreditou que fosse possível um crash.

O mercado de acções "always went up".

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Sting

Fields of gold

You'll remember me when the west wind moves
Upon the fields of barley
You'll forget the sun in his jealous sky
As we walk in the fields of gold

So she took her love
For to gaze awhile
Upon the fields of barley
In his arms she fell as her hair came down
Among the fields of gold

Will you stay with me, will you be my love
Among the fields of barley
We'll forget the sun in his jealous sky
As we lie in the fields of gold

See the west wind move like a lover so
Upon the fields of barley
Feel her body rise when you kiss her mouth
Among the fields of gold
I never made promises lightly
And there have been some that I've broken
But I swear in the days still left
We'll walk in the fields of gold
We'll walk in the fields of gold

Many years have passed since those summer days
Among the fields of barley
See the children run as the sun goes down
Among the fields of gold
You'll remember me when the west wind moves
Upon the fields of barley
You can tell the sun in his jealous sky
When we walked in the fields of gold
When we walked in the fields of gold
When we walked in the fields of gold

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Petróleo

Quando
o petróleo acabar
o mundo não precisará mais dele.


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Campanha negra

Campanha preta?
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Qimonda

O líder da CIP não acredita na viabilidade da Qimonda. "Os chineses não querem fazer nada daquilo. Querem é ficar com a patente e outras coisas. Agora é o mundo dos abutres. Vão ali depenicar e apanhar bocados", diz Francisco van Zeller. Diz ainda que a Qimonda só veio para Portugal por causa da mão-de-obra ser barata e avisa que agora "não tem nenhuma viabilidade".

no Jornal de Negócios
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quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Universos de cor

Também fica bem?
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A Crise está em Crise

Obrigado Diogo. Recebi por email este texto curioso original de Ricardo de Araújo Pereira um dos Gato Fedorento que por vezes diz coisas muito sérias brincando...

"A Crise está em Crise

A todos os executivos que mantiveram Portugal em crise desde 1143 até hoje, muito obrigado!

Ou estou fortemente enganado (o que sucede, aliás, com uma frequência notável), ou a história de Portugal é decalcada da história de Pedro e o Lobo, com uma pequena alteração: em vez de Pedro e o Lobo, é Pedro e a Crise.
De acordo com os especialistas - e para surpresa de todos os leigos, completamente inconscientes de que tal cenário fosse possível - Portugal está mergulhado numa profunda crise.
Ao que parece, 2009 vai ser mesmo complicado.
O problema é que 2008 já foi bastante difícil.
E, no final de 2006, o empresário Pedro Ferraz da Costa avisava no Diário de Notícias que 2007 não iria ser fácil.
O que, evidentemente, se verificou, e nem era assim tão difícil de prever tendo em conta que, em 2006, analistas já detectavam que o País estava em crise.
Em Setembro de 2005, Marques Mendes, então presidente do PSD, desafiou o primeiro-ministro para ir ao Parlamento debater a crise económica.
Nada disto era surpreendente na medida em que, de acordo com o Relatório de Estabilidade Financeira do Banco de Portugal, entre 2004 e 2005, o nível de endividamento das famílias portuguesas aumentou de 78% para 84,2% do PIB.
O grande problema de 2004 era um prolongamento da grave crise de 2003, ano em que a economia portuguesa regrediu 0,8% e a ministra das Finanças não teve outro remédio senão voltar a pedir contenção.
Pior que 2003, só talvez 2002, que nos deixou, como herança, o maior défice orçamental da Europa, provavelmente em consequência da crise de 2001, na sequência dos ataques terroristas aos Estados Unidos.
No entanto, segundo o professor Abel M. Mateus, a economia portuguesa já se encontrava em crise antes do 11 de Setembro.
A verdade é que, tirando aqueles seis meses da década de 90 em que chegaram uns milhões valentes vindos da União Europeia, eu não me lembro de Portugal não estar em crise.
Por isso, acredito que a crise do ano que vem seja violenta.
Mas creio que, se uma crise quiser mesmo impressionar os portugueses, vai ter de trabalhar a sério.
Um crescimento zero, para nós, é amendoins.
Pequenas recessões comem os portugueses ao pequeno-almoço.
2009 só assusta esses maricas da Europa que têm andado a crescer acima dos 7 por cento.
Quem nunca foi além dos 2%, não está preocupado.
É tempo de reconhecer o mérito e agradecer a governos atrás de governos que fizeram tudo o que era possível para não habituar mal os portugueses.
A todos os executivos que mantiveram Portugal em crise desde 1143 até hoje, muito obrigado.
Agora, somos o povo da Europa que está mais bem preparado para fazer face às dificuldades."

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Jazz em português

Ouvindo Jazz nacional. Paula Oliveira e Bernardo Moreira. O tema "No teu poema" original de Luís Tinoco.

Intensamente intenso. Um trabalho fantástico e lindo. Só mesmo ouvindo...

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No teu poema

existe um verso em branco e sem medida,

um corpo que respira, um céu aberto,

janela debruçada para a vida.


No teu poema existe a dor calada lá no fundo,

o passo da coragem em casa escura
,
e aberta, uma varanda para o mundo.


Existe a noite,

o riso e a voz refeita à luz do dia,

a festa da Senhora da Agonia

e o cansaço

do corpo que adormece em cama fria.


Existe um rio,

a sina de quem nasce fraco ou forte,

o risco, a raiva e a luta de quem cai

ou que resiste,
que vence ou adormece antes da morte.


No teu poema

existe o grito e o eco da metralha,

a dor que sei de cor mas não recito

e os sonhos inquietos de quem falha.


No teu poema

existe um cantochão alentejano,

a rua e o pregão de uma varina

e um barco assoprado a todo o pano.


Existe um rio

a sina de quem nasce fraco ou forte,

o risco, a raiva e a luta de quem cai
o
u que resiste,

que vence ou adormece antes da morte.


No teu poema

existe a esperança acesa atrás do muro,

existe tudo o mais que ainda escapa

e um verso em branco à espera de futuro.


José Luis Tinoco

(Int: Carlos do Carmo, Uma canção para a Europa)

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quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Cadeados

Um cadeado lá por ter uma
cor diferente não passa de mais um
entre tantos...
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Casamento ou união

Após pesquisar um pouco na net...

Procurar um lugar para a minoria homossexual dentro duma sociedade não é um problema recente e a resposta talvez venha da mitologia grega. Aristófanes afirmava que a raça humana foi criada com três géneros: os duplamente machos, os duplamente fêmeas e os que eram macho e fêmea ao mesmo tempo. Cada um deles com quatro pernas e quatro braços. Como em toda a mitologia, quando as criaturas erravam eram logo punidas pelos deuses, foram separadas em duas partes. Desde então, estamos todos procurando a nossa outra metade.

Com uns 3 mil anos de antecedência, Aristófanes concebeu uma parábola para o amor nos tempos modernos, contemplando o relacionamento não só entre homens e mulheres, mas também entre homens e homens e mulheres e mulheres.

Também nos ofereceu uma explicação idílica e romântica para o desejo de nos aventurarmos na mais radical de todas as declarações de amor: viver com, e de preferência para sempre, com outra pessoa.

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Empreitada X

Inglaterra. Empreitada X de uma refinaria qualquer. Portugueses e italianos em maus lençois. Fala-se em xenofobia. Desconfio que não foram contratados pelas suas competências mas sim pelo preço do seu trabalho. Não tenho a certeza mas temo que muitas vezes tenham de comer e calar. Os que fugiram por medo, regressando ao seu país, rapidamente serão substituídos por outros novos que vão comer e calar também.

Nota final: os sindicatos que estão preparados para defender os trabalhadores dos patrões ficam desnorteados quando estes se viram uns contra os outros.

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Conversas de autocarro

"'Tá tudo louco..." diz um velho olhando o rebuliço da criançada dentro do autocarro. Uma senhora ao seu lado murmura "o meu marido diz que é por causa duma coisa que há no ar e que a gente respira sem dar por nada...". "Já ouvi isso também. Já deu na televisão no programa daquela senhora... não me lembro o nome... é o buraco do ozono..." diz o velho abanando a cabeça. "Isso" diz a mulher encostando a cabeça no vidro enquanto o autocarro sai de mais uma paragem.

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terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Palavras sem Falar

No dia em que fizemos as canções
Que acreditávamos sempre cantar
O mundo tinha pressa
E tudo então mudava de lugar

Em meio a descobertas e decepções
Recolhemos palavras sem falar
O tempo foi passando

E tudo foi ficando devagar

Devagar a vida foi ficando um divagar

Devagar a vida foi ficando em seu lugar


Randal Braz
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O direito

Casa Pia, Operação Furacão, Portucale, Apito Dourado, Freeport - chegam mais rápidos que as novelas brasileiras mas são muito piores na ficção. Envolvem uma constante comum: gente poderosa com nomes sonantes e conhecidos.

Também o guião é mais ou menos o mesmo. Primeiro cria-se a espectativa de que a justiça funciona, de que ninguém - magistrados, investigadores, polícia, judiciária, jornalistas - teme os poderosos nem os seus poderes ocultos e que afinal somos todos iguais perante a lei. A Dura Lex.

O embuste continua com suspeitos que não são arguidos e arguidos que não são suspeitos. Linchamentos públicos na rádio, jornais e televisão - apontam-se nomes e lançam-se suspeitas. Criam-se debates televisivos à medida dos interesses em jogo e foruns na rádio onde todos, eu incluído, temos o direito de opinar sobre gente que nem conhecemos.

Enchem-se páginas de jornais e telejornais. As conversas de café animam-se à volta do assunto do momento.

Cedo o caso se transformará num imenso lodaçal sem fundo e sem fim à vista. Então surge mais um outro. Bombástico. O que tão rápido tinha surgido mais rápido ainda se esvaneceu.

E assim vamos passando o tempo...

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O céu fechado

Eu fecho em azul. E tu?
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Eu nego tudo

Mutações no Freeport. De repente os investigadores são os investigados. Surgem virus informáticos, escutas telefónicas, vigílias nocturnas e os advogados e juízes já não estão seguros.

Ninguém está seguro nesta sociedade moderna de desinformação. Tudo vale para baralhar e tornar a dar. O que agora é uma verdade inquestionável transforma-se daqui a pouco em algo falacioso. Ninguém está a salvo. Em quem se acredita?

Será isto democracia? Penso que não.


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Gestores precavidos?

Dum momento para outro alguns gestores de empresas descobriram que urge reduzir custos. Não interessa para o caso se a empresa atravessa ou não a "crise". Ela vai chegar mais cedo ou mais tarde e já agora aproveita-se para fazer aquele pequeno reajustamento.

A forma mais fácil de reduzir despesas imediatamente é despedir pessoal. Se antes era difícil agora é facil porque a crise alimenta-se do pânico.


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Ideia original

Quero deixar aqui uma ideia original. Porque é que os senhores da comunicação social - tv, jornais, rádio - não tratam estas coisas das crises da mesma maneira que fazem com a selecção portuguesa de futebol?

Seriam só vitórias e golos antes dos jogos, claro. No fim não se ganha nada mas pelo menos ficamos todos mais felizes com a esperança de...

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domingo, 8 de fevereiro de 2009

Águas de Março - Tom Jobim

É pau, é pedra
É o fim do caminho
É um resto de toco
É um pouco sozinho
É um caco de vidro
É a vida, é o sol
É a noite, é a morte
É o laco, é o anzol
É peroba do campo
É o nó da madeira
Cainga, candeia
É o Matita Pereira
É madeira de vento
Tombo da ribanceira
É o mistério profundo
É o queira nao queira
É o vento ventando
É o fim da ladeira
É a viga, é o vao
Festa da cumeeira
É a chuva chovendo
É conversa, é ribeira das aguas de marco
É o fim da canseira,
É o pé, é o chao
É a mancha estradeira
Passarinho na mao
Pedra de atiradeira
É uma ave no céu
É uma ave no chao
É um regato, é uma fonte
É um pedaco de pao
É o fundo do poco
É o fim do caminho
No rosto, o desgosto
É um pouco sozinho
É o estrepe, é emprego
É uma ponta é um ponto
É um pingo pingando
É uma conta, é um conto
É um peixe, é um gesto
É uma prata brilhando
É a luz da manha
É o tijolo chegando
É alinha, é o dia, é o fim da picada
É a garrafa de cana
Estilhacos na estrada
É o projeto da casa
É o corpo na cama
É o carro enguicado
É a lama, é a lama
É um passo, é uma ponte
É um sapo, é uma ra
É um resto de mato na luz da manha
Sao as aguas de marco
Fechando o verao
É a promessa de vida no teu coracao

É uma cobra, é um pau
É Joao, é José
É o espinho na mao, é um corte no pé
Sao as aguas de marco
Fechando o verao
É a promessa de vida no teu coracao
É pau, é pedra, é o fim do caminho
É um resto de toco, é um pouco sozinho
É um passo, é uma ponte
É um sapo, é uma ra
É um belo horizonte, é uma febre terca
Sao as aguas de marco
Fechando o verao
É a promessa de vida no teu coracao

..pau ..edra
..im ..inho
..est ..oco
..uco..inho
..aco..idro
..ida ..ol
..oite..orte
..aco..zol

Sao as aguas de marco
Fechando o verao
É a promessa de vida no teu coração

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sábado, 7 de fevereiro de 2009

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

O Amorim das Rolhas

O Amorim das Rolhas decidiu despedir 190 trabalhadores. Quem o ajudou a ganhar a sua imensa fortuna foram os trabalhadores das suas empresas juntamente, é claro, com as suas qualidades de empresário.

Será que por solidariedade não poderia manter estes 190 trabalhadores nos quadros da sua empresa? Será que fará assim tanta diferença 190 pessoas à sua imensa fortuna?

Direitos de Autor

Na Ilha da Lenha uns meses atrás houve um partido político que colocou um cartaz com a cara de um governante local assim com um nariz comprido tal qual esse aí.

Segundo esse mesmo partido o tal governante havia mentido descaradamente sobre o número de desempregados no paraíso e que por isso se justificava o tal cartaz satírico.

Caíu-O-Carmo-E-A-Trindade juntamente com ameaças, chantagens e uma balbúrdia que nem se imagina. Tribunal, imunidade parlamentar, vergonha, cadeia foram palavras que se ouviram diariamente até que o cartaz foi retirado.

Agora parece que o mesmo partido ofendido por cá lá no contenente fez a mesma coisa.

E os direitos de autor?

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Os magnatas de ontem

Stanley Ho, o magnata dos casinos de Macau, perdeu quase 90% da sua fortuna em 2008. Resta-lhe somente mil milhões de dólares.

Começou o ano de 2008 com 9.000 milhões de dólares...

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Purple Fantasies

Cores bonitas para gente bonita.

Qimonda

No meu fraco entender a Qimonda é uma fábrica que produz um componente específico para uma maquineta electrónica específica também. Vieram para Portugal por causa das vantagens que alguém lhes deu: salários baixos, terrenos a cêntimo e outras contrapartidas. Tem um único cliente: a fábrica mãe que fica na Alemanha.

Por isso qual o sentido que faz manter a fábrica de Vila do Conde uma vez que a sede faliu? Porque se continua a protelar o inevitável em vez de tentar avançar noutras direcções? Porque se insiste em mentiras? Porque se perde tempo? Porque não se anda para a frente?


O realismo dos alemães na recusa de salvar a fábrica mãe por ser inviável contrasta com os portugueses que em vez de procurarem outro tipo de negócio teimam pela mentira. Ainda hoje ouvi na rádio que uma deputada europeia portuguesa iria solicitar um subsídio na União Europeia para "salvar" a fábrica - outra treta para fazer notícia.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Qimonda

Interessante como as coisas evoluem ao sabor dos factos. Veja-se mais um triste exemplo de mais um golpe de rins - Jornal Público:

O presidente da Qimonda, Loh Kin Wah, afirmou hoje, em Lisboa, que não quer "dar falsas esperanças" aos 1700 trabalhadores da fábrica de Vila do Conde.

O nosso Manuel Pinho defendeu, por seu lado, que "a falência da Qimonda pode ter uma consequência positiva: dar mais flexibilidade à reestruturação das diversas partes do grupo, sendo que as melhores unidades estão em Dresden e no Porto [Vila do Conde]" e por isso "têm mais hipóteses de encontrar investidores".

As curvas e contracurvas da gente que supostamente devia dirigir este país.

Qimonda

Pode ler-se hoje no Sol online que o Governo se prepara para falência da Qimonda. Mas prepara-se como? Com mais mentiras para amenizar o desfecho?

Nas palavras de Machael Jaffé:

«Já sabemos que o Governo português continua empenhado em salvar a Qimonda e consideramos as conversações que vamos ter em Lisboa com os seus representantes um aspecto muito importante da nossa actividade.

Não é por nada mas já se vê o resultado final. O presidente da câmara que tinha vindo para os meios de comunicação social imediatamente a seguir à notícia da falência - onde está agora?

Para a sequência cronológica dos aconteciementos sugiro AQUI.

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Novidades cibernáuticas

Depois da gripe das aves, do furacão Catrina, dos resultados do Benfica surge agora na internet o Senhor dos Tabús através do twiter, youtube, e mais nem sei o quê.

Que mais teremos depois disto? Para já adianto que a internet nunca mais será a mesma após este impacto.


Será este ano?

Aproxima-se o Festival da Canção RTP.

Lembro-me que em miudo me juntava com os amigos da vizinhança para ouvirmos as canções. Depois do jantar a malta chamava uns pelos outros. - Despacha-te, 'tá quase a começar! Já nessa altura sabíamos que era quase impossível Portugal ganhar mas mesmo assim sentíamos sempre aquele formigueiro de esperança.

Ouvíamos o festival da canção num rádio a pilhas daqueles pequeninos. Era daí que saíam as notas e as vozes. Tantas vezes distorcidas e com sons esquisitos à mistura escutávamos atentamente as canções sempre com a impressão de que a nossa era muito melhor do que as outras. Será este ano?

Sentados na soleira duma velha porta descascada pelo tempo, junto a um pequeno poio de bananeiras, esperávamos pelo resultado final que parecia sempre demorar muito.

... e agora a Alemanha - nem pensar! com aquela língua de cachorro não ganham nada. Bahh. A França era sempre uma música esquisita. A Espanha. Bem, a Espanha era assim sempre meio lixado. A Inglaterra - pois esses têm sempre boas hipóteses. E continuava assim até soar a canção portuguesa. Foi a melhor delas todas! - sem dúvida vai ser este ano.

Depois vinha a votação que era apontada a lápis num papel qualquer. E a esperança ia-se desvanecendo lentamente. Mas se a canção era porreira porque não votam na nossa? A porcaria dos Espanhóis nunca votam em nós! E porque é que votamos sempre neles?

No fim e quando anunciavam o vencedor dizíamos logo - já sabia! Aquele gajo com aquela música nunca poderia ganhar! É sempre a mesma coisa. Porque não levaram a outra? A outra é que era boa. Ganhava de certeza.

Depois íamos para casa. No outro dia era dia de escola. Para o ano haveria mais...

Para o bem e para o mal

Segundo uma notícia no "Expresso" os dois técnicos do Instituto de Conservação da Natureza (ICN) que deram os pareceres que chumbariam liminarmente o projecto do Freeport para Alcochete foram afastados do processo pela direcção daquele organismo em Setembro de 2001.

O mesmo aconteceu com técnicos da Reserva Natural do Estuário do Tejo (RNET), a quem o ICN deixou de pedir colaboração, conta o mesmo jornal. Foram os próprios técnicos António Bruxelas e Henrique Pereira dos Santos quem confirmaram terem sido “afastados em determinada altura”. Bruxelas era técnico da Divisão de Apoio a Áreas Protegidas (DSAAP), e Pereira Santos era chefe da Divisão.

Diz-se também por ai que na Ilha da Lenha uma responsável por um parecer negativo de impacto ambiental sobre o "tal" teleférico também foi gentilmente afastada...

Afinal somos todos portugueses e devemos estar unidos, não é? Para o bem e para o mal - não é assim que se diz?